sexta-feira, 14 de agosto de 2020

Manner of Death - Capítulo 10 - Quebra-cabeça

 


Tradução: Wingrid

Revisão: Victor

- Equipe KhunPandex Traduções

“Proponho um diagnóstico preliminar de Síndrome Coronariana Aguda!”

Logo em seguida, ao final da palestra, soou o alarme de encerramento. Eu levantei minhas mãos para saudar os professores e pacientes antes de sair correndo da sala. A próxima coisa que eu faria é tirar uma folga. Aproximei-me para sentar em uma cadeira fornecida pelo inspetor de teste e esperei o próximo teste acontecer. E essa seria a última coisa que eu faria hoje.

Esse tipo de exame é chamado de exame OSCE, um método de exame único com o qual todos os estudantes de medicina estão familiarizados. É um exame que deixa as pessoas apavoradas cada vez que ouvem o nome. Ele é dividido em várias estações. Os desafios incluem a verificação do histórico clínico e a realização de um exame físico do paciente e, também, o procedimento de raios X. Vários resultados laboratoriais serão feitos dentro de um prazo para cada item. Quando o tempo acabar, haverá um som de alarme como um sinal para interromper o teste e depois passar para o próximo.

Muitos estudantes de medicina odiavam os exames OSCE, mas para mim, esse é o mais divertido. É um teste que pode realmente medir nossa mente e habilidades médicas.

Depois que o exame acabou, corri para encontrar minha bolsa que deixei para um dos funcionários guardar para mim. Tirei minha camisa de mangas compridas, coloquei dentro da bolsa e desci correndo as escadas. Hoje tenho um encontro com a Chompoo, uma aluna da Faculdade de Farmacologia de quem procuro me aproximar. Ela concordou em jantar comigo hoje. Eu marquei de encontrá-la na entrada do prédio às 16h, mas devido ao exame, me atrasei meia hora.

Fui para o andar térreo, onde havia muita gente. Então, corri para ir direto para o meu destino. Lá a vi parada em frente à entrada, usando um vestido curto. Ela ergueu a mão para olhar o relógio com uma expressão intensa no rosto.

Então, eu vi um homem com uniforme de estudante aparecer e falar com Chompoo. Meus passos pararam imediatamente.

Aquele jovem tinha um rosto bonito, ele tinha uma aparência alta e robusta. Ele parecia mais alto do que eu me lembrava, e aqueles olhos penetrantes ainda são familiares para mim, embora já se tenham passado mais de quatro anos.

Tar! O que você está fazendo aqui?!

Chompoo apontou para a esquerda, e Tar acenou um pouco em agradecimento antes de caminhar na direção que Chompoo apontou antes. Eu vi os olhos de Chompoo seguirem o caminho de Tar até eu dar uma cotovelada em suas costas.

Chompoo se virou com uma expressão de surpresa no rosto, "Oh, Bunn!"

"Desculpe o atraso. Acabei de terminar meu exame."

"Está tudo bem, eu entendo." Chompoo sorriu ligeiramente para mim.

"Então ... vamos encontrar algo para comer." Eu levei Chompoo para longe da entrada, mas notei que Chompoo continuou olhando para frente e para trás até que nós dois saíssemos do prédio.

Chompoo e eu conversamos por uma semana e, então, gradualmente, nos separamos até não nos contatarmos mais. E desde aquele dia, não vi Tar novamente.

[...]

O caminho à minha frente estava escuro. A luz do teto continuou piscando, deixando o corredor, por certos intervalos de tempo, imerso em completa escuridão. O ar ao meu redor estava esfriando lentamente e parecia que todo o meu corpo estava pesado e incapaz de se mover.

E, então, eu vi a sombra de um homem caminhando em minha direção. Sua mão direita estava segurando uma arma. O som dos saltos do sapato batendo no chão ecoou por toda a área, e o medo gradualmente invadiu minha mente.

A luz do teto brilhou, revelando o rosto do homem.

Tar.

E, então, parecia que havia uma corda em volta do meu pescoço. Antes que eu pudesse fazer qualquer som, o chão em que eu estava pisando desapareceu de repente. Meu corpo caiu na escuridão com a corda ainda amarrada no pescoço.

