Tradução: Wingrid
Revisão: Victor
- Equipe KhunPandex
Traduções
Preconceito...
Esta é a primeira
palavra que pensei ao ver os olhos esnobes de uma jovem funcionária. Ela deu
uma olhada desagradável para um idoso que entrava na loja de roupa. A julgar
por sua olhada, aquele senhor tem seus sessenta anos. Seu cabelo grisalho
parece tão bagunçado. Vestido com uma camisa muito grande e um jeans, ele
entrou na loja e escolheu roupas como se quisesse comprá-las.
Pendurei de novo a
camisa que peguei para ver essa situação que está se tornando bem interessante.
A funcionária saberá que tem cinco bahts em linha de ouro penduradas debaixo da
camisa gasta desse velho?
Como já disse, o
preconceito te cega da realidade.
Talvez ela não veja
essa linha de ouro devido a essa cortina que foi criada. E ainda que pudesse
ver essa brilhante linha de ouro, seu preconceito lhe fará pensar que é falso.
Não tem como uma pessoa como essa ter ouro e entrar em uma loja de marca com
preços tão altos... certeza que é isso que ela poderia pensar.
Paguei minhas coisas
no caixa e saí com duas sacolas de papel penduradas nas minhas mãos. Em uma
dessas sacolas tinha minha roupa e, na outra tinha, uma rosquinha que eu
poderia comer de manhã antes de ir para o trabalho.
Amanhã tenho um
compromisso com meu melhor amigo, seu nome é Songsak, embora eu possa chamá-lo
de Ai’Phud, o procurador apaixonado que tem um rosto de me dar inveja. Tem um
rosto bonito e um bom trabalho, pode trocar de menina quando quiser e não sai
com a mesma duas vezes. Então, tive que me vestir o melhor possível para não
ser ofuscado quando eu estiver ao seu lado. Mas, essa não foi a razão pela qual
eu gastei tanto em uma camisa. Não paguei milhares de baht só para ficar
bonito. Mas a camisa que eu levava ontem, estava coberta de líquido do abdômen
do cadáver que revisei. Foi um acidente causado pela negligência de um oficial
que tropeçou em mim enquanto levava o recipiente com os líquidos do abdômen
daquele cadáver. Todo esse líquido fedorento salpicou em meu braço, mas graças
ao meu protetor de plástico o líquido não passou para minha pele e ficou só
impregnado na minha camisa. Não vou lavar essa camisa.
[...]
“Ei! Por que você
quis estudar medicina forense?" Um dos meus amigos, Tim, perguntou.
“Estudar durante 6 anos para ser médico, mas acabar abrindo cadáveres? Passei
por isso no meu 5º ano, em apenas duas semanas, eu já estava vomitando.”
“As pessoas tem
gostos diferentes.” Disse enquanto tirava os restos de caramelo que tinha
comido e que caíram na minha camisa. "Eu gosto dos cadáveres e você das
crianças. Por isso escolhi a medicina forense, e você continua estudando para
ser pediatra. Não tem nada que faça mais sentido que isso." Sorri para
irritar o Tim que começa a fazer cara de medo.
“Você diz com tanta
confiança que gosta dos cadáveres... você de fato é uma pessoa estranha."
“Minha estranheza tem
ajudado esta pobre nação. Trabalho em um ramo onde constantemente falta gente.
Entre todos os estudantes, eu fui o único que se candidatou. As lágrimas da
professora caíram quando me viu se candidatando." Me levantei do assento
da cafeteria e disse “Agiliza, jovem doutor, a palestra já vai começar.”
Na verdade, eu
gostaria de dar ao Tim uma explicação mais longa do por que escolhi estudar
medicina forense, mas parece muito entediante e eu não gosto de explicar minhas
ações e ideias a ninguém. Fazer com que os outros adivinhem parece ser mais
interessante. Vou esconder todas as minhas emoções profundamente dentro de mim,
e eles continuarão a me ver como alguém que tem bom humor, que é alegre,
eloquente e conversador. Qualquer um que consiga ver minha cara de sofrimento,
vou lhe pagar milhões.
