terça-feira, 14 de janeiro de 2020

Loop 10 - Exagerando




Créditos inglês: nadamellow
Tradução: Danielly.
Revisão: N'Diih.
— Equipe KhunPandex Traduções.



Eu levo Tol de volta ao dormitório depois de esperar na sala de emergência para o pai de Mai chegar. Tol tem uma expressão de que está imerso em pensamento ao longo do caminho. Eu vislumbro Tol desde então, antes de decidir falar sobre algo para acabar com o silêncio entre mim e Tol.

"N'Tol, o que há de errado?"

"Não é nada." Tol responde.

"N'Mai tem algum problema com Tol? Você parece bem preocupado." Eu faço a pergunta que estava presa em minha mente por horas.

"Eu e Mai somos amigos desde a infância. Mesmo que tivéssemos estudado em diferentes escolas no ensino médio, ela e eu sempre nos falávamos." Tol suspira profundamente. "Mai é uma pessoa que tem a tendência de deixar as outras pessoas preocupadas. Além disso sua beleza a causou problemas com caras toda vez. Eu assistia de longe, não sabia o que eu podia fazer além de ser um consultor e ajudar o quanto eu pudesse."

"Então porque N'Tol não chamou N'Mai pra sair?"

"Porque eu..." Tol se vira pra olhar para um lindo super carro que tinha acabado de passar por nós. "Eu ainda não sei o que é o amor."

Eu fico sem palavras. Quando o carro para em minha frente, eu viro para olhar para Tol. "Voce já teve alguma namorada antes?" Eu sei que Tol costumava sair com muitas pessoas, mas eu não quero assustar Tol mais que isso.

"Eu tive antes. Eu também escolhi sair apenas com pessoas bonitas. Porque eu não sei por que outra razão uma pessoa sairia com alguém." Tol pega seu telefone. "Eu não quero colocar Mai na mesma situação que minhas ex-namoradas. Eu não sou um cara legal. Eu não ficarei interessado em algo que não seja interessante, que minhas namoradas as vezes tinham ficado desinteressantes."

Oh hoh... É como se ele tivesse saído de uma série coreana. Um príncipe frio como este. "Então no que N'Tol é interessado?"

"Filmes, jogos, carros, bolas." Tol responde curtamente.

"Então Nong está interessado no Pi?" Eu faço essa pergunta diretamente. Tol se vira imediatamente para me olhar.

"*Ainda tentando. Pi é gay? Saiu com caras antes?"
[N/T: *Tol estava falando sobre P'Tihn que não para de tentar flertar com ele].

Oy oyy, Tol apunhala sem limites. "Não, Pi também gosta de mulheres. Minha ex-namorada é uma mulher." Eu sorrio tristemente. "Minha ex-namorada disse que Pi se comporta bastante como uma pessoa pública, como perdendo tempo para ajudar as pessoas pobres. Ela sentiu que ela não tinha muita importância. Pi foi deixado por coisas desse tipo."

Tol olha pra mim silenciosamente. "Não podemos nos sacrificar o tempo todo."

Eu tropeço sobre as palavras de Tol. É a mesma frase que Tol tinha me dito quando contei sobre minha ex-namorada anteriormente. Eu não pensei que Tol seria a pessoa que diria isso novamente. O próprio Tol parece se sentir estúpido.

"Déjà vu de novo." Tol levanta sua mão para massagear a têmpora. "Okay, eu acredito que eu sou estranho tudo bem. Se eu tiver que ir ver um psiquiatra que dia eu deveria vir Pi? Posso vir junto com a consulta da triagem cardíaca?"

Eu vagamente encaro as fortes luzes da rua. "Nong não precisa ir ver um psiquiatra."

Tol vira para me olhar com uma expressão de dúvida.
"Porque?"

"Nong não é estranho. A pessoa que é estranha é Pi." Nesse momento, minhas mãos no volante estão tremendo. Eu não sei porque essa situação pode fazer eu me sentir assim. Tol está quase saindo com Mai. Isso pode acontecer mais rápido que antes porque N'Mai foi atacada. Eu poderia ser capaz de parar o ataque cardíaco de Tol se eu soubesse quem o ex-namorado de N'Mai era e o impedir de se aproximar de Tol naquela noite. Mas eu realmente não posso evitar que Tol se torne namorado de Mai? Mesmo se Tol não gosta de Mai dessa forma, o longo tempo de proximidade pode fazer com que tudo mude. Porque pelo que eu ouvi, N'Mai parece ser uma mulher muito importante para Tol.

