quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

Capítulo 06 - Bom dia, segunda-feira



Tradução inglês: giapohonjati
Tradução: Vanessa.
Revisão: N'Diih.
— Equipe KhunPandex Traduções.



Os membros do clube de natação estão de volta de seu campo de treinamento com os juniores do primeiro e do segundo ano. Seus corpos estão 2 níveis mais escuros. Sem dúvida, eles agora estão confusos. Depois de saberem que o presidente do clube é muito feroz, apenas ouvir o nome dele e o nome do vice-presidente, que geralmente está brincando, eles se apressam para fugir. Não querem encontrá-los cara a cara.

Hoje, o presidente do clube os deixou descansar. Apenas alguns membros do terceiro ano vieram para a prática. Dean recolhe o documento e se despede das pessoas do clube, pega a chave do carro e caminha até o estacionamento.

São 6h da tarde, um aluno está diminuindo a velocidade das pernas longas quando passa pela faculdade de Economia. Ele não pode deixar de procurar alguém. Ele não sabe se essa pessoa vai para o clube ou se já foi para casa. Depois de voltar do acampamento, Dean tentou todos os meios para entrar em contato com ele, mas, ainda não teve chance. A única conexão é Team que costuma trazer lanches, mas, hoje ele não vem para a prática.

"Desculpe, Parm, nos últimos dias começamos a escalar os atores. Então, vamos voltar para casa tarde todos os dias." A voz clara da garota faz Dean parar.

"Está tudo bem, Mannow, se apresse e vá. Eu posso ir para casa sozinho."

Dean segue a fonte das vozes, depois encontra dois juniores sentados no mirante de pedra ao lado do prédio da faculdade. Não há outros alunos por perto, então, ele pode ouvi-los claramente.

"Seu carro quebrou e Team está doente." Mannow abraça o braço de seu amigo e o sacode. "Eu realmente sinto muito”.

"Ei, não precisa se desculpar. O carro quebrou sozinho, não é sua culpa. Vamos torcer por você no clube, su su na*." Parm pega a mão de sua amiga, Mannow apenas sorri e acena com a mão.

[N/T: * Su su na pode significar “boa sorte”. É como o “fighting” coreano].

"Estou com preguiça de ir para casa sozinho." Parm reclama. Chegar em seu apartamento de carro leva apenas meia hora, mas, se ele pegar o transporte público, ele terá que trocar o ônibus três vezes e levar uma hora, porque terá que esperar pelo próximo ônibus. Ele costumava pegar carona no carro de Mannow ou Team até a estação de trem, mas, nunca até seu apartamento.

Na verdade, posso pedir carona a P’Win, mas, isso...

Ele suspira e deita a cabeça na mesa.

Dean sorri um pouco vendo sua ação infantil. Parm é alguém que é muito expressivo, de vergonha, nervoso, confusão, choro ou infantil. Tudo pode ser visto claramente do seu rosto, fazendo aquele que o viu incapaz de suportar.

Booom!!!

Uma explosão alta deixa os alunos chocados. Dean rapidamente se vira para procurar a fonte da explosão no prédio da faculdade, depois de um tempo, ele ouve pessoas gritando, dizendo que o transformador havia explodido. Dean suspira, esta é a primeira vez que ele ouviu uma explosão tão grande tão de perto. Ele ainda está chocado.

Seu rosto interessado se volta para a mesa de pedra, mas, ele não podia ver o garoto que estava sentado lá.

"Parm?" Ele se aproxima para ver se o garoto já foi embora, mas, parece não ser o caso, porque ele vê que a bolsa ainda está sobre a mesa. E quando ele se aproxima, fica chocado.

"Parm!!!"

O garoto que ele está procurando está encolhido embaixo da mesa, seu rosto está tão pálido que é como se nenhum sangue estivesse fluindo. Ele está tremendo por toda parte, respirações pesadas e as mãos e as pernas estão rígidas. O corpo alto logo abaixa para abraçá-lo. O junior que está subitamente sofrendo de dificuldade para respirar, está fazendo com que doa seu coração.

Parm abraça com força a camisa do jovem, olha fixamente para seu rosto como os olhos cheio de lágrimas, preocupando a pessoa que o está segurando.

"Pi... Dean", sua voz está fraca.

"Ssshhhh!... Não fale." Dean estende a mão para pegar um saco de papel da mesa. Ele apressadamente derrama as coisas de dentro e leva o saco para a boca de Parm, que está respirando pesadamente. "Calma... Calma... Eu estou aqui." Ele sussurra, sua testa está suando. Sua mão agarra a mão pequena e repete as palavras.

Eles ficam assim por algum tempo até Parm se acalmar e respirar normalmente. Dean o ajuda a se sentar na cadeira e agacha-se na frente dele.

"Vamos para o hospital." Ele diz olhando para os olhos do garoto.

Parm balança a cabeça. "Está tudo bem... Só preciso descansar um pouco e eu ficarei bem."

"Não recuse... Eu o levarei até lá." Ele se levanta e coloca as coisas de Parm dentro da bolsa e leva a bolsa junto com sua própria mochila.

"Não, P’Dean." Parm rapidamente fala para recusar.

"Vai andar sozinho ou eu carrego você?"

A pessoa doente logo melhora e responde "Eu irei sozinho!"

E o aluno do primeiro ano da Faculdade de Economia é sequestrado pelo presidente do Clube de Natação para ir ao hospital sem que ninguém saiba.

(****)

"É hiperventilação, geralmente acontece por causa do estresse". O Dr. Satorn Jaidee explica: "Geralmente é desencadeado por uma situação ou choque muito estressante. Qual foi a causa?"

"Um transformador explodiu." Dean responde, o médico cruza os braços sentado no consultório enquanto seu paciente ainda está atordoado.

Quando o médico e Dean se viram para ver e esperam sua resposta, Parm assente.

"Eu tenho muito medo de sons altos. Se não estiver muito alto, o sintoma não será muito ruim. Mas, se for muito alto, será muito ruim."

"Você teve esse sintoma antes?" O médico anota os detalhes em um cartão branco enquanto a pessoa solicitada responde normalmente.

Ele foi levado pelos pais a tantos médicos, até a psiquiatras.

"Sim, fico incapaz de respirar se o som é como uma arma ou uma explosão."

"Você já sofreu um incidente envolvendo arma?"

O garoto balança a cabeça: "Nunca, mas, minha mãe disse que eu tenho medo de som alto desde que era criança".

"Este sintoma pode ser curado?" Dean pergunta ao médico com uma voz pesada.

"A hiperventilação geralmente está relacionada à doença mental. Só posso prescrever remédios para fazê-lo relaxar. Mas, se Khun Parm não estiver estressado e não encontrarmos a causa, será muito difícil curá-la". O médico explica com um olhar desconfortável. Dean assente. Ele conversa com o médico por um tempo e ouve seus conselhos sobre como cuidar do sintoma. Ele então presta seus respeitos (wai) para agradecê-lo.

Desde que eles saíram do hospital, o presidente do Clube de Natação está franzindo a testa e o mais novo está ao seu lado. Ele acabou de descobrir um sintoma ruim de Parm e não gostou disso. E se esse sintoma aparecer quando ninguém estiver perto dele?

Os dois ficam quietos o tempo todo, às vezes o motorista olha para o passageiro. O garoto abraça sua bolsa com força para acalmar seu coração. Quando ele perde a consciência, a felicidade assume. Felizmente, ele tem dificuldade em respirar apenas quando ouve sons altos. Mas, quando ele está muito estressado ou excitado, o sintoma nunca aparece. Pode ser uma doença emocional como o médico explicou.

Dean agarra o volante com força para se acalmar. Preocupar-se não está resolvendo o problema, é preciso procurar a causa raiz. Ele olha para o garoto que está abraçando sua bolsa com força. Ele vê tensão no rosto. Talvez seja porque eles não estão familiarizados ou ele está com medo?

Pensando em como mover sua língua, seus dedos batendo no volante antes de quebrar o silêncio.

"Meu nome é Dean, Ratthanon Wongnate. Terceiro ano da Daculdade de Administração. Tenho dois irmãos estudando na mesma universidade, seus nomes são Don e Del."

Parm se vira e arregala os olhos. Ele não sabe porque P’Dean se apresenta de repente. Mas, essa pessoa ainda está esperando uma resposta, então, ela responde.

"Sou Parm... Parm Triwinij. Primeiro ano da Faculdade de Economia. Tenho um irmão mais novo, o nome dele é Phoom, faz o 10º ano”.

"Eu moro com minha família, mas, nossos pais costumam ir para o exterior." Dean continua como se tivesse que dizer alguma coisa. E parece que o que ele faz é eficaz porque a tensão diminui, o rosto de Parm começa a relaxar e ele não está mais abraçando sua bolsa.

"Eu moro sozinho em um apartamento. Meu pai morreu e minha mãe administra um restaurante tailandês no Estados Unidos."

"Eu nasci em 21 de abril."

"Nasci em 16 de junho"

"Pi gosta do mar."

"Eu gosto do mar e dos rios."

"Sou o presidente do Clube de Natação."

"Eu sou um membro do Clube de Sobremesas Tailandesas."

"... Eu gosto de comer comida tailandesa." Ele olha para o Nong.

"Eu gosto de cozinhar comida tailandesa." O som de uma resposta tão alegre. Parm não percebe que sua resposta está errada.

