sexta-feira, 14 de agosto de 2020

Manner of Death - Capítulo 1 - Causa da Morte

 


Tradução: Wingrid

Revisão: Victor

- Equipe KhunPandex Traduções

Preconceito...

Esta é a primeira palavra que pensei ao ver os olhos esnobes de uma jovem funcionária. Ela deu uma olhada desagradável para um idoso que entrava na loja de roupa. A julgar por sua olhada, aquele senhor tem seus sessenta anos. Seu cabelo grisalho parece tão bagunçado. Vestido com uma camisa muito grande e um jeans, ele entrou na loja e escolheu roupas como se quisesse comprá-las.

Pendurei de novo a camisa que peguei para ver essa situação que está se tornando bem interessante. A funcionária saberá que tem cinco bahts em linha de ouro penduradas debaixo da camisa gasta desse velho?

Como já disse, o preconceito te cega da realidade.

Talvez ela não veja essa linha de ouro devido a essa cortina que foi criada. E ainda que pudesse ver essa brilhante linha de ouro, seu preconceito lhe fará pensar que é falso. Não tem como uma pessoa como essa ter ouro e entrar em uma loja de marca com preços tão altos... certeza que é isso que ela poderia pensar.

Paguei minhas coisas no caixa e saí com duas sacolas de papel penduradas nas minhas mãos. Em uma dessas sacolas tinha minha roupa e, na outra tinha, uma rosquinha que eu poderia comer de manhã antes de ir para o trabalho.

Amanhã tenho um compromisso com meu melhor amigo, seu nome é Songsak, embora eu possa chamá-lo de Ai’Phud, o procurador apaixonado que tem um rosto de me dar inveja. Tem um rosto bonito e um bom trabalho, pode trocar de menina quando quiser e não sai com a mesma duas vezes. Então, tive que me vestir o melhor possível para não ser ofuscado quando eu estiver ao seu lado. Mas, essa não foi a razão pela qual eu gastei tanto em uma camisa. Não paguei milhares de baht só para ficar bonito. Mas a camisa que eu levava ontem, estava coberta de líquido do abdômen do cadáver que revisei. Foi um acidente causado pela negligência de um oficial que tropeçou em mim enquanto levava o recipiente com os líquidos do abdômen daquele cadáver. Todo esse líquido fedorento salpicou em meu braço, mas graças ao meu protetor de plástico o líquido não passou para minha pele e ficou só impregnado na minha camisa. Não vou lavar essa camisa.

 

[...]

 

“Ei! Por que você quis estudar medicina forense?" Um dos meus amigos, Tim, perguntou. “Estudar durante 6 anos para ser médico, mas acabar abrindo cadáveres? Passei por isso no meu 5º ano, em apenas duas semanas, eu já estava vomitando.”

“As pessoas tem gostos diferentes.” Disse enquanto tirava os restos de caramelo que tinha comido e que caíram na minha camisa. "Eu gosto dos cadáveres e você das crianças. Por isso escolhi a medicina forense, e você continua estudando para ser pediatra. Não tem nada que faça mais sentido que isso." Sorri para irritar o Tim que começa a fazer cara de medo.

“Você diz com tanta confiança que gosta dos cadáveres... você de fato é uma pessoa estranha."

“Minha estranheza tem ajudado esta pobre nação. Trabalho em um ramo onde constantemente falta gente. Entre todos os estudantes, eu fui o único que se candidatou. As lágrimas da professora caíram quando me viu se candidatando." Me levantei do assento da cafeteria e disse “Agiliza, jovem doutor, a palestra já vai começar.”

Na verdade, eu gostaria de dar ao Tim uma explicação mais longa do por que escolhi estudar medicina forense, mas parece muito entediante e eu não gosto de explicar minhas ações e ideias a ninguém. Fazer com que os outros adivinhem parece ser mais interessante. Vou esconder todas as minhas emoções profundamente dentro de mim, e eles continuarão a me ver como alguém que tem bom humor, que é alegre, eloquente e conversador. Qualquer um que consiga ver minha cara de sofrimento, vou lhe pagar milhões.