Existe a possibilidade de que Tol e Mai continuem o bom relacionamento. Eu tenho que ser a pessoa que deve se sacrificar certo?

"O que isso significa...?" Tol pode ter percebido a minha mudança de atitude. "Pi... Tem algo de errado?"

"Não é nada..." Eu respiro fundo. "Meu corpo ainda não está totalmente recuperado."

"Você acabou de sair do hospital e você está saindo por aí desse jeito, que agradável. Pi é realmente um médico ou não? Porque não cuida de você mesmo?" Tol apontou seu dedo para meu lado esquerdo. "Pi para no acostamento. Eu irei dirigir."

"Tudo bem. Pi ainda pode dirigir." Eu tento segurar minha consciência. Eu estou bem. Eu apenas sinto que estou prestes a ter um coração partido.

"Se mexa Pi. Eu não quero morrer. Estaciona o carro, eu mesmo dirijo." Meu N'Tol começa a ficar mal humorado. Em resultado, eu fui forçado a para o carro na beira da estrada e mudar de lugar com Tol. Tol fecha a porta do lado do motorista com uma alta batida e então ajusta o espelho e o banco habilmente.

"Se mandar Pi para a casa então como Nong irá pra casa?" Eu viro para perguntar para Tol que tinha alcançado um sinal de volta.

"Pi irá dormir na minha casa." Tol responde calmamente. Mas sua resposta faz meus olhos aumentarem de tamanho como aqueles ovos de ganso.

"M... Mas Pi não tem nenhuma roupa pra me trocar."

"Vista essas calças de novo. Eu empresto minha camisa." Então Tol pisa no acelerador tão forte que minhas costas afundam no assento. Nong! Este não é seu carro esportivo! Eu acho que N'Tol dirigindo pode nos matar mais do que eu mesmo dirigindo.

"Tol, mais devagar. Mais devagar." Eu digo assustado.

"Durma na minha casa, e responda minhas perguntas até eu ficar satisfeito. Se Pi fizer algo para mim mesmo um pouco eu vou contar para a mãe." Tol olha pra mim de canto de olho. Sua expressão é calma e isso é assustador. "Entendeu?"

Porque meu N'Tol que era extremamente bom se tornou um demônio? Não N'Tol era um demônio desde o começo, mas eu escolho ignorar isso no lugar. Eu vejo N'Tol piscar seus olhos repetidamente. Essa pessoa tem alguma coisa para me surpreender toda vez que nos encontramos, uma pessoa que faz eu me sentir animado toda vez. Meu coração está palpitando rápido. Eu sinto como se estivesse prestes a desmaiar novamente, mas eu tento me manter calmo.

Que tipo de pessoa é ambos maneiro e fofo?

(****)

Tol dirige até chegar em sua casa quando era perto das 20h00min. Ele estaciona meu carro próximo ao portão principal, desliga o motor e abre a porta para sair. Eu rapidamente abro a porta depois dele. Quando eu saio do carro, Tol joga a chave do carro em minha direção e eu levanto a mão para pegá-la. Eu olhei para a linda mansão atrás de mim que foi visitada a não muito tempo atrás. Tol me leva pelo pequeno caminho em direção a porta da frente da casa. Eu começo a me sentir cada vez mais tímido quando a mãe de Tol abre a porta e vem me cumprimentar.

"Aw, N'Tihn!" Tia Pang parece surpresa. "O que te trás aqui?"

Eu faço um wai para a mãe de Tol, ou em outras palavras ela também é a minha mãe. "Olá Tia Pang."

Tia Pang sorri largamente então se vira para olhar para Tol. "Vocês vieram juntos filho?"

Eu quase abro minha boca para responder, mas Tol responde antes que eu consiga. "P'Tihn não está se sentindo muito bem. O quarto de visitas está disponível mãe?"