Acordei em choque com o som alto do despertador do meu celular. Rapidamente, tirei meu cobertor e me sentei. O sol da manhã entrava pela janela. Eu sentia meu coração bater muito rápido e suava apesar do frio. Depois de perceber que era apenas um sonho, tentei inspirar e expirar lentamente e, então, levantei minha mão para esfregar meu rosto, tentando trazer minha consciência de volta à realidade.

Mesmo tendo uma boa noite de sono, ainda tenho pesadelos perto da hora de acordar. Parecia tão real como quando tive aquele sonho com o agressor aplicando uma injeção em mim no hospital.

Mas por que sonhei com Tar agora?

Desliguei o alarme e saí da cama. Terminei minha higiene pessoal no banheiro e saí vestindo uma única toalha. Atravessei rapidamente pelo frio da manhã para abrir o armário.

E, então, ouvi o som da porta do quarto se abrindo.

"Ei!" Eu gritei e usei a porta do armário para me cobrir. Felizmente, o armário era perpendicular à porta do quarto, então pude usar a porta dele para me esconder.

"Desculpe!" A voz de Tan está mais alta e eu rapidamente peguei uma camisa do cabide para colocá-la.

"Eu sei que você é o dono da casa, mas, por favor, bata na porta antes de entrar!"

"Desculpe, desculpe". Tan se desculpou. É bom que ele não tenha entrado, "Eu queria te dizer que o café da manhã estava pronto. Não se esqueça de descer para comer."

"Obrigado. Mas você pode ir agora, por favor? Estou tentando me vestir aqui."

"Ok... ok." Então ouvi a porta fechar. Eu secretamente olhei para a porta e não vi Tan dentro do quarto. Consegui terminar de me vestir rapidamente, então peguei a arma que coloquei na cabeceira da cama e coloquei dentro da minha bolsa antes de descer. Um cheiro familiar de comida passou pelo meu nariz, e eu caminhei até a mesa de refeições no meio da cozinha. Quando vi a comida, soube imediatamente porque o cheiro era tão familiar.

"Mingau de arroz do 7-Eleven?" Olhei para Tan, que estava despejando o mingau de arroz que havia aquecido no micro-ondas em uma tigela.

"Quando se trata de cozinhar, eu sou talentoso: apenas uso o dedo indicador para apertar o botão do micro-ondas." Tan disse enquanto colocava duas tigelas de mingau de arroz na mesa. Não é de admirar que sua cozinha pareça tão limpa.

Felizmente, não sou o tipo de pessoa exigente com comida. Tan e eu nos sentamos à mesa e começamos a tomar café da manhã juntos, "Não me diga que você só come esse tipo de comida instantânea." Eu perguntei.

"Eu não como isso muito regularmente. Na maioria das vezes, eu saio para comer em restaurantes ou compro comida no mercado dobrando a rua. Porém, agora eu não tenho mais nada no meu estoque de comida." O mercado provavelmente não ficava muito longe da casa dele. Tan parecia estar enfrentando problemas em comer o mingau de arroz quente.

"Por que é que você está comendo algo quente se está com uma ferida na boca?" Olhei para o jovem na minha frente. Seus gestos agora tinham uma aparência adorável, como se ele fosse um irmão mais novo, mas com um corpo grande.

"Não há mais nada para comer, exceto isso." Então, ele colocou a colher na tigela como se tivesse desistido: "Você não precisa olhar para mim com esses olhos de pena".

Eu balancei minha cabeça lentamente e me concentrei para comer o mingau de arroz enquanto Tan continuava olhando para a comida como se estivesse esperando esfriar antes de comer, "Espere... você vai trabalhar, certo?"

"Sim".

"Você quer que eu leve você?"

"Não é necessário." Respondi imediatamente: "Você não tem trabalho a fazer?"

"Sim, eu tenho. Meu trabalho, no entanto, começa quando as crianças terminam a escola. Eu queria visitar o templo perto do hospital de qualquer forma. Além de ser para sua segurança, ok?"

Fiquei em silêncio por um tempo antes de fechar meus olhos e, então, suspirei um pouco, "Faça o que quiser."

"Doutor". Tan olhou para mim: "Você nunca sorri."

Eu olhei para o Professor Tan, "Dois de meus conhecidos desapareceram e me atacaram em minha própria casa. Como posso sorrir?"