Passei três anos como médico residente. Depois de me formar, fui persuadido a continuar minha carreira e ser professor de medicina. Mas estou cansado da vida universitária, quero ser livre e viver como eu quero. Então, eu decidi terminar meu trabalho em um hospital provincial do Norte a milhares de quilômetros da minha cidade natal e onde agora eu permaneço regularmente como o único médico forense da província.

Me tornei uma pessoa da indústria legal rapidamente. Não tinha policiais, advogados, procuradores ou juízes que não me conhecessem. Meu nome é Dr. Bunnakit Songsuddhina, 30 anos, médico forense no hospital provincial e solteiro. Antes, eu tinha uma namorada que trabalhava no banco — uma mulher muito bonita —, mas ela não parecia feliz em estar com alguém que abre cadáveres diariamente. Então, ela me deixou faz três semanas.

Ai’Phud segurou seu copo de cerveja e riu da minha situação. “Oh, não! Porque você não tinha me dito que te abandonaram?” Um jovem alto, vestido com camisa e calças caras, deixou seu copo de cerveja na mesa e ficou sério, “Agora que... vocês dois terminaram...”

“O quê?” Franzi a cara, olhando os olhos sérios do procurador.

“Então, é minha oportunidade." Seu lindo rosto se aproximou de mim. Sua boca se transformou em um sorriso encantador que pode acabar com o coração de qualquer mulher. Me surpreendi com o sorriso do procurador, “...me dê o número da Prae”.

Utilizei o dedo que uso quando pego o bisturi para abrir cadáveres e lhe golpeei a testa com força, fazendo Ai’Phud gritar. Logo voltou a se sentar, ajeitando-se corretamente na sua cadeira e acariciou sua testa. “Que seja, os números da N'Pong ou N'Prae não vou te dar! Vá ficar com N'Farm, N'Mai, N'Jennie, Nong...maldito seja quem for, nem me lembro mais...Vá!”.

“Doutor Bunn, não se intrometa. Só deixe que sua ex encontre uma boa pessoa, como o Phud aqui.”

Estas são as conversas normais com o procurador Phud. Estamos sentados do lado de fora no pátio de um restaurante, ao ar livre, onde pessoas caminhavam. Phud e eu não gostamos de falar sobre trabalho em público. O assunto, portanto, não passava de histórias de amor de homens indecentes de 30 anos.

“Então... por que terminaram?” Phud me perguntou, com um tom de voz realmente sério.

“Não sei, não estávamos indo bem um com o outro” Dei de ombros e demonstrei a ele que eu não estava afetado. Enquanto as minhas verdadeiras emoções, escondi debaixo da minha expressão. Não sei quão frio eu fui. Phud não precisa saber, ninguém precisa.

“Vocês dois não estavam indo bem porque ela devia estar pensando sobre você abrir cadáveres, não tomar banho e voltar pra casa para dormir como se nada estivesse acontecido.”

“Se esse fosse o caso, já teríamos terminado nos três primeiros dias que começamos a sair. E poucos dias depois o cadáver podre voltou.” Me dei conta de que estava falando muito forte quando a tia ao lado me olhou como se estivesse me culpando. Me virei para pedir desculpas e logo abaixei o tom da minha voz.

Minha conversa com Phud continuou calmamente. Ainda bem que me mudei para esta região e o conheci. Aliás, trabalhamos em profissões relacionadas, então Phud e eu temos a oportunidade de se encontrar frequentemente tanto dentro quanto fora do tribunal. No tribunal, o procurador Songsak é a pessoa que me pede para ser a testemunha médica. Mas fora dele, esse procurador volta a ser o Ai’Phud — um homem bonito que se comporta graciosamente e não para de dizer merda.