"Ho… O quarto de visitas? Nesse momento o cano de água do quarto está quebrado. O ar-condicionado foi removido. O eletricista vai vir terminar de consertar amanhã." Tia Pang me olha com uma expressão preocupada. "Entre primeiro N'Tihn. Quando você foi dispensado do hospital?"

"Esta manhã." Eu respondo.

"*Mãe não pode visitar N'Tihn. Ontem mãe correu para a província e voltou só agora. Desculpe." Tia Pang toca em minhas costas e me leva para entrar em casa. N'Tol foi visitar certo? O que N'Tol levou para N'Tihn?"
[N/T: * Na Tailândia, os pais geralmente chamam a si mesmos de mãe e pai quando estão falando com os amigos de seus filhos].

"Ele levou." Eu sorrio abertamente. "Eu ganhei uma grande cesta de ninho de passarinho."

Tia Pang ri. "Tia falou pra ele levar frutas. Talvez Nong estava com preguiça de escolher. Não é isso filho?" Ela se vira pra provocar seu filho que está guardando os sapatos no armário.

Tol não responde sobre a cesta de ninho de passarinho. Sua expressão mostra que ele está ansioso com alguma coisa. "O quarto de visitas não está bom?"

"Sim. Neste caso N'Tihn irá dormir no mesmo quarto que N'Tol primeiro? Voce não falou para a tia antecipadamente então eu não falei para o eletricista terminar rapidamente. Espera tia irá trazer um travesseiro extra e um cobertor." Então Tia Pang rapidamente se vira e sobe as escadas para o segundo andar, deixando eu e Tol em choque juntos por um momento, antes de nós silenciosamente virarmos para olhar para o rosto um do outro lentamente.

"Tol."

"Pi."

Tol e eu falamos ao mesmo tempo, mas eu calmamente deixei Nong falar primeiro. Tol aponta pra mim. "Se algo acontecer..."

"Tol irá contar pra mãe." Eu sorrio sorrateiramente. "Era ideia de Nong trazer Pi aqui pra dormir. Mas não pensou que iríamos dormir no mesmo quarto né?"

"Quem teria pensado nisso?" Tol bate a porta do armário de sapatos com um barulho alto. "Pi dorme na cama. Eu vou apenas dormir no sofá aqui em baixo."

"Se você for dormir no andar de baixo você não poderá me perguntar nada." Eu penso que estou segurando um trunfo. "Você não quer saber quem eu sou?" Tol me encara novamente considerando entre descobrir a verdade e o risco de ser abusado sexualmente. Eu acho que tenho que dizer algo pra fazer Tol confiar mais em mim. "Pi pode só dormir no chão. Tol pode dormir na cama com de costume. Obrigado por deixar Pi passar a noite aqui. Se você me deixasse dirigir para casa sozinho, Pi poderia ter se tornado um paciente na sala de emergência."

Tol me olha com um suspiro que eu não consigo ler, antes de me levar para cima. "Me siga."

O quarto de Tol pode ser dito como espaçoso o suficiente. Tem bastante coisas no quarto, mas elas estão bem organizadas. Eu espero que seja o trabalho duro de Tia Pang, porque o próprio Tol provavelmente não consegue voltar pra casa com tanta frequência. Tol coloca sua bolsa na cadeira de trabalho, e se vira pra olhar para o novo travesseiro e cobertor que foram deixadas na cama. Eu vejo porta-retratos bem arrumados montados na parede. Possui uma foto de Tol com uma camisa de jogador de futebol, uma foto com seus colegas de time, e uma foto do Tol pequeno. Ele deveria ter apenas 4-5 anos de idade. Seus olhos redondos e bonitos estavam encarando inocentemente. Seu cabelo estava cortado em um estilo de casca de coco. O rosto de Tol na infância pode enganar uma pessoa a pensar que ele é uma garota não um garoto.

"Pi." Eu fui chamado fazendo eu tirar meu olhar das fotos de infância e olhar para a mesma pessoa de vinte anos depois. O atual Tol se tornou um cara muito bonito. Mas seu rosto ainda é doce igual quando era durante a infância fazendo ele parecer ainda mais adorável pra mim. "Você tem algo pra me contar ou não?"