Passei três anos como
médico residente. Depois de me formar, fui persuadido a continuar minha
carreira e ser professor de medicina. Mas estou cansado da vida universitária,
quero ser livre e viver como eu quero. Então, eu decidi terminar meu trabalho
em um hospital provincial do Norte a milhares de quilômetros da minha cidade
natal e onde agora eu permaneço regularmente como o único médico forense da
província.
Me tornei uma pessoa
da indústria legal rapidamente. Não tinha policiais, advogados, procuradores ou
juízes que não me conhecessem. Meu nome é Dr. Bunnakit Songsuddhina, 30 anos,
médico forense no hospital provincial e solteiro. Antes, eu tinha uma namorada
que trabalhava no banco — uma mulher muito bonita —, mas ela não parecia feliz
em estar com alguém que abre cadáveres diariamente. Então, ela me deixou faz
três semanas.
Ai’Phud segurou seu
copo de cerveja e riu da minha situação. “Oh, não! Porque você não tinha me
dito que te abandonaram?” Um jovem alto, vestido com camisa e calças caras,
deixou seu copo de cerveja na mesa e ficou sério, “Agora que... vocês dois
terminaram...”
“O quê?” Franzi a
cara, olhando os olhos sérios do procurador.
“Então, é minha
oportunidade." Seu lindo rosto se aproximou de mim. Sua boca se
transformou em um sorriso encantador que pode acabar com o coração de qualquer
mulher. Me surpreendi com o sorriso do procurador, “...me dê o número da Prae”.
Utilizei o dedo que
uso quando pego o bisturi para abrir cadáveres e lhe golpeei a testa com força,
fazendo Ai’Phud gritar. Logo voltou a se sentar, ajeitando-se corretamente na
sua cadeira e acariciou sua testa. “Que seja, os números da N'Pong ou N'Prae
não vou te dar! Vá ficar com N'Farm, N'Mai, N'Jennie, Nong...maldito seja quem
for, nem me lembro mais...Vá!”.
“Doutor Bunn, não se
intrometa. Só deixe que sua ex encontre uma boa pessoa, como o Phud aqui.”
Estas são as
conversas normais com o procurador Phud. Estamos sentados do lado de fora no
pátio de um restaurante, ao ar livre, onde pessoas caminhavam. Phud e eu não gostamos
de falar sobre trabalho em público. O assunto, portanto, não passava de
histórias de amor de homens indecentes de 30 anos.
“Então... por que
terminaram?” Phud me perguntou, com um tom de voz realmente sério.
“Não sei, não
estávamos indo bem um com o outro” Dei de ombros e demonstrei a ele que eu não
estava afetado. Enquanto as minhas verdadeiras emoções, escondi debaixo da
minha expressão. Não sei quão frio eu fui. Phud não precisa saber, ninguém precisa.
“Vocês dois não
estavam indo bem porque ela devia estar pensando sobre você abrir cadáveres,
não tomar banho e voltar pra casa para dormir como se nada estivesse
acontecido.”
“Se esse fosse o
caso, já teríamos terminado nos três primeiros dias que começamos a sair. E
poucos dias depois o cadáver podre voltou.” Me dei conta de que estava falando
muito forte quando a tia ao lado me olhou como se estivesse me culpando. Me
virei para pedir desculpas e logo abaixei o tom da minha voz.
Minha conversa com
Phud continuou calmamente. Ainda bem que me mudei para esta região e o conheci.
Aliás, trabalhamos em profissões relacionadas, então Phud e eu temos a
oportunidade de se encontrar frequentemente tanto dentro quanto fora do
tribunal. No tribunal, o procurador Songsak é a pessoa que me pede para ser a
testemunha médica. Mas fora dele, esse procurador volta a ser o Ai’Phud — um
homem bonito que se comporta graciosamente e não para de dizer merda.
