sexta-feira, 3 de janeiro de 2020

Triage - Loop 10: Visitando.


Resultado de imagem para ทริอาช

Créditos em inglês: nadamellow
Tradução: Samantha.
Revisão: N'Diih.
— Equipe KhunPandex Traduções.


Se eu tivesse que descrever meu sentimento nesse momento, provavelmente não seria diferente do sentimento de um homem com o coração partido. Se apaixonar, um gay roubar o namorado, é um momento o qual eu posso sentar e lamentar sobre, mas eu tenho que trabalhar na trêmula Emergência a fim de tentar apagar esse terrível sentimento dentro do meu coração. Faltam três dias antes que Tol peça à Mai para ser sua namorada, quatro dias antes que Tol morra. Em vez de meu relacionamento com Tol progredir, agora tudo o que tentei foi em vão. Isso é ainda pior do que voltar para recomeçar. Tol não leu nem respondeu meu chat. Tol me odeia completamente.
Se eu não posso reverter essa situação, eu talvez tenha que esperar até ver Tol morrer novamente. Mas não quero deixar isso acontecer. Tol sempre teve que se machucar toda vez que houve um acidente. Ele se machucou toda vez que seu coração bateu mais forte. Quando o vi em dor, também me senti machucado.
Eu saio da Emergência na manhã no estado mais desgastado. Eu pareço exausto por toda minha face, meu cabelo e meu coração. Ontem à noite eu trabalhei como um zumbi. Agora eu realmente quero voltar e abraçar Sibra. Mas não tenho certeza se o gato pode me curar agora ou não. Eu viro a direita para a área de estacionamento dos funcionários. Quando dei apenas três passos, me sinto como se andasse num barco em movimento. Estou cambaleando para me segurar na parede com a mão. Pisco várias vezes, surpreso por ser atingido com um sintoma que nunca tive antes.
Poderia ser pela ausência de sono e estresse. Eu posso dormir e melhorar. Alguém como eu nunca caiu doente. Posso aguentar mais que um cavalo, mais forte que uma pedra. Não há nada que possa fazer Ai’Tihn cair.
Antes de retornar ao meu apartamento, decido dirigir pelo prédio da faculdade de administração. Eu paro enquanto olho para o prédio moderno na minha frente, incerto. Quantas vezes estive aqui? É tão frequente que quase posso contar a quantidade de ladrilhos que cobrem o piso térreo. Eu expiro um grande suspiro. Eu não sei porque eu me sinto mais terrível que antes por ficar aqui. Talvez eu só queira dizer adeus à este lugar mais uma vez antes que eu me liberte deste loop e prossiga para o fim, antes que Tol me deixe novamente.
“Olá, P’Doutor”, uma voz familiar de alguém me cumprimentando me faz rapidamente virar. Uma garota muito bonita num uniforme de estudante está sorrindo para mim. É a N’Mai!
“O… Olá, nong”, por sorte eu não disse o nome dela descuidadamente.
“Eu sou amiga do Tol. Nós nos conhecemos aquele dia, você se lembra?”, Mai fica para falar comigo com um enorme sorriso. “Você veio para encontrar o Tol?”
“Uh… Eu não vim encontrar Tol. Eu estava passando por aqui.”, eu levanto as costas da minha mão para coçar meu nariz. “Então Pi vai embora primeiro.”
“Pi!”, N’Mai me chama, causando a mim que estava prestes a ir, parar abruptamente. “Pi pode ficar comigo por um tempo?”
“Sim?”, eu me viro para olhar para N’Mai. E o que eu vejo é surpreendente. A N’Mai que conheço é uma jovem garota que possui um olhar confiante, mas seu olhar agora é de medo. “Nong, há algo errado?”
N’Mai anda mais próxima de mim. “O cara que está sentado atrás da árvore atrás de mim é meu ex-namorado. Ele já me seguiu da faculdade.”, ela fala suavemente. “Desculpa por incomodá-lo Pi.”
“O... O que você quer que eu faça?”, eu olho para a árvore atrás de N’Mai. Há muitos estudantes sentados naquela área. Eu não sei qual deles é o ex-namorado da N’Mai.
“Apenas me acompanhe. Mais tarde Tol vai me buscar aqui. Mas meu ex-namorado está me seguindo, estou assustada”, Mai olha para mim com um olhar suplicante. Essa menina é muito fofa, uma beleza como você talvez faça facilmente os caras enlouquecerem.
