Tradução: Vanessa
Revisão: Li Ka Hua
No pequeno complexo
de apartamentos no coração de Bangkok, o dia amanhece e o ar condicionado zumbe
suavemente, como se estivesse embalando a pessoa ainda embrulhada em um
cobertor. Um pouco de luz do sol entra pela cortina provocando o dono do quarto.
Pharm está ocupado enterrando seu corpo debaixo do cobertor para evitar a claridade.
Bang!
Batida!
"Merda!" Pharm
amaldiçoa enquanto esfrega a bunda porque caiu da cama de um metro e meio de
altura. Ele se senta muito irritado com o quarto ao lado. Ficou feliz quando
seu vizinho se manteve quieto por algumas semanas, mas hoje ele bateu a porta outra
vez.
O relógio aponta 6
horas. É muito cedo porque hoje ele não tem aula. Todas as aulas do dia foram
canceladas.
"Queria dormir
de novo, queria acordar tarde. Isso está me deixando louco!" Tenta se
deitar e voltar a dormir outra vez, mas o quarto ao lado está muito barulhento,
há vozes altas que indicam ter muita gente. Pharm é forçado a se levantar, ele
joga um travesseiro na parede. Cambaleia porque está com sono e ainda está no
pijama azul de corpo inteiro. Para na frente da porta ao lado e escreve uma
mensagem: Não seja muito barulhento, por
favor. Do quarto 802. Ele bate na porta algumas vezes depois de colar a
nota e volta para seu quarto. O garoto fica em silêncio perto de sua própria
porta. Ele ouve a porta ao lado se abrindo e pessoas conversando.
"Não há
ninguém!"
"Talvez tenha se
escondido. Tente olhar lá fora. Depressa!"
"O quê? Ele
colocou uma nota."
"O que eu te
disse? Não falem muito alto, Ai’Sat!"*
[NT: “Ai” é um sufixo
e uma forma de tratamento usada por pessoas da mesma idade e “Sat”, significa
idiota. Basicamente, ele foi chamado de Ai’Idiota]
"Desculpe"
Depois de um tempo,
ele ouve a porta se fechar. Está muito mais silencioso que o habitual. No
quarto ao lado, parece haver três ou quatro pessoas, mas não há problema. Pharm
suspira, prepara-se para esgueirar-se para sua cama quente novamente, mas depois
de alguns passos, ele volta quando sente alguém chegando à sua porta e, em
seguida, ouve a porta ao lado se fechando outra vez.
"??" Pharm
pega a sacola plástica e a traz para dentro do quarto. Ele está surpreso com as
coisas que estão dentro. Há leite, batatas fritas, Pocky, alguns lanches e uma
nota:
Desculpe por ser barulhento. Do quarto 801.
Pharm sorri pensando:
Que
fofo.
No entanto, ele não
pode mais voltar a dormir.
Está rolando na cama.
Tinha acabado de conversar com seu irmão na América através do horário
comercial. Phoom estava reclamando de estar sozinho e pediu para ele ir para
casa. Então, Pharm prometeu que voltaria no fim do semestre. Sua mão estende para
a mesa ao lado da cama, pegando um pedaço de papel. Ele arregala os olhos.
O vale para a
refeição grátis no hotel XXX, ao lado do rio Chao Praya, expirará hoje?
O menino se levanta e
lê os detalhes. Felizmente, não precisará fazer uma reserva antes. Então, com
quem ele irá comer? Ele abre o telefone, procura na lista de contatos e depois
para em um nome.
Tudo bem se eu ligar
primeiro? Ele vai ter aula hoje? É melhor perguntar antes...
Pharm toca na tela em
um aplicativo verde, preparando-se para convidar essa pessoa. Mas, de repente,
o telefone na mão está tocando.
"Aawww." O garoto
se assusta enquanto segura o telefone na cama, então reúne seus pensamentos.
"Ei!!" A
tela mostra a foto de alguém, que ele secretamente tirou na biblioteca. Pharm se
apressa em atender a ligação.
"O-olá P’Dean".
A voz na linha está
rindo: "Sawatdee khrab, você parece estar surpreso".
"Ah, eu estava
prestes a enviar uma mensagem no Line para você. Mas então, você ligou, fiquei
surpreso." Ele responde enquanto está deitado na cama.
"Hmmmm! O que iria
me enviar no Line?"
