sábado, 14 de novembro de 2020

Miracle of Teddy Bear - Capítulo 1

 




Tradução: Robbin
Revisão: Bianca P.
- Equipe KhunPandex Traduções.




Era um vez, mas não há muito tempo.

Já era tarde em um dia da semana. Não havia nada de especial na frente da casa. O clima estava em 25°C. O vento não estava forte e havia um aroma fraco de uma flor tropical vindo do jardim no andar de baixo da casa. A situação estava normal, mas era aqui que o milagre começaria. 

Eu imaginei que Perranat se apressou e saiu logo cedo. A porta do quarto não estava completamente fechada. A entrada era aberta sempre por volta de dez horas em ponto. Os intrusos tentaram manter a respiração constante, mas ainda havia pessoas que sabiam.

"Cuidado, Bear. Kheun Chai está vindo de novo."

Não havia nada que Taohu odiava mais e que assustava do que a máquina de lavar. “Eu gostaria de te dizer, Kheun Chai. A primeira vez que Taohu a viu, era de noite e o céu estava azul escuro. P'Nat foi para o quarto e agarrou o braço de Taohu que estava na cama. P'Nat sempre foi suave com ele. Mas naquele dia o aperto foi tão que quase o machucou. Ele pressionou suas costas contra o colchão e abraçou fortemente seu rosto na barriguinha dele.”

De fato, o abraço de P'Nat era a coisa que Taohu mas gostava, mais do que sua cabeça próxima da dele na cama. Ele estava desconfortável naquela noite. A respiração de P'Nat estava quente e agitada. A respiração dele era quente, isso queria dizer que provavelmente havia um problema. Taohu estava com medo de que P'Nat estivesse doente. A porta estava aberta e a tia entrou. 

Tinha um cheiro fraco vindo suavemente. Não era como o cheiro da tia, mas era um cheiro suave o qual fez ele se sentir seguro. A tia disse: “Mamãe esquentou um leite. Vá beber e depois tome um banho.” Mas ela terminou. “Eh!”. Kleun Chai se jogou para a beirada da cama fazendo um som de preguiça, exigindo atenção até P’Nat olhar para ele. Era a primeira vez que os dois se olharam bem nos olhos.

Taohu nunca tinha visto algo tão horrível. Os olhos dele estavam estufados como se fossem saltar para fora. O corpo estava pálido, mas o rosto estava com um tom negro. Sua testa estava franzida como ondas. E tão logo, a boca se abriu e dela saia uma saliva gordurosa e pegajosa.

Tão logo aquela coisa horrível viu Taohu e P’Nat se abraçando, e a inveja foi tamanha que seus olhos quase saltaram para fora. Kheun Chai deu um latido rápido, até que a tia o pegou e o levou para fora e fechou a porta. Taohu ouvi os latidos se silenciarem devagar pela escadaria. Ele estava em choque e tremia. Era bom para P’Nat continuar abraçado nele. Taohu sabia que tendo P’Nat, ele sempre estaria a salvo.

Provavelmente por causa disso Khuen Chai esperou pela a oportunidade quando P’Nat não estava aqui. Kheun Chai olho secretamente para Tia e correu para a sala. Ele já havia entrado na sala antes. Ninguém na sala prestou atenção. O próprio Taohu não foi cuidadoso o suficiente. Naquele momento ele se sentou na beirada da cama e o viu quando entrou no quarto. Ele andou e cravou suas presas nos pés dele. Taohu se assusta. Ele estava tão chocado que ele não podia nem chorar. Ele o arrastou para fora do quarto. Ironicamente ele havia encharcado as escadas e suas pernas com saliva. Chegando no andar debaixo, Kheun Chai rasgou fora sua perna. O tecido de algodão que estava dentro, agora estava espalhado por todos os lugares. Todos na sala de estar gritaram com a tragédia Taohu ouviu algo como: “Kheun Chai você fez isso de novo!”

“Por favor alguém chame a Tia. Eu não quero ver o interior deste urso!”

Kheun Chai ouviu isso. Ao invés de rasgar Taohu, ele correu rapidamente para fora da casa e largou o Taohu lá, ao lado de uma lixeira. Se não fosse a Tia que o viu lá, ele teria ficado naquela lixeira o dia inteiro. Quando a Tia o pegou para consertá-lo ela sussurrou: “Se você tivesse ficado mais um tempo aqui, seria melhor te colocar no lixo logo.” Taohu já não tinha mais medo de virar lixo, ele estava com medo de nunca mais poder abraçar P’Nat novamente. Então ele se lembrou temendo.

Depois de ter terminado a costura, a Tia colocou Taohu para tomar um banho na máquina de lavar. Taohu o chamava de ‘Túnel do inferno’. Nunca a máquina de lavar esteve tão escura, ele estava girando para frente e para trás, estava completamente tonto. P’Nat reclamou para sua tia que ele não era como o antigo Taohu, isso fez ele não querer abraçá-lo.

Kleun Chai continuou procurando formas de pegá-lo várias outras vezes, mas não era tão fácil, porque todos ficavam no quarto, eles eram os guardiões do Taohu. Desta vez o irritante reforço feito por uma pessoa. Sentado na frente da cama balançando suas pernas, ele logo se jogou nela.

Entretanto, Kheun Chai parecia mais chocado. Invés de tentar seus dentes como o usual, ele voltou e virou a cama que dava para a varanda. O corpo gordo de Kheun Chai parou. O som do teimoso latido soou.

“Weh!” Taohu gritou enquanto ele subia na cadeira. Quando ele subiu, a estranha visão fez ele cair aos seus pés.

Para os leitores entenderem um sentimento de um urso, eu gostaria de explicar o ponto de vista de Taohu primeiro. A altura de Taohu é de um metro. P’Nat nunca tinha colocado ele em um lugar mais alto do que a cama. Desta vez, quando ele abriu os olhos, ele estava em choque. Sua altura o deixou um pouco assustado.

“O que o urso fez!?” O Bolster disse em choque, apesar de que não era um choque normal. Então o som do latido guiou os outros até a varanda.

“Meu Deus. O que aconteceu com ele?”

“Por que Taohu ficou assim?”

Ele não pode explicar. Kheun Chai latiu mais intensamente. E ainda mostrou suas presas, com ferocidade, como se Kheun Chai fosse o morador e Taohu um intruso.

No meio da confusão, um caderno marrom em cima da escrivaninha, gritou. “De verdade!” Normalmente a voz dele é mais suave, o tom subiu. “Porta da Varanda! Cai fora logo!”

Taohu não sabia por que o teimoso Kheun Chai ficou mais nervoso e feroz. Apesar de que ele gostava de machucá-lo dia após dia, ele parecia assustado desta vez.

Pelo respeito com o inteligente caderno, Taohu acenou com a cabeça e rapidamente estendeu a mão para abrir a porta de vidro da varanda, como P’Nat tinha feito antes. Ele deslizou para abrir a porta.

Apenas abrindo a porta, Kheun Chai ainda tentou entrar. Taohu correu e fechou a porta a tempo.

No momento que a porta fechou. O reflexo no vidro limpo apareceu, uma imagem chocante.

Alguém estava na frente dele e o encarava!

Alguém que Taohu não conhecia. Ele nunca tinha visto aquele rosto.

Ele deu um passo para trás enquanto o outro também fez o mesmo. Alguém sussurrou e respondeu: “Sim. aquele homem sou eu.”

Eu posso te dizer que até mesmo na vida passada Taohu nunca ficou tão assustado como agora. Toda vez que ele olhava o seu reflexo no espelho, era o reflexo de uma grande e fofa pelúcia com um branco suave. Ainda desta vez, Taohu se tornou algo similar a P’Nat.

Taohu mexeu a cabeça, levantou suas mãos, olhando para si. Ele abriu bem seus olhos, quando ele viu que suas mãos também mudaram. Sua pele agora era de carne e macia, ele também reparou que tinha dedos nos pés.

Antes que ele pudesse explorar tudo, um ruído alto foi ouvido.

A porta da varanda não pode ser trancada do lado de fora. Kheun Chai parecia saber disso e Taohu o viu abrindo a porta. Kheun Chai esticou sua perna da frente e tentou empurrar para abrir. Kheun Chai colocou seu nariz na fresta da porta. Ele já mostrava suas presas com saliva tão pegajosa que Taohu deu um pulo para trás. Kheun insistiu em abrir a porta e estourou tudo com um “Grrrrr!”

Taohu estava chocado com aquilo, ele levantou as  mãos clamando “Kheun Chai. Sou eu. Não faça isso, Kheun Chai!”