A verdade é que eu não tenho problema algum em acompanhar N’Mai. Mas não quero encarar o Tol. Eu certamente não consigo aguentar o olhar de Tol que me olhará com ódio. “Nong, você tem outros amigos por aqui? Mais tarde Pi irá te mandar para um amigo, é melhor.”
“Eu não tenho nenhum amigo por aqui.”, Mai pega seu telefone. “Tol disse que estará aqui em menos de dez minutos.”
Eu fico parado para fazer uma decisão por uns dez segundos antes de falar. “Pi vai ficar, ok. Mas se Tol estiver quase aqui, diga ao Pi primeiro.”, eu certamente começarei a fugir antes que Tol possa me ver.
“Obrigada, P’Doutor.”, Mai tem um olhar de alívio. “Desculpe se esqueci, qual o seu nome P’Doutor?”
“É P’Tihn.”, eu respondo.
“Ah, P’Dr. Tihn. Meu nome é Mai.”
Eu já sei. Eu sei por um longo tempo. Eu penso mas não digo em voz alta. “Ok.”
Em apenas três dias, Mai e Tol se tornarão um casal. Até mesmo agora essas duas pessoas já devem ser bem íntimas uma com a outra. Eu apenas posso olhar para a N’Mai que está concentrada em responder as mensagens do Line silenciosamente. Sinto ciúmes de N’Mai que é capaz de se tornar tão íntima com Tol sem ter que tentar muito. Ao contrário de mim que tenho que lutar tantas vezes, e no fim Tol me odeia. Eu não consigo nem me aproximar de ser seu namorado, nem um pouco.
“Você não tem aula essa manhã?”, eu tento conversar com Mai para ignorar esse sentimento doloroso no momento.
“Mai tem aulas às dez horas. Tol tem aulas á tarde. Então nós prometemos sentar e estudar juntos na cafeteria.”, Mai responde. “Então você não tem trabalho hoje P’Doutor?”
“Pi acabou de trabalhar essa manhã. Mais tarde, Pi vai voltar para dormir.”, eu digo para deixar N’Mai se sentir culpada por me segurar aqui. Mas parece que ela não está ciente de nada.
“Pessoas não podem se sacrificar o tempo todo.”
A voz de Tol soa na minha cabeça. Essas foram as palavras de Tol quando eu fui ver um filme com ele antes de ele morrer. Tol estava certo.
As pessoas precisam ter um pouco de egoísmo.
“N’Mai”, eu me viro para falar com Mai com uma voz firme. “Pi não pode ficar para te acompanhar mais. N’Mai vá para esperar em um local onde tenha bastante gente para ficar segura.”
“Mas…”, N’Mai se vira para olhar seu ex-namorado que ela disse estar sentado lá e imediatamente se vira de novo. “Estou com medo.”
Preciso ser mais firme que isso. “Pi vai embora primeiro. Boa sorte.”, então eu imediatamente dou um grande passo para sair dali. Esse é um local público. Certamente nada irá acontecer com N’Mai. Se ela for atacada, há muitas pessoas que estariam prontas para ajudá-la.
Enquanto estou andando de volta ao meu carro, eu de repente percebo algo. A morte do Tol não depende de eu ser capaz de me tornar seu namorado. Mas depende de N’Mai. Apenas se Tol não se tornar o namorado da N’Mai, Tol sobreviverá. Da minha parte, pode ser qualquer coisa.
Tanto faz. Eu sou o vilão agora.
Mesmo que seja triste, é melhor que não fazer nada e esperar até que Tol morra mais uma vez. Eu decidi andar de volta a N’Mai onde ela está esperando por Tol. Não acompanhar a N’Mai é um péssimo começo. N’Mai talvez não queira mais falar comigo. Mas não estou interessado no que Mai pensará de mim. O que farei é mostrar à Tol que a N’Mai é uma garota que ele não devia namorar.
Quando retorno ao meu destino, vejo N’Mai sorrindo para a pessoa que caminha em sua direção. É o N’Tol. Está vestido no uniforme de estudante e jeans. Quando vejo isso, me sinto com mais dor no coração. Eu aperto minhas mãos, inspiro profundamente para me preparar, antes de dizer em voz alta.
“N’Mai!”, eu levanto meu telefone. Tol e Mai se viram para me olhar simultaneamente. “Pi aceitou seu pedido de amizade já. Mais tarde, Pi vai falar com você.”
Tol me olha surpreso, assim como N’Mai.
Se você irá odiar Pi então odeie completamente, N’Tol. Eu tento não olhar para o rosto de N’Tol, me viro rapidamente e ando o mais rápido possível.
(****)