"Oh... Essa é uma foto do Nong?" Eu aponto para sua foto de infância. "Fofo, mas vendo você agora..." Eu olho Tol da cabeça aos pés. "É ainda mais fofo."

A mão de Tol que está segurando a beirada da cadeira se aperta mais forte. Eu acho que se eu continuar a brincar com ele, a cadeira definitivamente vai ser jogada na minha cara. "Porque Pi não me diz o que é tudo isso?"

Eu mudo meu olhar para olhar a foto de Tol e seu time de futebol. O rosto de Tol parecia muito feliz, e isso me faz pensar em uma coisa. Quanto Tol vai ficar chateado se descobrir que não será mais capaz de jogar o esporte que ele mais ama? "O Nong já viu alguém morrer em frente de seus olhos?"

Os olhos de Tol me encaram. "Nunca, porque eu não sou um médico como o Pi."

"Sim, Nong está certo. Porque Pi é um médico da sala de emergência, Pi viu muitas mortes em frente aos meus olhos." Eu viro para sorrir tristemente para N'Tol. "Mas teve uma vez que a morte de um paciente mudou minha vida. Isso forçou Pi a assistir a esta pessoa morrer em frente aos meus olhos repetidamente, de novo e de novo. Pi sempre pensa consigo mesmo que essa coisa deve parar. Essa pessoa não pode mais morrer. Então Pi estará livre desse loop sem fim.

A imagem da memória do dia que Tol estava encharcado em sangue na minha frente, a imagem quando Tol teve um colapso mesmo que eu tivesse o parado de andar de bicicleta, a imagem de mim segurando o desfibrilador no coração de Tol para fazê-lo voltar a bater, a imagem quando Tol deu CPR na ala do CCU fazendo minhas lágrimas brotarem. Tol que está parado na minha frente agora é perfeitamente saudável. Não há pistas de que irá morrer de novo em poucos dias. "Pi não suportará ver Nong morrer na minha frente de novo."

Tol fica sem palavras. Sua boca está bem aberta como se ele fosse dizer algo, mas nada sai. Os olhos de Tol estão encarando o chão então ele calmamente vira pra cima para me olhar. Sua expressão parece incerta e extremamente confusa. "Mas eu não morri ainda."

Eu levanto as costas da mão para esfregar meu nariz e inspirar fundo. "Pi sabe que Nong está pensando que sou louco. Pi sabe que mesmo que Pi diga a verdade Nong não irá acreditar em mim. Então Nong irá apenas saber que, que tudo que Pi faz, que Pi deseja o bem de Nong, porque Pi não quer deixar que nada de errado aconteça com Nong." Eu levanto a mão para bater em meu próprio peito, minha voz começa a tremer. "Porque Pi gosta muito de Nong... Gosta muito de Nong. Se algo de errado acontecer com Nong... Meu coração... Não consigo mais aguentar."

Tol age como se não tivesse nada pra dizer. Eu dou dois passos pra trás, tentando trazer de volta minha consciência. O que há de errado Ai'Tihn? Fazendo uma piada ruim pra atingir Nong? Há mais tempo para ficar com Nong a noite inteira certo? Então porque eu sinto como se meu peito estivesse queimando também? Porque a exaustão e o desanimo que foram acumulados desde o primeiro loop tem que jorrarem pra fora para destruir isso agora? Eu deveria ser a pessoa que pode aguentar mais que isso. Porque...

"Pi acha... Aue é melhor se Pi for pra casa." Eu aponto meu dedo para o jardim da frente. "Pi está já está bem agora. Fala tchau pra mãe de Nong também." Eu me viro de costas, ando rapidamente para a porta do quarto.

Então sinto a mão de alguém de trás agarrar e segurar meu pulso, parando meus passos. Eu lentamente me viro, Tol está segurando meu pulso. Sua expressão parece assustada.

"Pi, não dirija." Tol fala pra mim. O que acontece agora é e mesmo de quando eu tentei impedir Tol de dirigir. Mas os papeis se inverteram. "Pi costumava me impedir de dirigir. Eu não escutei, e eu morri. Dessa vez... Pi tem que me escutar."









2 comentários: