sexta-feira, 14 de agosto de 2020

Manner of Death - Capítulo 8 - Desistir

 


Tradução: Wingrid

Revisão: Victor

- Equipe KhunPandex Traduções

 “Chegamos. Já pode ir.” Me virei para falar com a pessoa que estava no meu carro. Tan então olhou para seu carro, que estava estacionado no estacionamento do hospital, e logo me olhou de novo.

“Tem certeza de que não quer que eu fique com você?"

“Sim, tenho certeza. Pode ir agora.” Me virei para olhar a sala de emergências que agora estava iluminada.

“Mas o assassino pode voltar para você a qualquer momento. Se eu ficar por perto, posso te ajudar.”

Tan insistiu em me ajudar a encontrar o assassino quando estávamos no restaurante. Ele sugeriu que deveríamos voltar para minha casa, atraindo o culpado para que venha e faça algo. Tan, então, estaria ali para me ajudar a pegá-lo. Porém, rapidamente, recusei esse plano.

Por que iria levar Tan para minha casa? Ainda não confio nele. Seria como levar uma cobra mortal para casa comigo.

Destranquei a porta do meu carro como um sinal para mandá-lo embora, "Obrigado por seu plano de ajuda, mas posso cuidar disso sozinho.”

“Dr. Bunn...” Tan não queria deixar meu carro. "Quero te ajudar. Isso não é porque quero ocultar algo. É porque eu sou o namorado, então eu gostaria que a pessoa responsável de ter matado minha namorada seja encontrada, entende?”

“É inútil me convencer." Tentei respirar lentamente para relaxar. “Se ainda quer viver com segurança, então fique em silêncio. Não diga nada para a polícia nem a ninguém, não sei se o assassino vai descobrir que você conseguiu essa informação de mim ou não. Então, a partir de agora, não venha me ver novamente, porque você já descobriu o que queria saber."

Tan ainda está sentado no mesmo lugar “O que você planeja fazer agora? Obedecer ao assassino? Não vou deixar você fazer isso." Ele respondeu.

“Você pode concordar ou não, mas eu tenho que fazer, porque não quero que as pessoas perto de mim se machuquem de novo.” Comecei a brincar com Tan para ver sua reação: “Ele me prometeu que se eu fizer o que ele diz, ele vai me deixar ir.”

Professor Tan me encarou, “Eu não concordo, se você escrever o relatório como ele quer, o assassino estará livre."

“Não. Acho que no futuro a polícia encontrará novas evidências indicando que a srta. Janjira foi assassinada, o que vai conflitar com o meu relatório, e quando chegar a hora, direi à polícia que fui ameaçado.”

“E se eles não conseguirem encontrar? Você não disse que a polícia estava envolvida nisso?” Tan reagiu implacavelmente. Então, me virei para olhar o rosto dele. Se Tan fosse o assassino, então ele deveria ter gostado que eu escrevesse que a srta. Janjira cometera suicídio no relatório e, também, não estaria discutindo comigo assim.

“Sr. Tan, por favor, espere primeiro. Eu imploro." Tentei falar com uma voz suave. Esse é o meu talento, fazer esse tipo de drama. “Para o meu bem, não faça nada. Eu não quero ser machucado e não quero que outras pessoas se machuquem novamente."

Isso fez Tan calar a boca. Então, ele estendeu a mão para abrir a porta, "Eu continuarei voltando até que você concorde em me deixar ajudá-lo."

Ainda não tinha nem respondido, e Tan já saíra do carro, batendo a porta. Olhei para a figura alta que estava caminhando diretamente para o carro preto que estava estacionado com outros carros no estacionamento em frente ao hospital. Ele se tinha se saído bem. As evidências que ele me contou foram bastantes convincentes e todas as suas reações foram bastantes razoáveis, mas ainda existem alguns pontos que me fazem sentir que Tan é suspeito. Um deles é o ferimento na testa que ainda não estava claro, o segundo é sua reação à morte de sua namorada. Desde o início, percebi que não havia dor no rosto de Tan.

Não tenho certeza se é porque Tan é realmente o assassino, ou por causa do meu preconceito sobre ele que fez com que minhas percepções da realidade fossem distorcidas.

 

***

 

Parei em frente a um saco plástico contendo um punhado de mingau de arroz que foi amarrado e colocado sobre a mesa da sala de exames forenses, “De quem é essa comida, P'Tik?"

A enfermeira de meia-idade riu: “O fã clube do médico a trouxe aqui esta manhã."

“Fã clube?" Eu me virei para olhar P’Tik e levantei minhas sobrancelhas.

“Bem, é Khun Sorawit. O garoto alto que veio ver você ontem, Doutor. Ele veio com sua motocicleta e trouxe isso para dar ao médico antes de ir para a escola. Ele disse que sua família fez essa comida para vendê-la, então ele queria pedir ao médico para experimentar.

“Oh...” Eu senti uma dor na minha têmpora. O objetivo de Sorawit era mais óbvio do que qualquer coisa. "Se eu comer tudo isso, posso ter diabetes. P'Tik compartilhe isso com as outras enfermeiras. Só vou comer dois desses e já é suficiente."

P'Thik concordou: "Ok, doutor."

Caminhei até a mesa para pegar o mingau. Quando abri o saco plástico, vi que havia um post-it rosa encima da montanha de mingau de arroz. Tinha uma mensagem escrita à mão e na nota dizia: "Para o Dr. Bunnakit, se estiver delicioso, por favor, me chame para pedir mais." Debaixo da mensagem, tinha um número de telefone do dono do arroz, e inconscientemente sorri para logo balançar a cabeça enquanto pensava sobre isso. Tirei o papel e entreguei o saco plástico para P'Thik, "Se gostar, o ajude com um pouco de dinheiro."

P'Tik pegou o saco plástico e a nota de post-it, "Wow, Doutor! Tem um menino paquerando você."

"Não posso aceitar seu amor, essa é a regra de relação médico-paciente." Logo me sentei em uma cadeira na sala de exame, "Hoje tem casos de agressões físicas, certo? Por favor, os chamem."

Saí da sala de emergências ao meio-dia. O trabalho fez meu cérebro se sentir bem e me ajudou a esquecer todos os problemas e preocupações que tenho enfrentado agora. Fiquei olhando a ambulância que estava estacionada no estacionamento da Sala de emergências. O que estou esperando aqui? Eu deveria me apressar e comer. Tem dois corpos enviados de províncias diferentes me esperando no necrotério para a necropsia e também tenho que ensinar os jovens médicos mais tarde.

E onde está esse alguém que disse que sempre viria a mim até que eu concordasse em deixá-lo me ajudar?

Saí da sala de emergências. O fato de que ele não tinha vindo hoje podia dizer coisas bem diferentes. Primeira, é que Tan é o assassino, então ele ficou satisfeito quando soube que farei o que ele quer. Segunda, ele não é o assassino. Mas, tem medo de aparecer por temer colocar a mim ou a ele próprio em apuros. Terceira, ele está ocupado ensinando ou ajudando no funeral de Janjira e, portanto, não pôde vir. Vou ter que esperar para ver de novo esta noite.

 

***

 

"... É preciso entender que depois da morte as pequenas articulações se unirão antes das grandes. A última será a maior articulação do corpo, que é a do quadril, que levará cerca de 6 a 12 horas para chegar ao que se chama 'rigidez total' como se pode ver nesta pessoa." Levantei a perna do falecido. Ao invés de a articulação do quadril curvar-se, vimos a perna e o quadril se levantarem ao mesmo tempo. "Esta é a articulação do quadril e esta condição de rigidez continuará até que o corpo comece a apodrecer, o que será em torno de 24 horas."

Eu me virei para olhar o meu aluno que parecia estar distraído. O rapaz que veio estudar comigo hoje é um jovem chamado Boom, o encarregado de me fazer um check-up na noite em que fui assaltado.