Logo dirigi de volta
para casa. Quando cheguei, abri a porta da residência de um só andar para onde
me mudei. Na verdade, o hospital me dera um alojamento, mas quando vi a
solitária casa de madeira em condições perfeitas para uma restauração, decidi
me mudar e alugar uma outra moradia fora do hospital. Ainda bem que tinha uma para
alugar em conjunto habitacional não muito longe do hospital. Decidi, então, por
esta casa de só um andar de sessenta metros quadrados.
Estava procurando as
chaves dentro do meu bolso para abrir a porta da minha casa quando meu telefone
começou a vibrar. Levantei o telefone para ver quem era a pessoa corajosa que
me ligava a essa hora.
Era um número de telefone
fixo.
Não era incomum ter
um número de telefone me ligando que não fosse de celular. Se fosse do hospital,
seria um telefone fixo. Mas eu já tinha o número do hospital salvo. Então, de
quem é esse número?
Decidi atender a
ligação enquanto abria a porta, “Oi.”
“Eh...” A voz do
outro lado da chamada era uma voz masculina: “Esse é o número de Nat?"
“De quem?
Imediatamente percebi que se tratava de um engano: “Não, está enganado”.
“Quê?" O outro
lado da chamada ficou um pouco em silêncio, "Disquei certo. Então, quem
é?”
Abri a porta e
entrei. Em minha mente, eu perguntei por que essa pessoa queria saber quem eu era.
“Então, diga para a pessoa que te deu esse número que eu não sou a Nat"
Desliguei a ligação imediatamente. Se esse número ligar novamente, não irei
atender. Uma mulher chamada Nat pode ter dado a ele o número errado, que pena.
Uma noite de descanso
depois de conversar com meu amigo passou tranquilamente, e dormi a noite toda
sem que nenhum número estranho me ligasse de novo.
[...]
Olhei com um misto de
diversão e pena para a jovem interna que estava de pé e pálida. O que tinha
sido colocado na minha frente e na dela era o cadáver de um jovem rapaz que foi
enviado para cá para ser feito a necropsia a fim de se encontrar a causa de sua
morte.
A história era que essa
pessoa morreu em um acidente de carro em um poste elétrico às quatro da manhã.
Quando o resgate chegou à cena, não foi possível sentir o pulso. Eu tinha
passado meia hora revisando o jovem acerca da hora da morte e examinando as
condições externas do corpo. Logo chamei os policiais que começaram o processo
funerário.
“Fai, já tomou café
da manhã?” Virei-me para perguntar à jovem doutora que foi enviada a mim,
porque o pessoal da sala de emergência lhe mandou ter conhecimentos forenses.
Coitada.
“Já comi, Professor."
É normal que os estudantes mais jovens chamem seus superiores como “professor”.
Seu rosto ficou mais pálido quando o pessoal dissecou a pele do couro cabeludo
para ver o crânio com mais claridade. Olhei para Fai — que usava um gorro
verde, uma máscara que cobria seu nariz e botas de borracha —, e seu corpo
parecia desconfortável. Apenas sorri para ela amigavelmente.
“Bem, quando
terminarmos a necropsia, te levarei para almoçar.” Aproximei a Nong de mim para
que se afaste da maca de metal, esperando que o pessoal se ocupe do crânio.
"Como você acha que essa pessoa morreu?” Quando eu fui estudante de
medicina, só tive experiência no laboratório forense por apenas duas semanas.
Se não continuasse estudando, tenho certeza de que eu não me lembraria mais de
nada.
“Hmm.” Fai se virou
para olhar o corpo, mostrando uma expressão facial insegura, "Choque por
perda de sangue?".
“É possível. Os pacientes
acidentados normalmente têm perda de sangue. Mas, olhando externamente, não
podemos ver onde está a hemorragia. Além
disso, o sangramento do nariz e dos ouvidos pode ser uma hemorragia interna.
Essa pessoa tem um grande hematoma no seu estômago e na área do peito. Vamos
esperar abrir os pulmões e abdômen, então — aí, sim — veremos. Mas, essa pessoa
definitivamente não morreu por perda excessiva de sangue.” Fai começou a me
olhar suspeitosamente. “Espere e você vai ver..."
