Tradução: Victor
Revisão: P’Fiat
- Equipe KhunPandex Traduções.
Casa
do Kao
Após
voltar para casa, Gib tinha feito a comida para todos porque nossa mãe havia
chegado em casa mais tarde e não pôde cozinhar na hora certa, por isso ela
pediu que Gib comprasse arroz no restaurante para ser esquentado. A atmosfera
na mesa ainda era confortável. Todos conversavam felizes como sempre e, após
comerem, voltaram para seus quartos como de costume.
Mas,
hoje, Kao e Pete estão mais aliviados do que nos últimos dias.
Eles
estão tão felizes como se tivessem tirado uma montanha inteira do peito.
“Qual
sua opinião sobre o que Non fez?” perguntou Pete enquanto se deitava na cama,
conversando com Kao casualmente.
Ele
virou para olhar Kao deitado ao seu lado e jogando com tanta concentração que não
conseguia conter a coceira em seus olhos.
“Eu
acho que, nesse momento, ele talvez esteja em uma discussão com o diretor. Ele
deveria ao menos levar um sermão do pai por ser surdo” respondeu Kao, seus
olhos ainda fixos na tela do celular. “Mandei uma mensagem para ele. Eu quero
esclarecer essa história e contar ao diretor que ele está desinformado do que
está acontecendo. Não me importo com o quão rápido ele leia minha mensagem. Ele
deve ter me bloqueado.”
“Isso
é bom, assim ele vai parar de te perturbar.” Pete deu um grande sorriso. “Vamos
esperar até que Non pare de te assediar e sinta esse punho.
Mas com a sua mãe batendo de frente com o diretor desse jeito, isso pode trazer
alguns problemas? Fico preocupado com ela.”
“Minha
mãe disse que vai ficar tudo bem. Eles já trabalham há muito tempo juntos, deve
haver respeito entre eles.”
Ainda
dentro do carro, Kao estava preocupado com o trabalho da mãe, mas ela disse que
o diretor não ousaria demiti-la só por descobrir que seu filho era gay. Ele
podia precisar esconder isso também, então não se atreveria se arriscar com a mãe
dele. Sinceramente, sua mãe não era o tipo de pessoa que usaria isso como modo
de intimidar o diretor, mas se ele mexesse com ela primeiro, então, uma coisa
era certa, não teria outro jeito.
“A mãe
é realmente extraordinária.”
Ela
pode pressionar o diretor, e não apenas isso, como também tem meios de reverter
a situação caso ele resolva jogar sujo. Sendo uma mulher gentil por dentro,
muito forte e que não deixa ninguém a intimidar, não é de se surpreender que
ela tenha conseguido criar sozinha duas crianças até fase adulta.
“Mas,
caso o diretor não comece primeiro, você não deve dizer algo ruim sobre o filho
dele ou ameaçá-lo.”
“Eu
sei disso. A mãe nos entende, então talvez ele possa entender também. Parando
para refletir, é triste para o Non. Acho que ele continuará a ser estranho por
precisar esconder isso do pai.”
“Também
acho.”
“Nós
ainda somos sortudos por termos o apoio da família, mas ele...”
Non, o
primeiro e único filho do diretor, deve carregar as expectativas do pai, sendo
assim, não pode ser ele mesmo. Quanto mais ele cria um problema acerca da
orientação sexual de Non, mais ele força o filho a escondê-la e, assim, ele não
tem ideia de como era a mente de Non. A família é realmente o primeiro lugar a
aceitar a identidade das suas crianças e guardá-los para que os filhos consigam
enfrentar a cruel sociedade.
Além
disso, a família é também o primeiro lugar a nos proteger. Se ela poder nos
aceitar, apoiar, cuidar e proteger, os estranhos não serão um problema.
“Você
falou muito bem hoje, sabia?” Kao retirou os olhos do celular e olhou Pete.
“Desde a escola. Ohh! Aparecendo como um protagonista, se atrevendo até mesmo a
lutar com o diretor.”
“Hm...
eu sou uma boa pessoa, no final das contas.”
“Ok,
hoje eu admito que você foi uma boa pessoa.”
Apenas
isso! Pete rapidamente virou o rosto para encarar Kao com um sorriso perverso.