"Tem alguma dúvida?" Eu disse enquanto baixava a perna do morto, colocando-a sobre a cama como estava antes. "Tem algo errado?"

"Oh... Oh, nada." Parece que Boom está tentando recuperar seus sentidos.

"Você parece estressado. Podemos continuar com isso amanhã." Esta não é a primeira vez que um doutor jovem não consegue me acompanhar até o final. O pior que vi foi quando um jovem desmaiou na minha frente depois de cinco minutos de aula.

O rapaz me olhou então, "Posso fazer uma pergunta, Professor?"

Me senti tão aliviado, "Sim, pode perguntar."

"Você falou com a Fai?" Boom perguntou imediatamente. É uma pergunta que não estava relacionada com os estudos, o que me surpreendeu.

"O que quer dizer com ‘falar’?" Há dois dias, uma enfermeira veio sussurrar para mim que havia um rumor circulando entre as enfermeiras da sala de emergências dizendo que Boom gostava de Fai, o que fez com que eu sacudisse a cabeça e pensasse que era uma notícia ridícula.

"Quero dizer... conversar. Fai me disse que estava falando com você." O rosto de Boom parece preocupado. O que ele acabou de dizer me intrigou. Fai disse ao Boom que falou comigo? Admito que pretendia flertar com N'Fai, mas não imaginava que ela gostasse de mim tão rapidamente. "Eu não estou querendo dizer nada... É só que hoje mesmo liguei para Fai, mas não consegui falar com ela. Então, queria perguntar se você ligou para ela hoje."

"Se você não pôde ligar para ela, então provavelmente eu também não pude." Eu respondi. Aí comecei a sentir algo estranho no coração, a última vez que falei com a Fai foi no dia em que ela veio me visitar. "Ela não veio trabalhar?"

"Fai está no turno da tarde de hoje. Ontem, Fai me disse para ligá-la ao meio dia para acordá-la, mas não houve resposta. Normalmente, isso não aconteceria. Presumi que você tinha falado com ela. Estou muito preocupado e preciso saber se você pode ligar para ela ou não."

Este é um homem que realmente ama uma mulher, mesmo que seu coração não seja dela. Me senti envergonhado.

Perdi o telefone com o número de Fai. Não ligo para ela há muitos dias. Fiz um sinal com a cabeça para P'Anan para cuidar da abertura do crânio do corpo.

"N'Boom, você pode ir agora. Mas, espere, escreva o número de Fai, eu ajudarei a ligar para ela, e, por enquanto, você deve ficar na emergência esperando que Fai venha trabalhar."

Pela expressão de Boom, parece que ele ainda não conseguiu libertar-se de suas preocupações. Ele ergueu as mãos para tirar as luvas e o casaco verde. Olhei para Boom quando ele saiu da sala, e a ansiedade começou a voltar ao meu coração. Depois de fazer este exame post-mortem, vou voltar ao pronto-socorro e esperar até que Fai chegue às quatro da tarde.

Espero que esteja tudo bem com a Fai.

 

***

 

O número para qual você ligou não está disponível...

Eu apertei a mão que segurava o telefone e então bati furiosamente no volante.

Eu estava esperando no pronto-socorro com Boom até às 19h. Fai não tinha aparecido. Começou a criar pânico em todos na sala de emergência. Boom e eu nos revezamos para ligar para ela. Nada. A única coisa que ouvíamos era a voz nos dizendo que não houve resposta. Boom tentou entrar em contato com um oficial de organização médica para obter informações de parentes. Quanto a mim, queria ficar sozinho no meu próprio carro.

O culpado deve ter descoberto que eu havia revelado a informação a outras pessoas.

Não, eu não deveria ter contado ao Tan. Ter usado a informação como isca acabou machucando outra pessoa próxima a mim. Eu não sabia como o culpado tinha descoberto que eu contara a Tan o que tinha acontecido. Talvez Tan tenha feito algo que fez o criminoso descobrir assim como Phud fez.