Logo dirigi de volta para casa. Quando cheguei, abri a porta da residência de um só andar para onde me mudei. Na verdade, o hospital me dera um alojamento, mas quando vi a solitária casa de madeira em condições perfeitas para uma restauração, decidi me mudar e alugar uma outra moradia fora do hospital. Ainda bem que tinha uma para alugar em conjunto habitacional não muito longe do hospital. Decidi, então, por esta casa de só um andar de sessenta metros quadrados. 

Estava procurando as chaves dentro do meu bolso para abrir a porta da minha casa quando meu telefone começou a vibrar. Levantei o telefone para ver quem era a pessoa corajosa que me ligava a essa hora.

Era um número de telefone fixo.

Não era incomum ter um número de telefone me ligando que não fosse de celular. Se fosse do hospital, seria um telefone fixo. Mas eu já tinha o número do hospital salvo. Então, de quem é esse número?

Decidi atender a ligação enquanto abria a porta, “Oi.”

“Eh...” A voz do outro lado da chamada era uma voz masculina: “Esse é o número de Nat?"

“De quem? Imediatamente percebi que se tratava de um engano: “Não, está enganado”.

“Quê?" O outro lado da chamada ficou um pouco em silêncio, "Disquei certo. Então, quem é?”

Abri a porta e entrei. Em minha mente, eu perguntei por que essa pessoa queria saber quem eu era. “Então, diga para a pessoa que te deu esse número que eu não sou a Nat" Desliguei a ligação imediatamente. Se esse número ligar novamente, não irei atender. Uma mulher chamada Nat pode ter dado a ele o número errado, que pena.

Uma noite de descanso depois de conversar com meu amigo passou tranquilamente, e dormi a noite toda sem que nenhum número estranho me ligasse de novo.

 

[...]

 

Olhei com um misto de diversão e pena para a jovem interna que estava de pé e pálida. O que tinha sido colocado na minha frente e na dela era o cadáver de um jovem rapaz que foi enviado para cá para ser feito a necropsia a fim de se encontrar a causa de sua morte.

A história era que essa pessoa morreu em um acidente de carro em um poste elétrico às quatro da manhã. Quando o resgate chegou à cena, não foi possível sentir o pulso. Eu tinha passado meia hora revisando o jovem acerca da hora da morte e examinando as condições externas do corpo. Logo chamei os policiais que começaram o processo funerário.

“Fai, já tomou café da manhã?” Virei-me para perguntar à jovem doutora que foi enviada a mim, porque o pessoal da sala de emergência lhe mandou ter conhecimentos forenses. Coitada.

“Já comi, Professor." É normal que os estudantes mais jovens chamem seus superiores como “professor”. Seu rosto ficou mais pálido quando o pessoal dissecou a pele do couro cabeludo para ver o crânio com mais claridade. Olhei para Fai — que usava um gorro verde, uma máscara que cobria seu nariz e botas de borracha —, e seu corpo parecia desconfortável. Apenas sorri para ela amigavelmente.

“Bem, quando terminarmos a necropsia, te levarei para almoçar.” Aproximei a Nong de mim para que se afaste da maca de metal, esperando que o pessoal se ocupe do crânio. "Como você acha que essa pessoa morreu?” Quando eu fui estudante de medicina, só tive experiência no laboratório forense por apenas duas semanas. Se não continuasse estudando, tenho certeza de que eu não me lembraria mais de nada.

“Hmm.” Fai se virou para olhar o corpo, mostrando uma expressão facial insegura, "Choque por perda de sangue?".

“É possível. Os pacientes acidentados normalmente têm perda de sangue. Mas, olhando externamente, não podemos ver onde está a hemorragia.  Além disso, o sangramento do nariz e dos ouvidos pode ser uma hemorragia interna. Essa pessoa tem um grande hematoma no seu estômago e na área do peito. Vamos esperar abrir os pulmões e abdômen, então — aí, sim — veremos. Mas, essa pessoa definitivamente não morreu por perda excessiva de sangue.” Fai começou a me olhar suspeitosamente. “Espere e você vai ver..."