"Oh, só quero
perguntar se P’Dean estará ocupado hoje?"
"Então, quando Pharm
tem tempo?"
"Hoje, minhas
aulas foram canceladas, então tenho o dia todo. Agora estou apenas deitado no
meu quarto". Responde enquanto rola na cama até que o lençol esteja todo
enrugado.
"Eu não tenho aula
hoje..." Ele diz e para um momento "... quer almoçar comigo? Por
coincidência, meu amigo abriu uma loja no Siam hoje, ele me convidou para a
abertura."
O garoto sorri até que
suas bochechas doem. Rola na cama até quase cair mais uma vez, acena com a
cabeça, mas, então, percebe que não há como a outra pessoa vê-lo assentindo
"S-Sim".
"Então... hoje
posso ficar com Pharm o dia todo, não é?" Sua voz parece feliz: "Vou
buscá-lo em meia hora."
Depois que concorda com
o horário, Pharm se senta cruzando os braços. Então pega um travesseiro, para
enterrar o rosto e abafar sua voz, e grita.
Ooooiiiiii isso é um
encontro, certo?
E o dono do quarto
esqueceu por completo o voucher e o deixou cair embaixo da cama.
Meu cabelo, meu
rosto, minhas roupas. Pharm se olha no
espelho. Ele está vestindo uma camiseta branca estampada com pequenos quadrados
e calça de ganga mostrando as pernas. Ele completa sua roupa com sapatos de
lona e um chapéu. A pessoa excitada está correndo para o saguão no primeiro
andar e murmurando para si mesma. Menos de 10 minutos depois, um sedan preto
para em frente à entrada do edifício.
"Pharm!" O
motorista abre a janela e o chama.
Ele entra no carro e
coloca o cinto de segurança enquanto sorri para o outro. Seus olhos estão
brilhando tanto que quem o vê também sorri com ele.
Dean olha para ele por
longo tempo. Seu olhar faz o menor começar a se perguntar se há algo errado com
sua roupa.
"Há algo de
errado?" O garoto começa a ficar nervoso. Ele geralmente se veste assim.
Dean liga o carro,
balançando a cabeça, "Não está... mas..."
"Mas?"
"Tão
fofo!!!"
A pessoa que está
sendo elogiada fica tímida. Pharm abaixa o rosto quando olha para o lado. P’Dean
está usando uma camisa azul marinho. Alguns dos botões ficam desabotoados
mostrando seu peito musculoso e emitindo uma vibração quente. As mangas estão
enroladas até os cotovelos. Ele combinou isso com um jeans colorido brilhante.
"P’Dean parece
tão legal!"
Dean levanta as
sobrancelhas e sorri. "Obrigado!"
Depois de uma longa
viagem, eles decidem estacionar o carro na estação de trem e ir para Siam
usando o MTS para evitar o engarrafamento. Ao meio-dia de um dia de trabalho o Skytrain*
está cheio de turistas o que os faz pensar se estão na Tailândia ou não. Os
dois estão encostados na janela de vidro que separa os assentos e a entrada.
Dean está olhando a paisagem que passa do lado de fora da janela e observa o
garoto tremendo.
[NT: Skytrain é um
tipo de metrô, só que ao invés dos trilhos serem no subterrâneo são em
plataformas como se fossem viadutos].
"Pharm!" O
jovem dá um tapinha no garoto à frente dele.
"S-sim?" Pharm
olha para cima e vê que um fone de ouvido está pendurado na frente do seu rosto,
para sua surpresa, ele assente lentamente, pega o fone e coloca no ouvido
direito. Uma música ocidental muito alta pode ser ouvida através dele, mas é
muito reconfortante. Seus lábios finos se curvam em um sorriso, reduzindo a
tensão.
"Ah!" A
porta se abre e as pessoas entram correndo, fazendo o garoto perder o equilíbrio
e cair no abraço de Dean.
O maior desce o olhar
para os olhos claros que o admiram.
Não sei, mas meu
coração está batendo mais alto...
As vozes dos turistas
são barulhentas. Mas há duas pessoas ouvindo música suave em um telefone. Uma
pessoa está parada, olhando as demais ao redor, enquanto a outra fica de frente
para a janela com as bochechas vermelhas. Eles não falam um com o outro, nem
estão se olhando. Há apenas um leve sorriso nos lábios e os dedos se tocando
escondidos das muitas pessoas na multidão.