Ou a razão para o culpado saber é porque eu sou aquele que disse diretamente para ele.

Tan.

Eu inclinei minha cabeça contra o encosto, sentindo-me realmente exausto. Ambos os meus braços caíram para o lado como se não houvesse mais força. Então, peguei o telefone novamente e liguei para Tan. Coloquei o telefone no meu ouvido enquanto olhava fixamente para a escuridão lá fora.

"Sim, Dr. Bunn?" Tan atendeu a chamada rapidamente e ouvi vozes de crianças por trás.

"Estou de acordo." Eu disse em uma voz incerta. "Tudo o que você quiser que eu faça, eu concordo. Só, por favor, não machuque mais as pessoas ao meu redor..."

"... Do quê?"

"Solte Fai, solte também o procurador..." Minha voz tremia incontrolavelmente. Eu levantei minha mão e fechei meus olhos. "Leve-me em vez disso, você pode fazer o que quiser, eu farei o que você disser. Mas, por favor, não machuque as pessoas ao meu redor novamente..."

"Espere... do que você está falando!?" Parecia tão chocado. Mas, não acho que ele estava realmente chocado, "Onde você está?"

"Você sabe onde estou, voltarei para casa e então você pode ir. Vamos conversar cara a cara, ok?"

"Dr. Bunn, acalme-se primeiro! Conte-me o que aconteceu."

"Vejo você em casa." Desliguei a ligação e coloquei o telefone de Phud no banco do carona, depois peguei uma bolsa e tirei algo dela.

Grik.

Ouviu-se o som de uma lâmina cirúrgica cravada no cabo de uma faca. Escondi a parte da lâmina com um envelope e coloquei no bolso.

Este bisturi está pronto para o uso.

 

***

 

Peguei a chave para abrir a porta da minha casa alugada que está às escuras há muitas noites. Respirei fundo, e meu coração bateu forte enquanto eu olhava para a familiar sala de estar escura e silenciosa. O ar frio dentro de casa fez meus dedos congelarem, e meus olhos começaram a olhar ao redor com cuidado antes de ir acender as luzes da sala.

Não tem sinais de invasores.

Andei devagar pela sala e fui direto para cozinha acender todas as luzes. Tirei o bisturi do bolso e o segurei com firmeza na mão direita, caminhei até a porta do meu quarto e lentamente alcancei a maçaneta da porta e abri.

De repente, uma grande mão em uma luva de couro preta agarrou meu pulso direito enquanto cobria minha boca por trás com a outra mão. Meus olhos se arregalaram, e entrei em pânico. Tentei puxar meu braço direito, mas o homem era muito forte. Usei o cotovelo do meu braço esquerdo com todas as minhas forças. Meu cotovelo deve ter sido algo que pôde machucar o assassino, porque ele não percebeu que tinha me soltado. Rapidamente saí correndo e me virei para encará-lo. Eu respirei fundo e levantei o bisturi para ameaçá-lo.

Pela primeira vez, pude ver claramente o assassino. Ele é um homem alto com um capuz cobrindo cabeça. Ele também usa óculos grandes escuros e uma máscara branca que cobre seu rosto. Ele congelou ao ver que eu tinha uma arma na mão.

"Nesse ponto, não há mais necessidade de você esconder o seu rosto, Tan!"

Mas a pessoa na minha frente não disse nada. Em vez disso, ele se aproximou de mim. Eu recuei enquanto apontava a faca em minha mão para frente. Ele não pareceu ter medo da pequena arma, me fazendo continuar recuando até minhas costas baterem na parede. O assassino, então, pôs a mão para trás e tirou um objeto preto brilhante que fez meu joelho ficar fraco com a visão.

Ele apontou uma pistola para minha cabeça. "Abaixe a faca." Disse a voz abafada do homem na minha frente. Então, eu deixei cair o bisturi. Todo meu corpo tremia. "Levante as mãos e olhe para a parede."