[...]

No final, Tan atuou como motorista e me levou para o hospital. Eu disse a Tan para estacionar em frente ao pronto socorro. Então, corri para fora do carro e entrei. A primeira coisa que vi assim que entrei no pronto socorro foi N'Fai, que se levantou enquanto examinava o prontuário do paciente ao lado do leito.

"Fai!" Gritei e isso fez com que todas as enfermeiras e pacientes prestassem atenção em mim. Fai se virou para olhar para mim e me deu um grande sorriso. Naquele momento, pareceu que o mundo inteiro se iluminou instantaneamente. Fui até ela e então levantei minhas mãos, colocando-as nos em seus ombros enquanto a olhava sem acreditar. Por que não conseguimos entrar em contato com você?!"

Havia uma expressão inquieta no rosto de Fai quando ele ouviu minha pergunta.

"OK..."

Obviamente não quer me dizer.

Eu respirei fundo. Nunca senti tanto alívio assim desde que nasci, mas estou curioso para saber o que aconteceu com Fai ontem. O que aconteceu com ela pode ajudar a encontrar o assassino.

"N'Fai, você tem algo para me dizer?"

Percebi que estou perdendo meus modos porque Fai estava cuidando de um paciente, e, ainda assim, eu a estava forçando a contar algo que ela não estava disposta a contar. Eu me virei para olhar para o paciente na cama e depois me desculpei. "Podemos conversar mais tarde. Estou feliz que você esteja bem."

Fingi me virar, e Fai estendeu a mão e puxou meu suéter. Eu me abaixei e me virei para olhar para Fai, que disse: "Espere... podemos conversar mais tarde... ao meio-dia."

Eu balancei a cabeça, "Sim... estarei aqui."

Fui para a pequena sala de exames forenses. As enfermeiras do pronto-socorro estavam olhando para mim enquanto fofocavam. Tentei ignorá-las e fui direto para a sala de exames e sentei na cadeira. P'Tik, a enfermeira que caminhava atrás de mim, me seguiu.

"A noite passada foi realmente caótica, não foi, Dr. Bunn?" P'Tik perguntou.

"Sim. Quando Fai voltou? Você sabe de alguma coisa?"

“A enfermeira de plantão me disse ontem que a Dra. Fai ligou para o pronto-socorro às 23h dizendo que lamentava seu desaparecimento e que algo havia acontecido. Porém, não sei o que realmente aconteceu. Ela disse que ia pedir licença para deixar o trabalho e estaria de plantão no dia seguinte como de costume, e a enfermeira também disse que a Dr. Fai queria entrar em contato com você, mas não conseguiu. "

Meu número de telefone na sala de emergências é provavelmente o número do meu celular original que foi roubado, "Obrigado, P'Tik..."

P'Tik olhou para mim "Dr. Bunn kha... posso perguntar uma coisa?"

"Sim?" Eu levantei minha cabeça para olhar para uma enfermeira de meia-idade que me encarou.

"Você sabe o que as enfermeiras têm falado de você?"

Eu acho que sei...

"Não quero que alguém tão fofa como a doutora goste de um tigre como o Dr. Bunn." P'Tik e eu éramos muito próximos ao ponto de podermos conversar sobre assuntos pessoais. Contudo, esta é a primeira vez que ela é tão franca sobre este assunto. "No ano passado, o doutor se apaixonou por N'Kai apenas por um curto período de tempo, e então vocês se separaram, e em tão pouco tempo você se ocupou com outras pessoas. Então, se o Dr. Bunn não pensa seriamente na Dr. Fai, por favor, deixe-a em paz."

"Ah..." Eu levantei minha mão e massageei minha têmpora. Kai não contou a ninguém que foi ela quem pediu a separação. "Eu e Fai... não é nada sério. P'Tik, você está satisfeita agora?"

P'Tik sorri feliz.

"Bom. Um homem paquerador deve aceitar sua realidade. Se eu vir você se aproximando da Dr. Fai novamente, eu vou bater em você." Em seguida, ela me entregou os arquivos do paciente "Devo chamar o primeiro caso?"

[...]