“Cadê
meu presente por ser uma boa pessoa?”
“Que
presente?”
“Uma
recompensa pela bondade feita por uma pessoa como eu.”
“Pessoas
que fazem o bem sem esperar nada em troca, só elas é que podem ser chamadas de
‘boas pessoas’, Pete.”
“O
quê?! Não me elogie agora para depois retirar o que disse.”
“Você
não se incomoda com a minha mãe?” Kao olhou para Pete, que estava
pressionando-o naquele momento, mas ele ainda se aproximou aos poucos e
virou-se para deixar Pete deitar-se sobre a suas costas na cama. Kao sorriu
maliciosamente como se estivesse provocando aquela pessoa. “Mas... as boas
pessoas de fato precisam ser respeitadas.”
Após
essas palavras, Kao se curvou para trocar beijos apaixonados com Pete. Pete não
hesitou e alcançou e puxou sua nuca para fazer o beijo ficar ainda mais íntimo.
E naquela noite, Pete pediu presentes a Kao até que ele ficasse satisfeito.
Oh,
Non! Ele devia vir solicitar seu prêmio por ter feito eles chegarem num ponto
muito maior do que eles esperavam chegar.
(***)
Sábado
à tarde
Casa
do Mork
Era o
dia do aniversário do Mork...
“Se
você não vier, vou ficar realmente bravo. Vou fazer um bolo eu mesmo para
você.”
Mork
viu a mensagem de Sun no Line enviada ontem à noite e, então, soltou um
risinho. Talvez ele e Sun não estivessem ainda oficialmente se conhecendo
melhor, mas a vida deles estava mais para namorados.
Mork e
Sun nunca mais discutiram sério. Pela manhã, ele vai até o estabelecimento de
Sun para tomar um café antes de ir para a escola, preparado para dar a Rain uma
carona. Pela tarde, ele leva Rain de volta para casa e então, senta-se para
jogarem e comerem. Assim que chega em casa, ele envia uma mensagem para deixá-lo
saber. Eles conversam sempre antes de ir dormir com mensagens curtas, porque
não são bons em conversar. Ainda assim, ele sente que eles se importam e se
preocupam um com o outro.
Mork
acha que Sun deseja pedi-lo em namoro naquele dia.
E ele
pensou que... ele iria aceitar.
Uma
vez que eles acreditaram na relação, Mork não queria hesitar e perder a
oportunidade de eles se conhecerem e alcançarem a felicidade. Ele concordou com
Sun que seria a última vez que eles construiriam um muro em seus corações e
seriam muito rígidos um com o outro. No passado, ele costumava fugir de suas
emoções e não se aceitava, fazendo eles ficarem naquela incerteza e se
machucarem na demonstração de afeto. Se pudessem ao menos fingir que eles eram
outras pessoas, mas talvez fosse tarde demais. Entretanto, ao invés disso, eles
deram uma guinada e se encontraram, resolveram seus desentendimentos e
aprenderam a ser felizes juntos.
Trim...
Trim...
Após
Mork terminar de se arrumar e estar prestes a sair de casa, alguém ligou. Ele
pegou o telefone e olhou para o número de Sun na tela. Mork balançou a cabeça.
Talvez Sun tenha ligado para lembrá-lo para sair logo.
“Um
pouco irritante...” disse Mork para ele mesmo e pressionou o botão de aceitar a
ligação.
“Que
foi? Eu já disse várias vezes. Estou tão aborrecido, que não quero ir.”
“Por
quê...?”
Mork
franziu a testa porque a voz no telefone não era de Sun. Ele olhou para o nome
na tela do celular mais uma vez para confirmar, e o número era de fato de Sun.
Então, quem era esse que estava falando com ele?
Como
que essa pessoa está segurando o telefone do Sun!
“Não
se lembra da minha voz?”
“Ton,
seu desgraçado!”
Mork
lembrava. Essa voz furiosa podia vir de apenas uma pessoa. Seu coração ficou
imediatamente preocupado. Com certeza, Ton ligá-lo de repente com o telefone de
Sun não significava boa coisa. Pensando nisso, um sentimento ruim cresceu.
Mork
não imaginava que Ton iria se atrever a voltar e ferrar com ele de novo porque
eles estavam sendo procurados pela polícia da última vez. Ele achava que ele tinha
corrido para algum local ou outro país, mas ele continuava a atrapalhar a sua
vida.
“Agora
mesmo, eu e seu Pi estamos sentados no estabelecimento do seu amado.” Falou Ton
em uma voz gélida, mas bastante zombeteira. “Vou te dar 10 minutos, venha se
juntar a nós por um instante. Se não vier, você deve saber o que vai
acontecer.”
PAH!
PAH! PAH!
Mork
ouviu o som de móveis sendo quebrados. Além disso, ele ouviu as vozes de Sun e
Rain gritando para eles. Ele pensou que talvez Ton tivesse arrastado seus
capangas agora para cercar a cafeteria de Sun e poderia tê-lo capturado.
Desumano!
Mork
pensou consigo mesmo e desligou, então saiu de casa apressadamente para a
cafeteria de Sun o mais rápido possível. Ele estava com muita raiva e irritado todas
as vezes que aquele maldito incomodou ele e as pessoas ao seu redor. Ele
precisava fazer alguma coisa para acabar com isso. Aí está! Enquanto dirigia a
motocicleta, ele de repente se deparou com algo.
E no
momento seguinte... Mork apressou-se em dirigir a motocicleta para uma pessoa
sem hesitação.
(***)
10
minutos depois
Blue
Sky Café
Mork
estava com tanta raiva que queria imediatamente lançar todo tipo de xingamentos
existentes.
Uma
vez chegado ao lugar, ele não pôde deixar de se surpreender e ficar enraivecido
e com a sensação de que iria explodir a qualquer hora porque Ton havia arrastado
seus capangas ao redor da cafeteria. Sun e Rain foram forçados a se ajoelharem
no chão. Estava tudo destruído dentro da cafeteria. No entanto, o que deixava
ele tão furioso era que eles se atreveram a tocar em Rain e Sun.
Se
eles o odiavam, por que não vieram atrás dele para destruí-lo?... Por que mexer
com Sun e o Rain?!
“O que
você quer? Por que está fazendo isso?”
Mork
rolou seus olhos. Seu lindo rosto, vermelho. Ele encarou Ton, que havia cruzado
seus braços e ficou parado ali, olhando para ele sugestivamente. Ele só pode se
gabar quando está com os companheiros. Orgulhoso que Mork é o errado, enquanto
que ele é o certo!
“Esse
cara... é aquele que está te aborrecendo?”
A voz
estranha foi interrompida antes de o dono dela aparecer. Aquela pessoa parecia querer
causar mais problemas do que Ton. Era mais alto do que Ton, mas o jeito de se
vestir não era diferente.
“Isso,
Joey. Ele me fez correr.” Disse Ton de maneira respeitosa. Mork logo percebeu
que Joey devia ser o líder da gangue e aquele que trouxe aqueles caras para o
estabelecimento do Sun e do Rain daquele jeito.
“Como
se atreve? Como se atreve a fazer essa coisa desprezível?!” gritou Mork na cara
de Ton.
“Você
é bem forte. Certo! Eu gosto dessa sua boca” disse Joey com satisfação. Ele deu
um passo adiante para encarar Mork e alcançou o queixo do rapaz, apertando-o,
então sorriu.
POW!
Mork
empurrou Joey com uma expressão raivosa. Nesse momento, os subordinados de Joey
apressaram-se a rodeá-lo, mas Joey fez um movimento com a mão como se ele
estivesse tendo um divertido bate-boca com ele e quisesse provocá-lo.
“Acalmem-se.
Eu quero conversar com ele primeiro.” Joey lambeu os lábios. “Já faz um tempo
desde que eu vi um cara com uma boca afiada. Para falar a verdade, qualquer um
dos meus homens morrerá caso abra a boca para me provocar. Muito interessante.”
“Não
precisa se encher de palavras. Fale logo o que quer falar.”
“Eu
não quero nada.” Joey levantou suas mangas e dobrou os braços para olhar para
ele. “Um dos meus homens disse que você o afrontou. Eu também achei que você
gosta mesmo de afrontar. Me diga... se você fosse eu, o que faria?”
“Eu
não sou você e de jeito nenhum eu faria coisas tão desprezíveis como você.”
“Acabe
com ele, cara. Ele vai morrer.” Ton estava fervendo de raiva e pronto para ir para
cima porque há muito tempo ele vem esperando pela chance de se vingar. Mork era
muito corajoso e tinha feito ele correr para evitar a polícia.
“Então,
escolha... quem deve morrer primeiro” disse Joey. “Seu amigo, seu namorado, ou
você!”
Depois
disso, um dos homens de Joey puxou os cabelos de Sun, e Rain levantou o rosto
para olhá-lo. Mork tentou resgatá-los quando eles o impediram, Joey empurrar o
seu peito e parecer confiante.
“Não
demore muito para escolher. Caso contrário, eu vou escolher no seu lugar.” Ele
estapeou forte o rosto de Mork. “Mas... não gostaria que vocês morressem facilmente.
Quero que vocês morram lentamente. O que acha?”
Joey
sacou uma faca para fora de seu bolso e usou a ponta dela para tocar o rosto de
Mork devagar.
“Quando
Ton me contou, achei que você era muito durão. Todo mundo é gay, gay! Ugh,
U-hu!
“Então,
lute comigo.” Mork encarou. “Ou está com medo de lutar com um cara gay como
eu?”
“Mork!
Não!” gritou Sun.
Ele
não queria que Mork se machucasse e não acreditava que aquele desgraçado
lutaria de forma justa.
“Que
direito você tem para me fazer uma oferta?”
“Acontece
que você é covarde...” Mork sorriu. “O grupo dos seus homens reivindicam serem
homens de verdade, mas eu acho que você é um descarado. Você não sente vergonha
de si mesmo? Não pense em você como um humano. Se for esse o caso, você é um
covarde. Putinha!”
POW!
Joey
empurrou Mork e depois socou-o no rosto com força quando foi insultado. Então,
Mork revidou. Os homens de Joey apressadamente foram para cima dele e
prenderam-no firmemente.
“Essa
sua boca! Vou fazer você sangrar até que não consiga mais falar!”
POW!
POW! POW!
Joey
socou Mork mais uma vez, Sun e Rain assistiram a Mork ser agredido e ranger os
dentes. No final, eles não conseguiram mais aguentar, então brigaram e se
libertaram do capanga de Joey e começaram a lutar agressivamente. Mork estava
bastante surpreso porque ele nunca vira Sun daquele jeito. Mas, numa
perspectiva de batalha, ele pôde perceber que Sun não era fraco.
PAH!
PAH! PAH!
Os
sons dos móveis juntamente com sons de lutas soaram como se houvesse uma
batalha. Mork, Rain e Sun estão em desvantagem porque estão apenas em três,
enquanto que o outro grupo possui mais de 10 pessoas. Mork foi agredido várias
vezes. Rain ficou tão abalado que caiu no chão. Sun está em uma situação tão
ruim quanto eles.
Eles
foram espancados sem parar, enquanto Joey e Ton assistiam à cena com satisfação
e não tinham intenção nenhuma de mandar os capangas pararem. Até mais.
Bang!
Bang! Bang!
A
série de tiros fez aquele incidente caótico parar de repente como se o tempo
tivesse congelado assim que os disparos foram ouvidos. Todos os olhares se
voltaram para o barulho e paralisaram quando eles viram o carro da polícia e
muitos policias em uma emboscada.
“Polícia!
Corram!”
Joey
gritou a ordem para seus capangas e correu para fora do estabelecimento. Porém,
foram lentos, porque a polícia levou ele e o resto da gangue presos.
“Desgraçado!”
Joey
se virou e gritou para Mork, que tinha o rosto cheio de ferimentos, mas que
ainda assim tinha forças para soltar um risinho para ele. Agora estava caindo a
ficha de Joey, Mork estava conversando de propósito para ganhar tempo.
“Levem
todos eles para a delegacia!” gritou bem alto um policial antes de escoltar
Joey, Ton e o restante dos bandidos para o carro. E agora, havia duas pessoas
importantes que fizeram Rain e Sun ficarem surpresos porque eles não imaginavam
que iriam encontrá-los nessa situação.
“Pete!
Kao!”
Nenhum comentário:
Postar um comentário