A loja "Forever
Tea" é uma nova loja de chá no coração de Siam. Tem dois andares, mas não
muitos assentos porque o proprietário não quer que seja muito apertado. A loja
é decorada em madeira bege, confortável aos olhos, e as plantas verdes tornam o
ar fresco no clima quente de Bangkok.
O homem alto entrou e
conversou com seu amigo antes de sair e cumprimentar Pharm. O dono da loja é um
homem branco grande e com aspecto bondoso. Ele tem um longo avental preto
amarrado na cintura.
"Sawatdee, Nong
Pharm. Eu sou P’Sorn, o dono da loja e amigo de infância de Dean. Apenas me
chame de P’Sorn. Peça o que quiser, deixe esse cara pagar." Ele aponta
para o presidente do Clube de Natação. Dean encolhe os ombros e se senta à sua
frente.
Pharm apenas sorri,
um pouco tímido com os olhos brilhantes de P’Sorn nele. Observa o cardápio, em
especial os bolos e sobremesas. Está indeciso sobre qual escolher, apenas folheando
as páginas. Dean olha para o rosto vermelho dele por causa do ar quente do lado
de fora, vira-se para pedir um copo de água para seu amigo enquanto espera ele
fazer sua escolha no menu.
Um chá frio em um
copo transparente que cabe na mão é servido na frente de Pharm. O líquido frio
condensa em gotas de água na superfície vítrea tentando o garoto sedento a pegá-lo.
Quando bebe, arregala
os olhos e fita P’Sorn e P’Dean.
"Muito saboroso,
com um cheiro perfumado e doce. Há um sabor de frutas mistas, há também o
cheiro do chá, mas não é nada azedo. Que chá é esse?" Ele pergunta curioso
enquanto o dono da loja está sorrindo com orgulho.
"Chá Oolong
vermelho com aroma de frutas tropicais. Um pouco de sabor amargo, mas bom, e é
doce na ponta da língua." P’Sorn explica "É importado de
Taiwan".
Dean entrega seu copo,
que tem um chá de cor mais escura, para tomar. Pharm esboça um sorriso tímido e
prova.
"Este é
delicioso. O aroma do chá é amargo, mas dá uma sensação de leveza". O
crítico de chá olha para P’Sorn até que ele se vira para seu amigo de infância
como se perguntasse: De onde ele veio?
"Este é o chá exclusivo
de uma loja de chá do Japão. Assam-blend e Chá de Ceilão". Explica.
"Este deve ser preparado por uma noite, o sabor é suave."
Pharm queria ouvir
mais explicações do proprietário da loja. Seus olhos parecem muito alertas
quando, de repente, seu estômago ronca convidando eles a rir. Ele faz beicinho.
Quer ter uma boa aparência, mas desta vez está morrendo de fome.
No final, P’Sorn sugere
as recomendações no menu para os dois. Salada de legumes frescos com tofu
japonês feito de cereais, filé de salmão grelhado e alguns outros
acompanhamentos são servidos à mesa. A disposição dos pratos e a frescura da
comida deixam o membro do Clube de Culinária muito satisfeito com o sabor. Ele
deseja tentar e, por fim, pede o Club Sandwich também e, claro, o sabor está bom.
"Está
delicioso?" Dean se sente bem que Pharm está comendo com um sorriso.
"Muito
delicioso." Dá um sorriso largo, mas para quando percebe que não estão
sozinhos. "P’Dean experimente..." Pharm impede de modo repentino que
seus pauzinhos continuem, "Er..." finge abaixar a mão por causa de
seu constrangimento.
"Alimente-o,
você pode fazê-lo. Vou fingir que não estou vendo." P’Sorn, segurando uma
torta de abóbora, brinca com o menino que não pode dizer nada. Ele se senta ao
lado de seu amigo e sorri quando vê que o garoto está todo vermelho, incluindo
suas orelhas.
"Alimentar quem?"
Discute e depois serve o arroz no prato de P’Dean.
Dean balança a cabeça
e chuta a canela de seu amigo debaixo da mesa. O dono da loja de chá ri dele.
Hoje ele aprendeu muitas coisas sobre esse grandalhão. Sabia que Dean estava
com a avó desde criança porque seus pais estavam ocupados. Como a avó era muito
rígida às vezes os hábitos de Dean são muito calmos.