“Heiya! Disse que quando as pessoas estão com o coração partido, será doloroso como alguém que tem pouco sangue no coração? Os nervos da dor serão os mesmo?”, Ai’Gap me pergunta enquanto olho para o cronograma na sala de descanso dos residentes.
“Que pergunta ridícula.”, eu murmuro para Gap.
“Você está com o coração partido ou o que?”
“Não, alguém como Gap nunca teve o coração partido. Eu só sempre parti o coração dos outros. Ei!”, Gap levanta as sobrancelhas para mim, me fazendo dar um tapa em sua cabeça apenas por irritação.
“Se apronte para o trabalho logo. Essa noite será longa de novo.”, eu saio da sala de descanso dos residentes direto para a Emergência. Para ser franco, eu ainda não me sinto muito bem mesmo depois de ter dormido o suficiente. O sentimento instável continua a me atacar especialmente quando fico em pé por muito tempo. Eu sou um médico. Eu me diagnostico que minha condição vêm da falta de descanso e estresse que apenas têm se acumulado dos loops passados. Não deveria ser um problema trabalhar hoje.
“Pi!”, aí vem meu primeiro caso para este turno.
Um nong interno segurando um prontuário corre até mim. “Eu quero consultar um caso.”
“Diga, nong.”, eu me viro para olhar para o interno.
“Uma mulher de trinta anos, chegou às 23h com a mordida de um cachorro na perna direita. A cicatriz está arranhada e sangrando, mas a paciente já recebeu uma injeção ao redor da ferida três anos atrás. Ela recebeu todas as doses da vacina anti-rábica. Eu não tenho certeza em como vaciná-la dessa vez.”
“O que você acha, nong?”, eu pergunto em resposta.
“Hum… Como se houvesse necessidade de dar uma injeção ao redor da ferida?”
“Sim, mas nong tem que dar a vacina como um estimulante para a paciente. Se a última injeção foi recebida mais que seis meses atrás, você tem que dar duas hoje e no terceiro dia. Não esqueça de desinfetar para a paciente também.”
“Ok”, o nong aceita diligentemente e volta para ver a paciente, na mesma hora em que um novo paciente chega. Eu corro para o paciente que foi triado como amarelo.
De repente todo o meu mundo está girando. Então tudo imediatamente ficou escuro como se alguém tivesse desligado as luzes.
(****)
N’Tihn é uma criança forte. Ele nunca foi hospitalizado nem mesmo uma vez. Isso é algo que minha mãe comumente se gabava perante suas amigas. Além da febre comum, tosse e gripe, eu nunca caí doente ao ponto de ficar de cama. Eu sou uma pessoa que tem muita força, posso aguentar ficar sem dormir por muito tempo. Talvez pela energia da cafeína que consumo todo dia.
Mas por que me sinto tão cansado agora? Antes de eu ter vindo para esse loop, eu não me sentia dessa maneira. Quando fingi desmaiar na sala de conferência, foi falso. Mas isso é real. Eu desmaiei na frente das enfermeiras e pacientes na Emergência às 12:10 horas.
Eu abro meus olhos e vejo o teto em tontura. Eu ainda escuto o som familiar do caos ao redor. É só que em vez de ser um paciente, a pessoa que está deitada é o residente-chefe o qual todos na Emergência dependem. Meu braço foi conectado à uma bolsa de soro por conta da pressão arterial baixa. Eu olho para a cama ao meu lado que tem um tio que parece muito magro. O tio está apenas me encarando como se estivesse surpreso em ver um médico nesse estado.
“O resultado do exame está pronto, heiya.”, Gap anda até a minha cama com um prontuário. “A urina está muito concentrada. Funções renais não estão muito bem. Você bebe água ou não?”
“Me deixa ver”, eu alcanço para pegar o prontuário das mãos de Gap para ler o meu próprio resultado. “Merda.”
“Durma no hospital, heiya. Deite, fique com o soro e então cheque o resultado das funções renais novamente.”, Gap aperta meu ombro. “Heiya, eu quero dizer algo, posso? Ontem e hoje seu rosto parece a de um cadáver. O que aconteceu?”
Eu levanto minha mão para massagear minha têmpora. “Apenas estresse.”