O crânio foi aberto maravilhosamente, e o cérebro, transportado a uma guilhotina. Trouxe a Nong Fai para olhar a cabeça que foi recém-aberta.

“A-há. A base do crânio está rachada. Vê, Nong?" Eu disse à Fai para perfurar as rachaduras do crânio. “No início, vimos que o corpo tem uma bolha rosa que sai do seu nariz. E tem outras provas que se mostram como sendo sinais de asfixia. Essa pessoa tem o crânio partido. O sangue da base do crânio flui para as vias respiratórias. É provável que essa pessoa tenha se asfixiado com seu próprio sangue até a morte."

Então, vi que a Fai exibia um olhar emocionado, parecia linda.

Depois que a necropsia acabou, levei a Fai a um restaurante de carne que não ficava longe do hospital. Toda vez que a Nong vem estudar comigo, eu a levo para almoçar. Já é nossa tradição. Depois, lhe envio de volta para a sala de emergências para continuar seu trabalho.

“Por que estudou ciências forenses, Professor?” Fai me perguntou, enquanto estávamos sentados, esperando nos servirem a comida. Estranhamente, é uma pergunta popular que todos me fazem quando saímos para comer.

“É divertido. Nos comunicamos com as pessoas através das palavras, mas o cadáver se comunica conosco através do corpo. Só depende de nós se o escutamos ou não. Digamos que... um cadáver, depois de ter saltado de um edifício, possa ser concluído como suicídio. Mas, então, encontramos uma substância altamente tóxica no sangue. Esse cadáver nos estaria dizendo... Não me suicidei, doutor! Fui assassinado!"

N’Fai fez uma careta, “O que você acaba de dizer, Professor, soa tão sinistro."

Eu ri, “Isso é só um exemplo. Se o cadáver fala com honestidade, então eu realmente o entenderei"

“Mesmo assim, você não tem medo dos fantasmas, Professor?” Disse Fai em voz alta.

“Medo!? Oro antes de ir para cama todos os dias.” Fai e eu começamos a rir. “Bem, na verdade... Fai, você não precisa chamar seu P (pessoa superior) de “Professor”. Isso não é uma escola de medicina. Basta que me chame de P’.”

Fai deu um largo sorriso, “Está bem, P’, você é muito gentil e ensina muito bem.”

Estava quase lhe agradecendo, quando o som do meu celular nos interrompeu. Levantei o celular e vi o nome registrado como “Capitão M".

Três palavras saltaram em minha mente no momento em que vi esse nome aparecer na tela do meu celular durante o expediente. Essas palavras eram “O dever chama”.

 

[...]

 

Desci da caminhonete do hospital com Fai saltando. Decidi trazê-la para adquirir experiência vendo cena de crime com mortos. Já que, fora do meu horário de trabalho, será a vez de Nong Fai de ficar encarregada da sala de emergências, indo para a investigação das cenas dos crimes.

Eu vestia uma jaqueta preta com uma enorme palavra — “forense” — nas costas e usava tênis para poder me mover com facilidade. Entramos no edifício como uma equipe de três pessoas composta por mim, N’Fai e P’Anan, staff que carregava as bolsas para as amostras, enquanto trazia uma câmera para tirar fotos da cena do crime. Este edifício é um condomínio situado no centro da cidade. No térreo, há uma pequena multidão de pessoas que provavelmente são moradoras desse condomínio.

Olho os olhos deles e a atmosfera para encontrar gente suspeita. Isso é o que eu faço automaticamente e que está além de minhas obrigações, pois meu dever está apenas relacionado ao cadáver. Como se tivesse que responder: Quem é o defunto? Qual é a causa da sua morte? De que forma que ele morreu? E finalmente, quem é o suspeito? Mas eu gosto de jogar comigo mesmo. Se é um caso de assassinato, eu gosto de adivinhar antes de todos quem é o assassino, mesmo que não tenha provas concretas. Eu guardo as respostas para mim mesmo até ouvir da polícia. Ou se não, eu espero os resultados das provas, que são os que identificam os responsáveis, como a prova de DNA.