P’Dean é viciado em
chá por causa de sua avó. Ele também adora comida tailandesa porque sua avó é
uma tailandesa conservadora. Ela não gostou quando sua filha deu à luz dois
filhos e uma filha em rápida sucessão. Mas a vovó se recusou a devolver Dean e
decidiu criá-lo, fazendo com que os irmãos se separassem até que ela o
devolvesse aos 18 anos. Ficou estranho quando Dean teve que voltar a morar com
sua família novamente.
Sorn estava
observando seu amigo de infância e o mais novo com atenção. A atmosfera suave
exalada pelo casal o fez sorrir. Ele conheceu Dean quando tinha 8 anos e Dean
tinha 5. Sua casa ficava ao lado da casa da avó de Dean. Além disso, eles
estavam estudando na mesma escola, embora ele tenha terminado o ensino médio
primeiro. Desde a infância, Dean não era como as pessoas comuns. Ele costumava
olhar em volta como se estivesse procurando por alguém. Sorn perguntou uma vez
se ele estava a procura de alguém, mas Dean não poderia lhe dar uma resposta.
Por 10 anos, ele viu
esse cara em busca de uma pessoa.
"Então, você o
encontrou?", o dono da loja de chá brinca com o amigo, pegando a torta de
abóbora e comendo-a. Ele diz isso num tom leve, quase como um sussurro.
Dean se vira para
olhar para a pessoa a seu lado e responde com um suave sorriso:
"Sim, eu encontrei."
Encontrei a pessoa que
procurei por tanto tempo.
No final, as
refeições foram gratuitas. Dean e Pharm tentaram convencê-lo, mas o dono da
loja de chá não queria aceitar o dinheiro. Ele ficou feliz porque seu amigo de
infância veio e trouxe a pessoa mais importante de sua vida para lhe apresentar
pedindo sua aprovação. Pharm é muito tímido e seu rosto está todo vermelho.
"São apenas três
horas da tarde. Quer dar um passeio?" Dean sai da loja. Ele aperta os
olhos porque o sol ainda está alto.
Pharm para, pensa e
olha para o Shopping Siam do lado oposto. O nome do lugar que ele queria ver
aparece de imediato.
"Eu... gostaria
de ir ao Ocean World."
"Huh? Um parque
aquático?" Dean tem um olhar surpreso.
"É um Aquário"
Pharm ri. O jovem que não sabe de nada ainda está confuso. "É dentro do
shopping, já ouvi falar disso há um tempo. Queria ir em algum momento".
Dean concorda com a
cabeça. "Vamos lá". Ele segura a mão de Pharm e caminha sob o sol
escaldante, atraindo o olhar de todos, aumentando o calor no rosto da outra
pessoa até que ele temesse desmaiar porque seu coração está batendo muito
rápido.
Talvez porque são
três horas da tarde em um dia da semana, não há muita gente e apenas turistas
ocasionais. Quando recebe o ingresso e entra, Pharm esquece tudo caminhando e
arrastando, empolgado, a pessoa com quem veio.
"Ei, P’Dean,
olhe esses ovos de tubarão". Corre para ver a seção com os ovos de tubarão
dispostos de acordo com a idade. A luz está brilhando na sombra dos ovos e o
peixe está se movendo. "Muito estranho" Depressa, ele pega o celular
para tirar uma foto.
Dean balança a cabeça,
mas não são apenas os peixes encontrados na ilha, a seção é muito grande.
"Quer se sentar no barco para alimentar os peixes?" Ele aponta para o
barco. Está muito intrigado por haver um enorme aquário no centro da cidade.
O garoto balança a
cabeça. “Eu gosto mais de ver os grandes aquários”. Ele olha para o grande
tanque de peixes que subia até o teto. Enquanto Pharm está olhando os peixes
nadando, Dean tira uma foto com a luz nas costas, criando uma sombra. Um jovem
estava olhando para o peixe como se estivesse em um mundo sob o mar azul-esverdeado.
O Facebook, que não era atualizado há muito tempo, é atualizado novamente.
Novas imagens que foram tiradas em segredo são postadas.
Rattanon_dean: Criança no fundo do mar.
Postagem terminada,
Dean enfia o telefone no bolso. Nem um pouco interessado nas notificações que
explodiram com rapidez.