O Tio Caderno vendo a péssima situação gritou “Salte e fuja!”

Taohu olhou para o Tio Caderno, mas havia algo impressionante na cabeceira da cama do P’Nat, um relógio indicando uma data e hora: 23/3 10:12 em destaque vermelho.

Taohu se retirou para o final da varanda antes que o cachorro pulasse. Ele se levantou apressadamente e agora sem pernas de lã ele se agarrou no corrimão da varanda para ir para fora. Vendo ele correndo, ele rapidamente puxou sua coleira.

Tudo isso feito por puro instinto. Como urso ele nunca tinha feito algo como aquilo. O máximo que Taohu tinha feito era subir na escrivaninha, ou ir da cama para a cadeira quando o P’Nat não estava no quarto. Ele se jogou antes que P’Nat e a Tia entrassem no quarto.

Taohu não estava ciente de que não era mais uma pelúcia. Ele era similar às criaturas como P’Nat, seu peso era diferente de quando ele dormia com ele. Agora seu novo peso o deixou mais rápido.

Havia uma mulher fazendo coisas simples... Pelo olhar comum. Senhora Mattana, poderia não ser uma pessoa comum.

Se tivesse a chance de encontrar ela 10 anos atrás você ficaria impressionado com a beleza dela. Eu quero usar a palavra beleza e não outra, porque a beleza dela não é de aparência ou sedução. Ela era uma mulher suave, doce, de voz doce e que falava educadamente. Quando você está próximo dela dela, você se sentirá quente, como uma criança protegida.

Dez se passaram, apesar do corpo da Senhora Mattana ter mudado. Os 57 anos dessa mulher sempre fez as pessoas próximo dela se sentirem confortáveis. Você pode imaginá-la como rosa velha ou em tons pastéis. De fato, ela se mostrava com pouca frequência, vestida com vestido preto, com um cabelo curto como um garoto. Todo o seu cabelo era grisalho. Ela usava óculos de armação marrom e frequentemente usava batom rosa. Usava também um bracelete de metal. Havia muitas coisas fazendo barulho e nos seus dedos ela usava anéis decorados com pedras opalas, quase do tamanho de um ovo de codorna.

A Sra. Mattana dormia cada vez menos. Ultimamente, ela costumava dormir com o filho, que costumava chegar tarde em casa.  Mesmo assim, ela acordava cedo às quatro ou cinco horas da manhã e se virava em um cobertor de gaze. Ela estava frustrada por se levantar e sair da sala. Ela conversou com o marido enquanto ajudava a usar um aspirador de pó para limpar o pelo do cachorro. Ela escovou aqui e ali, limpou isso e aquilo. A Sra. Mattana tinha a determinação de fazer uma comida deliciosa antes de morrer, mas ainda não houve um dia em que seu filho deu uma mordida. Um dos motivos era porque costumava acordar tarde, quase chegando tarde para o trabalho. Ele só comeu a comida dela em 1-2 colheres para que ela não ficasse brava ou desapontada.

Depois seu filho começou a chegar mais cedo em casa, a mulher comum voltou a alimentar seu cachorro favorito. Com frequência ele escapava e ia dormir no sofá espalhando penas por toda a casa. Sra. Mattana começou a reparar que até o cachorro dormia mais do que ela todos os dias.

Ela e o marido comeram mais tarde. Eles adoravam relaxar. Seu marido gostava dos clássicos estrangeiros, enquanto ela costumava chorar lendo Alphabet Garden de Laksanawadee, A Wing Dream in the Illusion de Jutharat ou Recite the Imagination with Rhythm de Kaew Kao [1]. Ela demorava o quanto fosse para ler um livro, ela examinava letra por letra até que o som da máquina de lavar soasse e a roupa fosse colocada no varal quando o sol começasse a ficar quente.

Hoje foi um dia normal. Depois de ter colocado as roupas dela e do filho no varal, Khun Mattana pegou um chapéu de palha de aba larga decorado com flores rosas que combinavam com o batom. Ela pegou o regador de plástico e encheu-o com água da torneira que estava do lado da cerca. A cerca era feita de cimento e aço curvado. Havia um pequeno espaço em volta da casa, mas Sra. Mattana usava esse espaço para plantar três árvores até ficarem verdinhas. As flores e frutos estão em destaque, mas ninguém da casa prestou atenção.