O crânio foi aberto
maravilhosamente, e o cérebro, transportado a uma guilhotina. Trouxe a Nong Fai
para olhar a cabeça que foi recém-aberta.
“A-há. A base do
crânio está rachada. Vê, Nong?" Eu disse à Fai para perfurar as rachaduras
do crânio. “No início, vimos que o corpo tem uma bolha rosa que sai do seu
nariz. E tem outras provas que se mostram como sendo sinais de asfixia. Essa
pessoa tem o crânio partido. O sangue da base do crânio flui para as vias
respiratórias. É provável que essa pessoa tenha se asfixiado com seu próprio
sangue até a morte."
Então, vi que a Fai exibia
um olhar emocionado, parecia linda.
Depois que a necropsia
acabou, levei a Fai a um restaurante de carne que não ficava longe do hospital.
Toda vez que a Nong vem estudar comigo, eu a levo para almoçar. Já é nossa
tradição. Depois, lhe envio de volta para a sala de emergências para continuar
seu trabalho.
“Por que estudou
ciências forenses, Professor?” Fai me perguntou, enquanto estávamos sentados,
esperando nos servirem a comida. Estranhamente, é uma pergunta popular que
todos me fazem quando saímos para comer.
“É divertido. Nos
comunicamos com as pessoas através das palavras, mas o cadáver se comunica
conosco através do corpo. Só depende de nós se o escutamos ou não. Digamos
que... um cadáver, depois de ter saltado de um edifício, possa ser concluído
como suicídio. Mas, então, encontramos uma substância altamente tóxica no
sangue. Esse cadáver nos estaria dizendo... Não me suicidei, doutor! Fui
assassinado!"
N’Fai fez uma careta,
“O que você acaba de dizer, Professor, soa tão sinistro."
Eu ri, “Isso é só um
exemplo. Se o cadáver fala com honestidade, então eu realmente o
entenderei"
“Mesmo assim, você
não tem medo dos fantasmas, Professor?” Disse Fai em voz alta.
“Medo!? Oro antes de
ir para cama todos os dias.” Fai e eu começamos a rir. “Bem, na verdade... Fai,
você não precisa chamar seu P (pessoa superior) de “Professor”. Isso não é uma
escola de medicina. Basta que me chame de P’.”
Fai deu um largo
sorriso, “Está bem, P’, você é muito gentil e ensina muito bem.”
Estava quase lhe
agradecendo, quando o som do meu celular nos interrompeu. Levantei o celular e
vi o nome registrado como “Capitão M".
Três palavras saltaram
em minha mente no momento em que vi esse nome aparecer na tela do meu celular
durante o expediente. Essas palavras eram “O dever chama”.
[...]
Desci da caminhonete
do hospital com Fai saltando. Decidi trazê-la para adquirir experiência vendo
cena de crime com mortos. Já que, fora do meu horário de trabalho, será a vez
de Nong Fai de ficar encarregada da sala de emergências, indo para a
investigação das cenas dos crimes.
Eu vestia uma jaqueta
preta com uma enorme palavra — “forense” — nas costas e usava tênis para poder
me mover com facilidade. Entramos no edifício como uma equipe de três pessoas
composta por mim, N’Fai e P’Anan, staff que carregava as bolsas para as
amostras, enquanto trazia uma câmera para tirar fotos da cena do crime. Este
edifício é um condomínio situado no centro da cidade. No térreo, há uma pequena
multidão de pessoas que provavelmente são moradoras desse condomínio.
Olho os olhos deles e
a atmosfera para encontrar gente suspeita. Isso é o que eu faço automaticamente
e que está além de minhas obrigações, pois meu dever está apenas relacionado ao
cadáver. Como se tivesse que responder: Quem é o defunto? Qual é a causa da sua
morte? De que forma que ele morreu? E finalmente, quem é o suspeito? Mas eu gosto
de jogar comigo mesmo. Se é um caso de assassinato, eu gosto de adivinhar antes
de todos quem é o assassino, mesmo que não tenha provas concretas. Eu guardo as
respostas para mim mesmo até ouvir da polícia. Ou se não, eu espero os
resultados das provas, que são os que identificam os responsáveis, como a prova
de DNA.