Pode ser chamado de dom, porque minhas estatísticas estão, no momento, 100% certas.

Então, um policial veio até mim, "Dr. Bunn".

“Capitão M." Dei um grande sorriso para a pessoa alta que ocupa o posto de oficial da polícia local. Coloquei minha mão sobre N'Fai, "Hoje, trouxe minha aluna para me observar. Uma bolsista do primeiro ano, se chama N’Fai.”

Vi que o capitão deu um largo sorriso enquanto olhava a jovem doutora. Quero tirar uma foto de seu rosto agora para sua esposa ver. “Okay, peguem o elevador por aqui. A cena do crime está no quinto andar.”

Andamos até o elevador, cuja porta já estava aberta. Dentro do elevador, o Capitão M se virou para falar comigo. "Ela deixou uma carta de suicídio, Dr. Bunn. A irmã mais velha da falecida confirmou a caligrafia. Ela sofria de depressão, e encontramos muitos antidepressivos e soníferos. Perguntamos à irmã, e ela confirmou que a parente sofria e estava estressada por causa de sua situação amorosa. O que o namorado vai dizer sobre isso?”

Assenti com a cabeça, captando cada palavra. “Quanto mais eu escuto, mais eu entendo, mas... não me disse que quem encontrou o corpo foi o namorado?”

“Sim, às 11 e meia da manhã, o namorado chegou ao apartamento, tocou e insistiu, mas no final ninguém abriu. Logo resolveu ligar para ela, mas ela também não atendeu. Então, foi pedir para os funcionários do condomínio a chave, explicando que a dona do apartamento sofria de depressão. Quando finamente abriu a porta, viu que sua namorada estava enforcada no banheiro. O namorado estava a ponto de segurar o cadáver para abaixá-la e lhe fazer reanimação cardiopulmonar. Mas foi bom que os empregados o pararam e nos chamaram.”

“Eu gosto quando o corpo permanece intacto.” Confirmei.

O Capitão M riu, o elevador subiu até o quinto andar e abriu. Saí e olhei em volta. Tinha um apartamento com a porta aberta. Havia um oficial da polícia e um forense parados na frente da sala. Do lado oposto do quarto, há duas pessoas paradas conversando com a polícia. Uma era uma mulher em pé que chorava e o outro era um homem alto com uma camisa branca e calça cinzenta. Seu cabelo preto estava arrumado. Uma pessoa bonita. Destacava-se bastante, principalmente quando estava perto de gente como estas.

“Esta é a irmã e o namorado da falecida." O Capitão M me informou rapidamente.

A reação de cada pessoa a respeito da morte é diferente: uns se zangam, outros se sentem tristes e alguns se sentem culpados. Olhei o jovem que era namorado da falecida, e sua expressão era calma, seu rosto e seus olhos não mostravam nenhum sentimento, diferente da irmã, que chorava amargamente.

Guardei essa observação na minha mente.

O Capitão me levou ao banheiro, que ficava na esquerda. A imagem que vi foi o corpo de uma mulher de 28 anos de cabelos grandes e saia rosa pendurada na parede do banheiro. Seus pés estavam flutuando muito acima do chão. Havia uma cadeira de plástico caída no piso. Suas mãos e pés estavam roxos e tinha o rosto totalmente inchado.

 Escutei o som da câmera. N'Fai estava em pé e parecia pálida. Peguei as luvas de borracha da bolsa e dividi para toda equipe. Me aproximei e observei as condições externas do corpo, para buscar qualquer evidência que estivesse nele como sangue, cabelo, unha, etc.

“O nome da falecida é Janjira Sukyod, 28 anos, trabalhava como professora na escola primária. Tinha acabado de renunciar faz duas semanas.” Disse o Capitão enquanto observava meu trabalho. “A irmã disse que sua depressão era grave. A última pessoa que a viu foi essa sua irmã, que veio jantar com ela às sete horas da noite e voltou para casa às nove da noite.