A área era grande e seu filho sempre reclamava. “Mamãe por que você não usa uma mangueira, ao invés você usa um regador só para ficar mais cansada?”

Sra. Mattana deu a ele um sorriso de uma professora. Ele respondeu com um gesto e com entonação como se estivesse ensinando um garotinho.

“Usando o regador podemos ser mais gentis. Eu vou conversar com cada árvore e flor. Eu vou agradecer elas pela floração e pelos resultados que podemos aproveitar.”

A pronúncia dela em Tailândes foi consistente em cada palavra.

Hoje, enquanto cortava as folhas das árvores com uma tesoura, a Sra. Mattana cantarolava The Promise of Heart. Era uma música da sua banda favorita desde que era uma jovem professora de 20 anos. De repente uma coisa estranha aconteceu.

"I will be the sky to protect you all day and night. I want to say that I love you as much as the sky.[2]"

Alguma coisa caiu. Caiu em um amontoado de agulhas, toca!

“Ouch!” O choro veio.

Na verdade, era o choro de um jovem, mais jovem que seu filho. Seu corpo inteiro estava sem uma peça de roupa. Dava para ver sua pele branca como leite.

Ao invés da Sra. Mattana ficar chocada, ela apenas olhou. Da cobertura da varanda estava debaixo de um céu azul brilhante. Hoje, quase não há nuvens.

Ao se curvar para o garoto misterioso novamente, a Sra. Mattana abriu os olhos amplamente e lentamente abriu a boca, o que representou um largo sorriso.

“Sim. Eu penso o mesmo que você.” Ela acenou para o seu marido e disse sem olhar nos olhos. “Pequeno Príncipe.”

Quando o jovem se mexeu e respirou "Sst" na boca.  A Sra. Mattana então percebeu que se aproximava apressadamente dele e perguntou-lhe: "Pequeno Príncipe, esá ferido?"

Mesmo que estivesse um pouco nervoso, o Pequeno Príncipe ergueu seus olhos claros para ela. Foi um choque. Nenhum sinal de preocupação vinha dela. Parecia que ela era familiar. A Sra. Mattana não se importou com seu cachorro que estava latindo demais, até ela olhar para ele.

“Kheun Chai! Ele é o Pequeno Príncipe das histórias que seu pai conta. Não precisa ter medo.”

O cachorro na varanda murmurou confuso.

Ela se abaixou e disse ao Pequeno Príncipe: "Não tenha medo, filho. Khuen Chai pode se surpreender ao ver pessoas caindo do céu."

Antes que o estranho pudesse dizer qualquer coisa, a Sra. Mattana ajudou-o a se levantar dos arbustos ligeiramente amassados. "Foi tão dolorido que você não conseguiu mais falar?"

Ele era mais alto do que o filho dela. Seu corpo era magro, mas cheio de músculos, portanto ele tinha mais peso do que ela poderia carregar facilmente.

"A planta pode te machucar se você estiver fazendo isso sem usar uma roupa especial."

A outra pessoa ainda não disse nada. Ele só conseguiu acenar com a cabeça, pois ainda não tinha certeza de muitas coisas. Ele ainda estava tentando colocar força nas pernas. Apesar do fato de que ele provavelmente sentiria dor por se levantar, ela parecia ser atenciosa e com medo de não aguentar seu peso.

“Você consegue se levantar, filho?” Sra. Mattana esperou até ele se firmar para soltá-lo.

O Pequeno Príncipe olhou para ela com medo e disse: “Obrigado, Tia.”

"Está bem."  A resposta dela pareceu deixá-lo pasmo. A Sra. Mattana riu, pensando que o Pequeno Príncipe ainda poderia estar intrigado com o mundo humano. Portanto, ela sugeriu: "Vamos entrar em casa primeiro. A Tia e o Tio vão ajudar a tratar os ferimentos."

A outra pessoa ainda resistia com medo. A Sra. Mattana estava quase confusa, mas então ouviu um latido.

"Não interfira, Khuen Chai." Ela só levantou o dedo quando seu cachorro gordo não parou e disse: "Espere, ou não farei cavala cozida no vapor para comer."

Somente com essa frase, o cachorro baixou a cabeça de tristeza. Seus olhos estavam esbugalhados tristemente novamente.