Pode ser chamado de
dom, porque minhas estatísticas estão, no momento, 100% certas.
Então, um policial
veio até mim, "Dr. Bunn".
“Capitão M." Dei
um grande sorriso para a pessoa alta que ocupa o posto de oficial da polícia
local. Coloquei minha mão sobre N'Fai, "Hoje, trouxe minha aluna para me
observar. Uma bolsista do primeiro ano, se chama N’Fai.”
Vi que o capitão deu
um largo sorriso enquanto olhava a jovem doutora. Quero tirar uma foto de seu
rosto agora para sua esposa ver. “Okay, peguem o elevador por aqui. A cena do
crime está no quinto andar.”
Andamos até o elevador,
cuja porta já estava aberta. Dentro do elevador, o Capitão M se virou para
falar comigo. "Ela deixou uma carta de suicídio, Dr. Bunn. A irmã mais velha
da falecida confirmou a caligrafia. Ela sofria de depressão, e encontramos
muitos antidepressivos e soníferos. Perguntamos à irmã, e ela confirmou que a parente
sofria e estava estressada por causa de sua situação amorosa. O que o namorado
vai dizer sobre isso?”
Assenti com a cabeça,
captando cada palavra. “Quanto mais eu escuto, mais eu entendo, mas... não me
disse que quem encontrou o corpo foi o namorado?”
“Sim, às 11 e meia da
manhã, o namorado chegou ao apartamento, tocou e insistiu, mas no final ninguém
abriu. Logo resolveu ligar para ela, mas ela também não atendeu. Então, foi
pedir para os funcionários do condomínio a chave, explicando que a dona do
apartamento sofria de depressão. Quando finamente abriu a porta, viu que sua
namorada estava enforcada no banheiro. O namorado estava a ponto de segurar o
cadáver para abaixá-la e lhe fazer reanimação cardiopulmonar. Mas foi bom que
os empregados o pararam e nos chamaram.”
“Eu gosto quando o
corpo permanece intacto.” Confirmei.
O Capitão M riu, o
elevador subiu até o quinto andar e abriu. Saí e olhei em volta. Tinha um
apartamento com a porta aberta. Havia um oficial da polícia e um forense
parados na frente da sala. Do lado oposto do quarto, há duas pessoas paradas
conversando com a polícia. Uma era uma mulher em pé que chorava e o outro era
um homem alto com uma camisa branca e calça cinzenta. Seu cabelo preto estava arrumado.
Uma pessoa bonita. Destacava-se bastante, principalmente quando estava perto de
gente como estas.
“Esta é a irmã e o
namorado da falecida." O Capitão M me informou rapidamente.
A reação de cada
pessoa a respeito da morte é diferente: uns se zangam, outros se sentem tristes
e alguns se sentem culpados. Olhei o jovem que era namorado da falecida, e sua
expressão era calma, seu rosto e seus olhos não mostravam nenhum sentimento,
diferente da irmã, que chorava amargamente.
Guardei essa
observação na minha mente.
O Capitão me levou ao
banheiro, que ficava na esquerda. A imagem que vi foi o corpo de uma mulher de
28 anos de cabelos grandes e saia rosa pendurada na parede do banheiro. Seus
pés estavam flutuando muito acima do chão. Havia uma cadeira de plástico caída
no piso. Suas mãos e pés estavam roxos e tinha o rosto totalmente inchado.
Escutei o som da câmera. N'Fai estava em pé e
parecia pálida. Peguei as luvas de borracha da bolsa e dividi para toda equipe.
Me aproximei e observei as condições externas do corpo, para buscar qualquer
evidência que estivesse nele como sangue, cabelo, unha, etc.