Eles continuaram
observando e caminhando. Se divertindo. O jovem teve que retirar o júnior da
seção de lagartos aquáticos. Lagartos de água também são conhecidos como Salamandras,
Pharm disse que era adorável e queria levar um para casa.
"P’Dean!" Pharm
está gritando e puxando seu braço. "Este peixe é engraçado, faz uma boca
soprada e está com um bigode ao lado da boca." O jovem ri quando vê Pharm
e o peixe brincando juntos, porque não importa para onde ele vá o peixe nada
como se o seguisse.
"É um cachorro
ou um peixe?"
"Nós somos
parecidos?" Ele faz uma careta imitando o peixe ao seu lado do aquário.
Dean é imediatamente tentado pela oportunidade de tirar fotos.
"Ei P’, não tire.
É embaraçoso." Pharm fica confuso e corre para a outra pessoa que está
olhando as imagens em seu telefone celular. "P’Deeeeeean!" Pharm está
gritando de modo frenético enquanto pula, mas não consegue alcançá-lo porque
Dean está brincando com ele, suas mãos estão esticadas, então ele agarra seus
braços.
"Vocês são
parecidos, mas vi outro muito mais parecido"
"Qual?"
Dean agarra a mão do
menino e encontra um peixe do tamanho de um punho, ele tem olhos grandes com
uma boca que parece estar sorrindo o tempo todo.
"É esse."
Pharm franze a testa,
olhando o peixe como se estivesse chocado.
"Um peixe-balão!
P’Deeeeean!! Onde está a semelhança?" Aperta a mão grande que ainda está
segurando a dele não a deixando ir.
"Quando infla
todo o corpo."
"P’Dean!!"
Parm não consegue se lembrar de quantas vezes ele acabou gritando por causa
desse canalha hoje.
Depois de passarem
pelo túnel, eles olharam para o tubarão e para a arraia. Entram em um amplo
salão. O garoto exclama animado quando vê uma estátua gigante no grande tanque
de peixes.
"É muito
lindo!"
"Phra Aphai
Mni?" P’Dean se aproxima para ver a estátua de Phra Aphai e a sereia. A
pose foi projetada para ser majestosa, como um gigante chegando.
Pharm se senta no
sofá colocado em frente a essa seção. Ele olha para os peixes que estão
nadando. "Ao ler sobre Phra Aphai Mni, eu sentia pena do gigante o tempo
todo. Ele ama, mas foi abandonado."
Dean se move para
sentar ao lado dele. Olhando para o grande aquário azul. "A literatura é
sempre assim."
O rosto brilhante se
volta para olhar o jovem não afetado. "Se P’Dean fosse o gigante, o que
faria com Phra Aphai e a sereia?"
Sobrancelhas escuras
se levantam. "Sou bastante possessivo." Ele finge pensar:
"Provavelmente prenderia a sereia iria a Phra Aphai para pedir perdão de
novo."
"Hummm". O
garotinho assente.
"Então, se fosse
Pharm, o que faria?"
"Comia os dois”.
Rindo, responde de imediato com um sorriso doce. "Eu não gosto de pessoas
que traem. Se ele tiver outra pessoa além de mim é melhor comer todas
elas."
"Sim, mas por
que você está olhando para mim?" Dean dá uma risada gutural. "Mas,
está tudo bem." Os lindos olhos encaram os do menino.
...
"Você pode ter
certeza, eu não traio."
Pharm respira fundo
de modo secreto e continua caminhando. Seu maldito coração começa a bater forte
agora.
Ok... P’Dean não é um
traidor.
Oiiiii... o menino
está batendo na cabeça. Ele sabe que P’Dean não é um traidor, porque ele nunca
tem maus rumores. As únicas notícias sobre ele foram relacionadas às suas
vitórias em várias competições de natação. Pharm não é uma pessoa inocente, de
cabeça vazia, que não sabe de nada. Não é estúpido o suficiente para não saber
que o que ele e P’Dean estão fazendo é "flertar" e que está se
desenvolvendo de forma progressiva. Eles conversaram um com o outro no final da
manhã, depois de mãos dadas e agora estão em um encontro.
Estou feliz, mas, também com medo. Não porque não estou
confiando em P’Dean. É como se algo os
estivesse segurando, como uma corrente invisível.