A Sra. Mattana se virou para balançar a cabeça e sorriu com o marido, com compreensão entre os dois. O cão era tão ganancioso e gosta tanto daquela comida que se tornou tolerante.

"Kheun Chai adora comer este prato." Ela explicou ao Pequeno Príncipe enquanto o trazia e caminhava até a porta da frente. Felizmente, durante esse período tardio, ninguém andava de um lado para o outro na casa. O conjunto habitacional da Sra. Mattana era igual à maioria das residências da cidade. Se fosse dia de trabalho, os jovens iam para o escritório, as crianças iam para a escola, os mais velhos que não se atreviam a lutar contra o sol sentavam-se e deitavam-se em casa. Quando era sábado assim. A maioria frequenta os shoppings ou leva os filhos para uma educação especial. Portanto, a área ao redor da aldeia era tranquila e solitária.

"O prato usa cavala cozida no vapor misturada com legumes cozidos e cenoura em cubos, milho, batata e brócolis. Temos que prestar atenção na alimentação deste cão de raça. Se não o fizermos, ele ficará obeso e então pegará uma doença. É quase o mesmo que um humano.” O Pequeno Príncipe pode não entender ainda.

O dono da casa riu enquanto deslizava a porta de vidro aberta. Eu poderia dizer que o cheiro doce no quarto aparece imediatamente. Isso faria você pensar apenas em seu doce perfume. Sra. Mattana entrou primeiro. Quando o Pequeno Príncipe viu o cachorro de rosto murcho, ele se sentou e o olhou nos olhos. Ele parecia estar muito assustado e não tinha certeza se deveria entrar ou não. Ela o empurrou fracamente e perguntou: "Qual é o seu nome, Pequeno Príncipe?"

"Ta... Taohu." Ele respondeu enquanto decidia segui-la. Ele ainda ficava de olho no cachorro esperando quando ele fosse atacar.

“Taohu? Soa familiar.”

“E-é…”

"Papai."  Ela se virou para contar ao marido. "Você não disse que tínhamos o Pequeno Príncipe aqui como visita."

“Tia.”

"Que bom que você realmente me seguiu." Ela disse e se virou para contar a ele. Taohu sentou-se primeiro no sofá. Tia vai buscar as roupas e o curativo. “Não há necessidade de ter medo de Kheun Chai. Este cachorro é bom, mas ganancioso. Ele raramente late e morde alguém."

Sentindo-se desprezado, o cão gordo vagava atrás dele rugindo insatisfeito.

O Pequeno Príncipe, Taohu ficou surpreso. "Isso... É isso!"

“Ele é brincalhão...”

Ainda não havia terminado, mas havia "Eh!" som ficando alto. O cachorro olhou para o convidado até que ele pisou em algo. A cesta que a Sra. Mattana tinha acabado de esvaziar a roupa e colocar de lado, caindo toda. O cão começou a se esforçar para sair da gaiola por um tempo.

O cachorro esperava secretamente atrás da Sra. Mattana. Os convidados da casa se levantaram apressados ​​até o ponto em que o cachorro na cesta não poderia correr até ele. Quando Taohu se sentiu seguro e aliviado da dor e do ferimento em chamas, sua cabeça se concentrou nas coisas estranhas que aconteceram com ele.

Ele era um urso Taohu, repentinamente transformado em uma pessoa.  Além disso, ele se tornou o Pequeno Príncipe da Tia.

Ele não sabia o que fazer. A única maneira de descobrir era pedir ajuda a P'Nat. 

P'Nat definitivamente deve me ajudar.”

Ele deu a si mesmo uma resposta assim. A próxima coisa que ele lembrou foi do telefone celular. Embora Taohu estivesse apenas no quarto e não soubesse muito de nada. Mas ele estava familiarizado com essas coisas. Normalmente, quando P'Nat chegava em casa, a pessoa costumava brincar ao telefone enquanto estava deitada na cama. Às vezes, o proprietário costumava conversar com amigos. Se houvesse outro telefone, ele definitivamente o usaria para ligar e pedir ajuda a P'Nat. Apenas um momento atrás, quando a Tia perguntou a ele, ele respondeu. Titia ainda podia ouvi-lo e os outros deveriam ter ouvido também.

Ele tentou ficar de olho e descobriu que o celular ficava próximo de uma grande TV. A área estava tão vazia que ele teve medo de que Khuen Chai pudesse correr para ele.