Pressionei com meu dedo a área escura do pé e da mão. “Morreu faz umas oito ou doze horas. Nesse momento, a falecida estava sozinha.” Fiquei na ponta dos pés para ver a corda, que é um tecido branco de qualidade, que foi amarrada no chuveiro.

Eh...tem algo errado.

Acima das marcas de corda, no pescoço, há algumas pequenas feridas. E debaixo da corda tem hematomas. Chamei Khun Anan para que tirasse foto dessa parte mais de perto. N’Fai caminhava e vinha para ver.

“Tem algo de errado?”

Apontei para que ela visse, “Vê isto? Parecem marcas causadas por unhas. E aqui, parecem hematomas.” Me virei para o Capitão M, "No quarto tem algum sinal de luta? Eu não pude vê-lo.”

O Capitão sacudiu a cabeça, “Tudo parece bem, perguntamos para a irmã, e nada foi tirado do lugar”.

Estendi a mão para tentar apalpar o arredor do hematoma. E pude sentir a laringe quebrada da falecida, o que normalmente não é encontrado em pessoas que se enforcam. Respirei lentamente e logo voltei a olhar o Capitão que estava de pé, me esperando. Sinto a importância de levar esse corpo para fazer uma necropsia completa no hospital. É necessário.

“Lamento te dar mais trabalho, P’M.” Parei por alguns instantes. “Mas acredito que essa mulher possa ter sido assassinada.”

Essa mulher foi estrangulada até a morte e, então, colocada num cenário de enforcamento para ocultar o crime.

Depois de terminar o processo de necropsia na cena do crime, tirei as luvas e saí do apartamento, inalando fortemente ar puro. Esse cadáver será analisado bem detalhadamente de novo no departamento forense. Estou pronto para resolver este caso. Tem muito trabalho para se fazer. Meu coração bateu forte. Me sinto realmente animado quando encontro um caso de assassinato. Acredito que essa é a razão pela qual eu amo meu trabalho.

Quando o caso parecia com o de um assassinato, é aí que eu começo a jogar comigo mesmo aquele jogo... Quem é o assassino...?

Meus olhos rapidamente se direcionaram ao jovem que reconheci como namorado da falecida e como a primeira pessoa que encontrou o corpo. Seu rosto ainda parecia tranquilo, seus olhos não mostravam nenhum sentimento. Essa pessoa não se sentia chateada pela morte da namorada?

Seus olhos finos me olharam quando se deu conta de que eu o encarava.

Desviei meus olhos para o outro lado. Meu coração segue animado pela emoção. Meus sentimentos diziam que essa pessoa era suspeita. Ele esconde algo. E considerando seu tamanho corporal de 1,80m de altura, acredito que possa segurar sua namorada facilmente.

Vamos esperar a polícia sentir o mesmo que eu e o investigue mais a fundo.

Decidi que a falecida foi assassinada e estou confiante de que minhas estatísticas de 100% não serão destruídas. 


8 comentários:

  1. Muito obrigada pela tradução. Queria muito ler!!

    ResponderExcluir
  2. Obrigada pela tradução. Queria muito ler a novel antes do lançamento da série e me familiarizar com os personagens.

    ResponderExcluir
  3. obrigada por ter traduzido, fiquei tão feliz por encontrar a novel com facilidade!!
    sua tradução é ótima

    ResponderExcluir
  4. Eu nem sabia que tinha uma novel, pesquisei de zoeira e me surpreendi! E claro, fiquei muuuuuito animada, então agradeço muuuuuito a tradução! 🤩👍🏽

    ResponderExcluir
  5. Tradução perfeita!
    Muito obrigada.

    ResponderExcluir
  6. Simplesmente pft, obg pela tradução do meu bl fav ❤

    ResponderExcluir
  7. Obrigada pela tradução!! Essa novel é incrível.

    ResponderExcluir