Para evitar ser atingido por P'Tik ao meio-dia, tentei pedir a um dos funcionários que dissesse a Fai que me encontrasse na loja de macarrão do hospital para falar sobre o que aconteceu ontem. A médica de rosto pequeno sentada à minha frente parece mais pálida do que o normal. Depois de pedir a comida, comecei a conversa.

"O que aconteceu ontem à noite, N'Fai?"

Fai passou os braços em volta de si mesma e parecia assustada. "Ontem, ao meio-dia, quatro jovens vieram à minha casa e assim que abri a porta eles se convidaram para entrar." Ela respirou fundo antes de continuar: "Eles pegaram minha carteira e meu telefone. Então, usaram meu telefone para ligar para meu irmão; é que meu irmão está em dívida com estranhos por várias centenas de milhares de dólares e os juros eram milhões. Eles contaram a ele, ao meu irmão, para pagar toda a dívida me usando como refém. "

Minhas sobrancelhas franziram enquanto eu pensava sobre o que Fai tinha acabado de dizer.

"Eu já sabia que meu irmão pedia dinheiro emprestado a outras pessoas. Porém, os credores nunca me incomodaram antes. Então, eu não sabia por que de repente eles vieram me ver ontem. Eu não consegui ir a lugar nenhum. Essas pessoas desligaram meu telefone e me trancaram até as três horas e depois disseram que o patrão tinha recebido o dinheiro do meu irmão. Eles saíram da minha casa com o meu telefone e a minha bolsa. Tentei ligar para o meu irmão, mas não consegui entrar em contato com ele "

"Você já denunciou isso, Fai?" Perguntei-lhe.

"Já denunciei. Descrevi à polícia as características desses jovens. Eles disseram que provavelmente são os mesmos jovens que gostam de pegar motociclistas à noite. Então, a polícia vai procurá-los."

Jovens que gostam de bater em motociclistas à noite?

Esses jovens trabalhavam para os credores a quem o irmão de Fai devia. Foram eles também que de repente ordenaram que Fai fosse detida, embora nunca a tivessem incomodado antes.

Este assunto era como se fosse destinado a acontecer. Fai desapareceu um dia depois de eu contar a alguém sobre Janjira. No entanto, eles detiveram Fai apenas temporariamente. Eles não a fizeram desaparecer como o promotor.

Não tenho certeza se meu problema está relacionado a Fai ou não, mas comecei a ver algumas partes. A peça do canto do quebra-cabeça, que é perfeita como ponto de partida para conectar-se com a próxima.

"Você sabe quem é o credor?"

Fai balançou a cabeça: "Não sei, mas provavelmente é uma das pessoas mais influentes."

Eu inclinei minhas costas contra a cadeira e tentei agrupar todas as informações presentes em minha mente de forma a se encaixarem perfeitamente. Quero passar um tempo comigo mesmo planejando o que fazer a seguir. Uma coisa que sei com certeza agora é que estava prestes a me envolver com pessoas influentes que têm amplas conexões, desde a polícia até os bandidos que espancam motociclistas à noite.

Sorawit, o garoto que vende mingau de arroz e é meu paciente forense, foi outra pessoa que se meteu em problemas com esses jovens. Acho que é hora de ligar para encomendar mais mingau de arroz.




11 comentários:

  1. Eu to amando muito mal posso esperar pelo proximo capitulo

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  2. Ahhh como eu queria a continuação:(

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  3. É uma pena. Apesar de dizer projeto concluído, a novel não está completa. Cadê o restante?

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  4. Quando vai sair os próximos capítulos ??

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    1. Manner Of Death é composto por dezessete capítulos, no entanto, a autora permitiu apenas a tradução dos dez primeiros capítulos por questão de direitos autorais, logo os outros capítulos poderão ser lidos quando for lançado a versão oficial da novel em inglês.

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    1. Manner Of Death é composto por dezessete capítulos, no entanto, a autora permitiu apenas a tradução dos dez primeiros capítulos por questão de direitos autorais, logo os outros capítulos poderão ser lidos quando for lançado a versão oficial da novel em inglês.

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    1. Manner Of Death é composto por dezessete capítulos, no entanto, a autora permitiu apenas a tradução dos dez primeiros capítulos por questão de direitos autorais, logo os outros capítulos poderão ser lidos quando for lançado a versão oficial da novel em inglês.

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