Eu levantei as duas mãos e encarei a parede, de acordo como ele havia ordenado. Ele agarrou meus dois braços e os fechou com as mãos. Pude sentir que o objeto duro e frio foi colocado na minha têmpora direita. Eu só posso fechar meus olhos com força.

"Não é bom se comportar mal, Doutor. Quantas pessoas que você ama tem que desaparecer para que você se comporte bem?... Oh, já entendi. É porque o doutor nunca se preocupa com os outros, então ele não tem medo. Eu acho que tenho que mudar a maneira como eu ajo. Terei que punir o médico, em vez disso."

Abri os olhos devagarinho, tem algo estranho... A voz é diferente.

Não é a voz do professor Tan.

Quem é esse homem?

Minhas mãos foram amarradas com uma corda de forma bem apertada. Depois que o assassino terminou de me impedir de fazer qualquer movimento, ele me virou para encará-lo. Todas as coisas que eu queria dizer a ele foram completamente perdidas quando percebi que sua voz não era como a de Tan.

Meus olhos tremeram quando vi algo. Vi que havia alguém caminhando em minha direção lenta e silenciosamente que nem mesmo o assassino percebera se aproximando. A pessoa segurava um vaso de porcelana que foi colocado na minha sala. Ele olhou para mim enquanto colocava o dedo na boca me pedindo para ficar quieto, não me deixando mostrar nenhum sinal para o assassino.

Mas meus olhos não puderam mentir, o assassino se virou para olhar para onde eu estava olhando.

Quando o assassino se virou, Tan imediatamente avançou com a mão para acertar o vaso na cabeça do criminoso. Ele, porém, dobrou o corpo e se esquivou, fazendo com que o vaso só acertasse seu ombro. Eu ouvi o som do vaso quebrando, seguido pelos gritos do assassino quando ele caiu após se esquivar do vaso, fazendo seus óculos caírem.

"Cuidado, ele tem uma arma!" Gritei para Tan enquanto tentava me libertar da corda, sentindo-me extremamente inútil. A força do golpe do vaso deve ter sido dolorosa para o assassino. Tan foi para cima dele e agarrou o seu braço direito, que estava com a arma, erguendo-o em direção ao céu. Enquanto isso, o bandido tentava resistir. Devido aos corpos de tamanhos parecidos, a luta estava extremamente acirrada. Tan, então, levantou o joelho para acertar o invasor em seu estômago, fazendo-o se agachar e gritar de dor. Tan aproveitou a oportunidade para chutar a arma para longe da mão dele, e ela deslizou para o canto da sala.

Quando eu vi, imediatamente corri para onde a arma estava, pisando sobre ela para que o agressor não pudesse recuperá-la facilmente.

"Você está acabado, assassino!" Tan rugiu, fechando o punho enquanto ia na direção do criminoso, que estava curvado calmamente.

De repente, o assassino levantou-se, atingindo ao mesmo tempo o queixo de Tan. Eu gritei por Tan ter sido atingido. Tan perdeu o equilíbrio, e seu corpo tombou em uma estante lateral. O assassino aproveitou a oportunidade para correr direto para a porta da frente. Tan correu atrás do assassino, deixando-me sozinho em casa. Senti que não tinha forças para me levantar e me inclinei contra a parede, deixando lentamente meu corpo cair no chão.

Poucos minutos depois, Tan voltou com uma expressão insatisfeita no rosto. Ele levantou a mão e usou as costas dela para limpar o sangue do canto da boca. "Droga, ele escapou tão rápido quanto um macaco."

Olhei para Tan, e ele disse rapidamente: "Você está ferido em algum lugar?" Ele desamarrou depressa a corda do meu pulso, e eu ainda estava sem palavras. Tan me verificou para ver se havia algum ferimento.

Antes que eu percebesse, fui puxado para um abraço apertado. Meus olhos se arregalaram em choque.

"Independentemente de você concordar ou não, não vou deixar você enfrentar isso sozinho."

As palavras determinadas de Tan fizeram com que meu coração parasse de bater.


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