“O nome da falecida é
Janjira Sukyod, 28 anos, trabalhava como professora na escola primária. Tinha
acabado de renunciar faz duas semanas.” Disse o Capitão enquanto observava meu
trabalho. “A irmã disse que sua depressão era grave. A última pessoa que a viu
foi essa sua irmã, que veio jantar com ela às sete horas da noite e voltou para
casa às nove da noite.
Pressionei com meu
dedo a área escura do pé e da mão. “Morreu faz umas oito ou doze horas. Nesse
momento, a falecida estava sozinha.” Fiquei na ponta dos pés para ver a corda,
que é um tecido branco de qualidade, que foi amarrada no chuveiro.
Eh...tem algo errado.
Acima das marcas de
corda, no pescoço, há algumas pequenas feridas. E debaixo da corda tem
hematomas. Chamei Khun Anan para que tirasse foto dessa parte mais de perto.
N’Fai caminhava e vinha para ver.
“Tem algo de errado?”
Apontei para que ela
visse, “Vê isto? Parecem marcas causadas por unhas. E aqui, parecem hematomas.”
Me virei para o Capitão M, "No quarto tem algum sinal de luta? Eu não pude
vê-lo.”
O Capitão sacudiu a
cabeça, “Tudo parece bem, perguntamos para a irmã, e nada foi tirado do lugar”.
Estendi a mão para
tentar apalpar o arredor do hematoma. E pude sentir a laringe quebrada da
falecida, o que normalmente não é encontrado em pessoas que se enforcam.
Respirei lentamente e logo voltei a olhar o Capitão que estava de pé, me
esperando. Sinto a importância de levar esse corpo para fazer uma necropsia
completa no hospital. É necessário.
“Lamento te dar mais
trabalho, P’M.” Parei por alguns instantes. “Mas acredito que essa mulher possa
ter sido assassinada.”
Essa mulher foi estrangulada
até a morte e, então, colocada num cenário de enforcamento para ocultar o
crime.
Depois de terminar o
processo de necropsia na cena do crime, tirei as luvas e saí do apartamento, inalando
fortemente ar puro. Esse cadáver será analisado bem detalhadamente de novo no
departamento forense. Estou pronto para resolver este caso. Tem muito trabalho
para se fazer. Meu coração bateu forte. Me sinto realmente animado quando
encontro um caso de assassinato. Acredito que essa é a razão pela qual eu amo
meu trabalho.
Quando o caso parecia
com o de um assassinato, é aí que eu começo a jogar comigo mesmo aquele jogo...
Quem é o assassino...?
Meus olhos
rapidamente se direcionaram ao jovem que reconheci como namorado da falecida e
como a primeira pessoa que encontrou o corpo. Seu rosto ainda parecia
tranquilo, seus olhos não mostravam nenhum sentimento. Essa pessoa não se
sentia chateada pela morte da namorada?
Seus olhos finos me
olharam quando se deu conta de que eu o encarava.
Desviei meus olhos
para o outro lado. Meu coração segue animado pela emoção. Meus sentimentos
diziam que essa pessoa era suspeita. Ele esconde algo. E considerando seu
tamanho corporal de 1,80m de altura, acredito que possa segurar sua namorada
facilmente.
Vamos esperar a
polícia sentir o mesmo que eu e o investigue mais a fundo.
Muito obrigada pela tradução. Queria muito ler!!
ResponderExcluirAmei👏👏😊
ResponderExcluirObrigada pela tradução. Queria muito ler a novel antes do lançamento da série e me familiarizar com os personagens.
ResponderExcluirobrigada por ter traduzido, fiquei tão feliz por encontrar a novel com facilidade!!
ResponderExcluirsua tradução é ótima
Eu nem sabia que tinha uma novel, pesquisei de zoeira e me surpreendi! E claro, fiquei muuuuuito animada, então agradeço muuuuuito a tradução! 🤩👍🏽
ResponderExcluirTradução perfeita!
ResponderExcluirMuito obrigada.
Simplesmente pft, obg pela tradução do meu bl fav ❤
ResponderExcluirObrigada pela tradução!! Essa novel é incrível.
ResponderExcluir