Gap suspira. “Sobre a pesquisa, certo? Gap pensa que heiya não devia ser tão duro. Veja P’Sing. Ele tem que enviar uma cópia completa da pesquisa até meio dia e está relaxando no bar.”
“Tá, tá.”, eu respondo aleatoriamente. Deixar Gap pensar que estou estressado sobre fazer a pesquisa é melhor que estressado por estar de coração partido por um garoto. “Se eu for admitido então quem ficará de plantão?”
“Ainda preocupado com o trabalho de novo. Mais tarde Gap vai falar com o professor.”
Eu fecho meus olhos para suprimir a tontura na minha cabeça. “Ok, obrigada.”
Meia hora depois, eu fui enviado para dormir num quarto individual especial de acordo com o direito de receber tratamento por um funcionário público. Assim que a luz do quarto é desligada, eu entro no período de sono facilmente, como se meu corpo forte estivesse protestando. Está me punindo por me forçar a desistir do meu horário de dormir durante todos esses anos. A punição que eu deixei o stress me assolar até que eventualmente se rompa.
(****)
Eu acordo assustado por causa do barulho alto da porta sendo aberta como se o céu tivesse caído. Eu me viro para olhar para a pessoa que abriu a porta com um pouco de irritação. A cara amuada de N’Aim entra na minha área visão, seguida por P’Toy e Ai’Gap. Cada um deles está segurando uma sacola de doces e frutas como lembranças para visitar. Eu fecho meu olhos contra a luz e viro para olhar a hora. São 8h agora. É o horário em que todos trocam de turno.
“Dr. Tihn!”, a voz alta de P’Toy vem primeiro. O rosto do enfermeiro está repleta de preocupação.
“Você está doente com ele também?”, N’Aim me pergunta numa voz firme. aqui estou, um paciente, ainda assim ele me dá um sermão.
“Por que não há nenhuma garota para cuidar de você, heiya? Nada divertido.”, Gap diz brincando. Eu vejo P’Toy e N’Aim virarem para olharem um ao outro e não dizerem nada. “os outros chegarão mais tarde, heiya, não fique triste.”
Eu acho que me sinto mais refrescado depois de receber o soro e um descanso. Agora só esperar pelo resultado do exame de sangue que foi tirado esta manhã. Se os meus rins tiverem se recuperado da falta de água, provavelmente não terá mais razão para eu ficar no hospital mais. o que faço a seguir é reportar à minha mãe que agora estou sendo observado. Eu tenho que aguentar escutar a voz da mãe resmungando por mais de dez minutos até ela se acalmar. Claro, eu nunca caí doente a ponto de ser hospitalizado. É normal para uma mãe estar em choque.
Enquanto espero pelo resultado do meu exame de sangue, estou descansando preguiçosamente com meu telefone. Escutar aos canais da televisão é entediante. A desvantagem de ser solteiro e viver longe de Ban Khue é ter ninguém para vir cuidar de mim. Eu abro o Facebook. Agora mesmo Tol provavelmente está passeando feliz com N’Mai. Talvez ele esteja pensando em um plano surpresa para N’Mai e convidá-la para sair. Eu penso sobre isso e posso apenas me sentir magoado. Eu desligo a tela do telefone e deito por puro tédio.
Estou acordado mais uma vez quando ouço a porta bater. Eu me levanto primeiro e sento então olho para a hora. É quase 13h agora. Eu me viro para olhar para a pessoa vindo visitar assumindo que seja uma enfermeira ou a equipe de residentes que veio me visitar.
Mas a pessoa que vem é apenas um homem.
Ele traz uma grande cesta de palha também. Sua expressão parece realmente relutante em vir. Eu pisco meus olhos para a lembrança extremamente antiquada antes de olhar para o rosto da pessoa que a traz. Cada um de nós fica em silêncio, sem dizer nada por um longo tempo.
“Minha nãe… Me disse para visitar”, Tol finalmente fala enquanto ainda estou sem palavras como se eu tivesse sido enfeitiçado.


3 comentários:

  1. AI QUE VONTADE DE CHORAR, ESSES DOIS PRECISAM FICAR JUNTOS LOGO ): ♥

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  2. Cara já estou explodindo de ansiedade.ruendo cada unha dos dedos. AFF! Wow que demora?😬

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