Taohu decidiu que isso é mais importante do que sentar e ter medo. Ele esticou o pescoço e viu o que Kheun Chai estava fazendo. Acontece que uma das cestas de vime caiu no canto do armário. O cachorro estava brincando e puxando-se para fora. Taohu viu isso como uma boa oportunidade. Portanto, ele rapidamente se esgueirou e pegou o celular com os olhos ainda virados para o cachorro e para trás.

Assim que o telefone caiu em sua mão, o cachorro gordo empurrou a cesta para fora do armário. Ele correu apressadamente sem parar, a cobertura inteira avançou em sua direção assustado Taohu. Felizmente, neste momento, suas pernas eram tão longas quanto as de P'Nat. Haviam apenas dois longos degraus que ele poderia subir para ficar de pé e se esconder no sofá. Ele deixou a cesta e Kheun Chai arremessados e se espatifam no armário da TV até que o cachorro se sentisse entorpecido.

Ele ficou aliviado e agora voltou os olhos para o telefone. Ele tinha visto P'Nat pressionar aqui e ali, mas não sabia o caminho certo.

Naquele momento, o telefone celular da Titia apareceu. Havia uma voz de mulher dizendo. "Olá... Papai urso de pelúcia."

Taohu ficou surpreso e os olhos se arregalaram. "Você sabe?!"

"Este é o telefone da Sra. Mattana... Eu sei, tudo."

Essa frase talvez tenha mostrado seu orgulho. Sua voz era suave como se não houvesse sentimento algum e suas palavras eram esféricas e sem ritmo.

"Ops!" De repente, outra voz interrompeu. "O fato de você ter um aplicativo do Google embutido nele. Ele sabe, mas isso não significa que você saiba, querida."

Sentindo que estava pisando no dono daquela voz, ele disse: "Sinto muito."

"P’Sofá!" Taohu exclamou, sentindo que estava incomodando o dono da voz.  Ele disse "Desculpe!" quando ele se sentou.

"Está tudo bem, lindo!" A voz da Sofá era clara como uma mulher encantadora. "Se você está curioso, Sofá parece uma garota. Eu sei disso assistindo TV com a Vovó Louca."

"Não chame a Sra. Mattana de louca, ela é sua avó." A voz monótona do telefone argumentou. Era comparado a ter que competir com uma voz caprichosa da Sofá e era estranho para ela. "Sra. Mattana é apenas..."

"O quê? Seu marido já está morto e ela ainda pode falar no ar. Amor. Está. No. Ar."

"Um..." Sra. Mattana tossiu no telefone. "Google... O que está acontecendo com a Sra. Mattana?"

"E-espera."  Antes que a história se espalhe ainda mais, Taohu rapidamente parou a batalha. "Eu só quero que o telefone, me ajude a ligar..."

"Telefone da Sra. Mattana." Ela enfatizou em uma voz suave, o que resultou na interrupção da Sra. Sofá.

“Poxa!”

Mas Taohu não se importou e ele apenas atendeu o Sr. Celular "Haha... Telefone da Sra. Mattana. Eu só quero sua ajuda para entrar em contato com P'Nat. Ajude-me! De repente, meu corpo de ursinho de pelúcia ficou assim." Ele ergueu a mão, oscilando do ombro ao traseiro nu.

As pontas dos dedos que balançam como se apontassem para "baixo" fizeram a Sra. Sofá interromper com as mesmas palavras, mas em voz baixa e com os olhos arregalados. "Po-Poxa..."

"O ursinho de pelúcia se tornou uma pessoa?!"

"Sim..." Taohu aceitou e apenas percebeu. Ele balançou a cabeça em direção à origem do som. "Tia!"

Eles viram a Sra. Mattana voltar e entrar com roupas e equipamentos médicos. A Sra. Sofá disse, "A vovó maluca chegou."

"Aqui!"  O telefone da Sra. Mattana, dizia em voz baixa, como de costume.

Tia que não ouviu nenhuma voz, continuou a dizer a Taohu. "Só assim, no entanto. Mas que fofo. Qual boneco você é? O Pequeno Príncipe?"

“Ta… Taohu.”

"Oh!"  A Sra. Mattana ergueu o dedo indicador acabado de lembrar.  "Verdade. Seu nome é Taohu. Tia já se acostumei em dizer O Pequeno Príncipe."

"Não, não, tia. Quero dizer Taohu, aquele que fica no quarto do Nat."

"Isso mesmo. Você cresceu como um homem jovem. Venha! Eu tratarei do ferimento. Depois você colocará suas roupas."

Ficou claro que a Sra. Mattana fingia ser uma criança.

Enquanto as costas de sua mão desinchavam, a Sra. Mattana gradualmente movia a tintura de cotonetes para mais perto dos quadris do Taohu. De repente, "Wai!" Uma das mulheres gritou alto. Ele ficou surpreso. Parece que desta vez o dono da voz é a sandália esquerda que a Sra. Mattana estava usando.

“Qual o problema?” Perguntou Taohu.

A ‘enfermeira’ ficou confusas. "Eu deveria estar perguntando. Por que você está assustado?"

Uma voz jovem respondeu à menina que chorou pouco antes, "Jiw Noi, do que você tem medo?"

Quando ele seguiu seus olhos, Taohu descobriu que quem perguntou era a sandália do pé direito da Sra. Montana.

A namorada respondeu: "Querido, a tia é tão pesada. Ela estava pisando em mim um pouquinho, mas eu estava quase ficando sem fôlego e não consigo respirar. Aqui, coloque suas mãos assim. Mais tarde, as pernas do urso serão esmagadas."

“Exagero!” Sofá diz.

Depois de ouvir a sandália esquerda dizendo isso, Taohu sorriu para sua tia. "Eu... estou bem, tia. Por favor, seja gentil, tenho medo da dor."

"Tá bom, então." A sandália fazia barulho na garganta (se ela tivesse pescoço). “O ursinho de pelúcia é só uma ilusão da nobreza, sendo abraçado, adorado, nunca debaixo dos pés e ninguém pisa em você como em nós. Vamos sendo pisados e depois vão nos esquecer. Eles nunca nos levaram para lavar. Agora você vai saber como é.”

O algodão está prestes a passar na ferida, que é uma marca vermelha na textura lisa e branca. Mas então o dono da ferida falou novamente. "Tia."

O algodão teve que ser parado novamente e a Sra. Mattana ergueu as sobrancelhas.

"Espere, você pode ligar para P'Nat? Eu tenho que dizer para P'Nat primeiro. Caso contrário, P'Nat pode ficar chocado."

"Está tudo bem, filho."  A Sra. Mattana pareceu entender. “Nat deve entender. Você é um menino fofo. Se a tia lhe disser para ficar aqui. Nat vai entender. Certo?”

A mão da Sra. Mattana se tocou com ternura e a sandália esquerda falou com Taohu. Ela ajudou a terminar o ferimento para ele ao meio-dia. Então ela colocou Kheun Chai em uma gaiola enquanto o fazia vestir as roupas P'Nat que ela pegou. Era uma camisa e shorts que ele lembrava que P'Nat costumava usar fora de casa nos fins de semana. Portanto, embora o tamanho da camisa fosse bem pequeno ela era suficiente e o calção era muito curto até que as pessoas pudessem ver suas coxas, mas o ursinho estava feliz.

"Bonito, pai." A Sra. Mattana se virou para falar com o nada, enquanto estava junto com Taohu na frente de um espelho.

Foi então que Taohu se viu claramente pela primeira vez, ele se tornou uma pessoa pela primeira vez.

O homem no espelho em frente a isso não é nada fofinho. Ele era alto, magro, corpo carnudo e musculoso. Cada parte estava firme. Os pelos do corpo eram macios cobrindo a pele. A pele é sedosa, lisa na cor branca e rosada. Era uma pele delicada que às vezes você podia ver as linhas de veias azuis por baixo. Em seguida, seu braço e as costas da mão, haviam linhas grandes como raízes que o faziam parecer ainda mais forte e menos fofinho.

O homem que ele viu na frente do espelho não tinha um corte de cabelo bagunçado como o de P'Nat, mas sim um longo cabelo castanho escuro e fino caindo sobre a testa. Ele tinha sobrancelhas grossas e escuras contrastando com sua pele muito pálida. Seu rosto não era redondo, mas oval. Era bom que suas bochechas fossem bastante macias e elásticas como uma bola rosa. Seus olhos não são mais botões, mas um verdadeiro humano, grandes olhos castanhos esguios. Ele tinha cílios longos e pequenas pálpebras dobradas.

Claro, seu nariz era menor e parecia mais proeminente do que antes. No final, seu nariz não era mais um círculo preto. Os lábios não eram apenas um esboço de sorriso, mas curvos e cor de rosa pálido como os lábios de P'Nat.

Sim. Taohu não ficou satisfeito, mas porque a Tia disse isso ‘Bonito’. Isso significava que ele era um homem bonito. Taohu achou que poderia ser bom porque ele mesmo tinha visto que P'Nat digitava em seu celular respondendo aos amigos que gostava de gente bonita.

Depois do almoço que a Sra. Mattana preparou sozinha e pediu que ele comesse. Taohu ainda estava girando em torno do celular. Mas como o telefone era da Sra. Mattana ainda continha a palavra do proprietário, ele não ajudaria Taohu. A maioria dos pertences tendia a obedecer ao dono. No final, nosso Taohu passou o resto do dia se preocupando e esperando que P'Nat encontrasse uma maneira de ajudá-lo.

Para não desperdiçar muito espaço na página e você já sabe que o tempo da história sempre foi mais lento ou mais rápido do que o normal. Deixe-me levá-lo ao ponto em que você e Taohu já estavam esperando.

Eram quase 21h, quase 22h.

A Sra. Mattana geralmente assistia à TV no sofá esperando seu filho. Ela dormiu tarde e acordou cedo, mas hoje ela adormeceu rapidamente.  Provavelmente foi porque se exercitou mais do que o normal até ficar cansada.

Como qualquer outra casa, quando o dono da casa adormece, os itens da casa começam a se mexer, se esticar, se esticar quando acordam. Poucos humanos sabem disso. (Pelo que me lembro, isso levou um homem a criar um desenho animado mundialmente famoso). Do contrário, quando os humanos se virassem ou olhassem no escuro e vissem algo se movendo, embora não houvesse nada vivo, eles acreditariam que o mundo estava cheio de fantasmas. Na verdade, não haviam muitos fantasmas aqui. Acontece apenas que as coisas travessas que não conseguiam se manter paradas.

O sofá reclamava que a "Vovó louca, veio dormir sobre mim e eu tenho que continuar congelado. Não é justo."

"Justiça é apenas um discurso." A sandália direita contra-atacou enquanto tentava rastejar até ficar na ponta dos pés subindo na mesa de vidro da recepção.  "Jiw Noi, me ajude."

Vendo que a sandália esquerda ainda balançava a cabeça enquanto dormia, Taohu rapidamente estendeu a mão para ajudar a pegá-la. A sandália direita ficou assustada por um momento. Somente quando foi colocado na mesa, ela olhou para o dono da mão sem nenhuma confiança. No final, ele se desvencilhou de sua mão e reclamou "Huh" arrogantemente. Ele continuou engatinhando e apertou números no controle remoto.

"Humanos estúpidos assistindo apenas programas estúpidos." Ele disse e a tela foi mudada de um concurso de comédia para uma conversa de notícias sérias.

"Sra. Mattana... Apenas... Dorme." O celular da Sra. Mattana disse em seu tom monótono.  "Eu não sei agora, onde está N'Nat? Normalmente, nunca... volta tarde... assim."

"Olá, o fato de ela ter te usado para chamar o filho dela. Não significa que a criança seja sua, irmã."

“Uma pessoa como você... o que... você sabe? A criança é... o olho... do coração. Se o filho não estiver lá, morreremos."

"Se Jiw Noi puder ter alguns filhos, seria bom."

Seu amante se virou e olhou com pena. "Não podemos ter filhos se não tivermos a sabedoria de criá-los. A sociedade hoje em dia não é adequada para..."

“Nervoso.” No final, o sofá estava usando palavras em tailandês com mais clareza. "Crianças não são baterias. Mesmo que nasça de você também, qual sandália vai ficar íntima e engravidar?"

O celular da Sra. Mattana fingiu não ouvir o sofá. Ela abriu o aplicativo de mensagens sozinha e começou a digitar: Nat, cadê você?

Antes de a mensagem ser enviada, houve um som de carro em frente à cerca da casa seguido pela campainha na porta.

Continua...


Notas:

[1] Laksanawadee, Jutharat e Kaew Kao são novelistas.

[2] The Promise of Heart = Chatree Band



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