Ele anda devagar e
olha para trás. Dean está seguindo-o mantendo distância de vez em quando. Este
homem sabe quando atacar e recuar. Deixando-o respirar e ter uma discussão
consigo mesmo.
"Nong Parm"
"S-sim" A
voz de P’Dean o afasta de seus pensamentos. Ele para quando Dean segura seu
pulso.
Dean abaixa o rosto
para olhar um grande aquário que continha muitas águas-vivas. A sala está completamente
escura, com luz negra ajudando a clarear a luz azul-vermelha do aquário.
É como estar no
espaço...
"Vamos
sentar." Dean toca seu cotovelo. Pharm se vê seguindo-o sem pensar.
Ambos estão sentados
no sofá em frente ao aquário de águas-vivas olhando-as nadar. A voz de um
menino pequeno pode ser ouvida conversando com sua mãe, frustrado com o
conteúdo e sorrindo antes de se afastar de modo gradual deixando os dois homens
em silêncio.
"É muito lindo"
"É como se
estivessem dançando". Olhando para a água-viva se movendo como roupas de
praia balançando na água.
O jovem ri.
"Dancem por aí".
"Parece
confuso..."
"...como o
sentimento de agora?"
Pharm está assustado.
Ele se vira para olhar a pessoa sentada ao seu lado. Os olhos cheios de
perguntas.
"Com o que você
está preocupado?" Os lindos olhos estão agora tão profundos quanto o mar.
"Eu..." As
mãos descansando no sofá estão tremendo. "...Medo."
Dean toca os dedos
frios como se estivesse confortando-os. O rosto afiado se aproxima da ponta do
nariz, quase colidindo com ele.
"Você confia em
mim?"
O coração abalado se
aquece paulatino. Olhos grandes e confusos se acalmam aos poucos. As pálpebras
são abaixadas quando ele sente a respiração quente em suas bochechas. O garoto
assente devagar em vez de responder.
"P’ está aqui..."
Ele sussurra ao lado dos lábios que se movem em direção às têmporas. "não
há nada a temer..." Pousa um beijo na marca da têmpora. Pressionando até
que o outro geme abafado.
"não
mais..."
Olhos brilhantes,
batimentos cardíacos fortes, uma mão entrelaçada com a outra. Como se estivesse
explorando algo que faltava, ele toca o queixo, o maxilar, até as têmporas.
Traçando um caminho no rosto do jovem com a ponta do dedo.
Respirações quentes.
A ponta do nariz tocando as bochechas do outro. Seus corações estão dançando e
batendo mais forte. O desejo e os sentimentos profundos fazem todo o corpo
tremer. As memórias estão confusas.
"P’..." O
garoto chama, a voz é fraca.
Dean respira fundo,
sente vontade de se afogar. Ele toca o queixo e o levanta vagaroso usando a
ponta do nariz para se arrastar da bochecha...
...até os lábios.
"Mãe!! Tem um
peixe usando uma saia!"
A voz de um menino
soa alto. Isso quebra o feitiço entre os dois jovens. Ambos desviam o rosto apressados.
Suas respirações sufocam.
O verão mais quente
da vida de Pharm é achatado. Eu realmente quero esmagar o copo e depois
me jogar no tanque da água-viva.
Eu quase...
Quase...
Beijei...
Uwaaaaaaaaaaaaaaaa.
Quanto mais pensa
sobre isso, mais fica com medo e tão tímido que suas mãos estão suadas e
trêmulas, e então sente a mão de alguém... ela não solta a sua. Ainda está segurando.
"Pharm!"
Dean chama o júnior, secretamente preocupado porque a mão do outro está
tremendo. "Pharm". Ele chama repetidas vezes.
O dono do nome
levanta o rosto assustado. A escuridão o fez parecer um pouco embaçado, mas ele
está confiante de que não mostrará seu rosto vermelho.
"P’Dean"
Sua voz séria faz o jovem ficar tenso de imediato.
"Sim."
Os olhos brilhantes
estão fixos em Pharm, então Khun Pharm, do Clube de Sobremesas Tailandesas,
pergunta:
...
"Você gosta de
comer salada de água-viva?"
Capítulo 11
Pharm.exe parou de funcionar kkkkk
ResponderExcluirPharm: "PANE NO SISTEMA, ME DESCONFIGUROU..."
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