O carro está desacelerando antes de parar para aguardar o sinal abrir. O rosto vermelho se vira para olhar a pessoa nos olhos.

"Eu estou solteiro..."

"Si..." Parm fica rígido e lentamente vacila. O menino quer evitar, mas, ele é atraído pelos olhos lindos. Seus lábios estão inchados até ficar vermelho. Então, ele responde quando a contagem regressiva na luz vermelha tem três segundos restantes.

"Eu..."

"..."

"... Também estou solteiro."

A frase terminou. O silêncio é esmagador. Deixando alguns sentimentos que estão se formando cada vez mais. O jovem move o carro quando a luz fica verde. Ele dirige lentamente pela estrada, como se estivesse prolongando um pouco mais de tempo para ficar juntos.

"É este condomínio?" Quando a pessoa ao seu lado assente, ele vira o volante para a frente da entrada do prédio.

Um condomínio baixo, com oito andares, localizado em um beco que precisava de veículos próprios. Dean franze a testa mais uma vez no carro. Agora que eles chegaram, ele está perdendo a razão de estarem juntos.

Parm sorri e levanta as mãos em um wai para agradecer porque ele o levou para casa. Como se fosse um sonho, ele senta no carro de P’Dean e conversa com ele. Mesmo que não seja muito, já pode ser considerado um desenvolvimento. Parm pega sua mochila, desce do carro, mas, antes de entrar no prédio, o motorista abre a janela do carro e o detém.

"Espere."

A mão grande segura o telefone e seus lindos olhos o estão encarando. Parm está olhando para o telefone naquela mão grande, seu cérebro está trabalhando muito para interpretá-lo. Finalmente, sua mente está entrelaçada e explode em pedaços.

O motivo? Por causa da pergunta não feita. Apenas seus instintos estão funcionando, dizendo para ele pegar o telefone e abrir a tela com um código que foi informado e pressionar as teclas...

… Para digitar o número dele.

Quando o telefone na bolsa toca, Parm devolve o telefone ao proprietário. Ele levanta as mãos mais uma vez e depois entra no prédio com um sentimento feliz. O motorista olha para o número do telefone e move os lábios levemente.
Naquela noite, o menino estava deitado na cama, olhando o número de telefone de P’Dean com o coração batendo rápido. Ele pressiona para salvar o número e depois usa a foto que secretamente tirou na biblioteca para definir como o identificador de chamadas. Seus lábios estão sorrindo o tempo todo até que suas bochechas doem. Rolando para a esquerda, rolando para a direita, dobra-se na frente do travesseiro e grita com uma voz abafada.

Tão feliz que poderia morrer.

(****)

Entre muitos estudantes, o de corpo alto estava escondido no canto do pátio sul. Ele se sentou no chão, recostou-se na parede e esticou as pernas em uma posição confortável, ignorando todos os outros.

"Olá, qual é o seu nome?" A voz parecia desconhecida. Dizendo olá, ele levantou a cabeça para olhar o rosto brilhante de um garoto.

"Meu nome é In.”

"Korn..." ele respondeu breve.

O garoto sorriu largamente. "Posso gostar de você Pi? Posso flertar com você?"

O jovem alto franziu as sobrancelhas. Ninguém ousou fazer isso antes. Esse garoto certamente está apenas brincando. Ele achou isso muito ridículo, então, voltou-se para o livro novamente.

O garoto falou novamente: "Se você não rejeitou, então, isso significa sim."
Korn ainda não disse nada. O garoto moveu-se e falou de novo, mas, atingido por seus amigos, abraçando-o ele se afastou.

"Não mexa com ele. Seu pai é um mafioso. Um agiota."

In encolheu os ombros. "Mas, o filho... Não é um mafioso."

"É muito perigoso, muito arriscado" Outro amigo avisou com um tom sombrio de "Mortal".

"Bobagem" In balançou a cabeça enquanto olhava para o corpo alto que ainda ignorava o mundo ao seu redor "Apenas gostar não me fará morrer."
Ele só queria que aquela pessoa solitária fosse feliz, só isso.

(****)

Parm acorda e abre os olhos. Ele se apoia na cabeceira da cama e olha para o relógio ao lado da cama. O relógio digital mostra 6h20min, que é muito cedo para a aula da manhã às 10h. O garoto deita na cama novamente lembrando do seu sonho por um momento.

Ele sente que tentou flertar com alguém...

Pensando nisso, ele ri, pega seu telefone e descobre que suas mensagens do LINE são muitas porque ele não o viu ontem. O garoto pressiona o aplicativo verde para responder aos bate-papos de seus amigos, mas, fica surpreso quando recebe uma nova notificação de amizade.

Esse novo amigo está usando uma imagem do mar como avatar, mas, ele conhece essa pessoa imediatamente porque viu essa imagem no Facebook de alguém.

Pi... Pi... Pi... Deannnnn!?

Ele se senta na cama, olha confuso para o telefone. Realmente é a mensagem LINE de P’Dean, o que devo fazer?

Se você tiver uma chance, aproveite, não deixe ir.

As palavras de Mannow aparecem em sua cabeça... Ok, sua melhor amiga lhe deu um conselho.

Oh, desde que nasci, nunca flertei com ninguém, como faço isso!? Como um iniciante aprende a flertar? Ele coça a cabeça até o cabelo ficar bagunçado. Parm deita na cama, pega o telefone e entra na sala de bate-papo de P’Dean.

Sawatdee...

Ele não sabe o que escrever e os apaga novamente.

Enviar foto...

Ele tenta procurar em sua galeria uma imagem legal. Nada encontrado.

Em seguida, ele pressiona o botão para procurar adesivos por cumprimentos. Mas, porque ele está muito excitado, sua mão está tremendo, ele aperta o botão errado e envia a foto errada.

Essa imagem é...

A imagem…


[N/T: * A imagem que Parm mandou está escrito: Sawatdee wan canth, que significa “Olá segunda-feira, senti sua falta novamente”].

Sim, foi a foto que sua mãe enviou para ele!

Parm está amaldiçoando sua própria estupidez e chorando na cama.

(****)

O som de uma mensagem chegando deixa o jovem assustado. Já passou das seis da manhã. Algo está acontecendo no clube? Dean coloca sua xícara de café em cima da mesa. A mesa de jantar está mais silenciosa do que nunca. Ele desliza a tela franzindo a testa para ver uma conta desconhecida, mas quando vê a foto, imediatamente sabe que é o garoto cujo número recebeu ontem à noite. Ele entra às pressas na sala de bate-papo. Quando vê o que ele enviou, Dean fica atordoado e ri até que seus dois irmãos olhem para ele estranhamente.

Ele estava bêbado? Por que ele está sorrindo feliz ao digitar a resposta?

(****)

A pessoa que está chorando parou imediatamente quando o LINE soa novamente. Ele rapidamente se levanta e se apoia no corpo.

Dean: Mas, hoje é quarta-feira...

Não é isso, P’Dean... Não é isso, não — Parm responde às pressas.

Ph@rm: Pi, desculpe, enviei a foto errada.

Mesmo que ele não esteja na sua frente, Dean pode imaginar a pessoa do outro lado com um rosto vermelho, olhos lacrimejantes e mãos trêmulas.

Ph@rm: Por ontem, obrigado *adesivo de cachorro curvado*

Dean: Está tudo bem, como você vai para a escola?

Ph@rm: Team vem me buscar.

Dean: Hummm, minha casa não fica longe do seu condomínio, se Team não puder buscá-lo, que tal eu ir? É um caminho para a escola de qualquer maneira.

Parm arregalou os olhos ao ver esta mensagem, não pode recusar.

Ph@rm: *adesivo cachorro sorridente*

Respondendo no meio assim antes.

Ph@rm: P’Dean, eu preciso retribuir.

Parm começa a crescer uma nova esperança depois de destruí-los há um tempo atrás. Secretamente orgulhoso de si mesmo, que é corajoso o suficiente para encarar o telefone por 10 minutos.

Dean enviou uma mensagem de volta.

Dean: Você pode cozinhar para mim?

Ph@rm: Sim, qualquer coisa.

Dean: Arroz com omelete.

Ph@rm: Você pode pedir algo mais difícil que isso.

Dean: Arroz com omelete. Eu quero comer amanhã de manhã.

Dean ainda insiste em arroz com omelete. Parm só pode se perguntar se ele realmente quer comer isso.

Ph@rm: Ah...  Pedirei para Team deixar você amanhã de manhã quando ele for ao clube.

Parm planeja colocá-lo em uma caixa e pedir para Team dar quando ele for treinar de manhã.

Dean destranca o carro, se preparando para ir para a Universidade. Ele abre o LINE para responder ao garoto com olhos brilhantes

Dean: Está tudo bem, seu carro está no conserto, certo? Amanhã de manhã, irei ao seu condomínio e tomarei café da manhã no seu condomínio, depois, iremos para a Universidade juntos.

Para o meu condomínio

Para o meu condomínio

Para...

"Hã?!" Parm congela um momento ao saber que P’Dean irá buscá-lo.

Ph@rm: Uh, é um pouco difícil.

Dean: Amanhã às 7h da manhã. Vou para o seu condomínio e depois vamos para a universidade juntos.

Após essa mensagem, não importa quantas mensagens Parm tente enviar, ele não lê.

É preciso ir tão longe apenas por um arroz com omelete?


Capítulo 07

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